Vitale, Irmãos da Máfia (Romance Gay)

Pesadelo

Pesadelo. Pesadelo é um sonho perturbador, associado a pensamentos ruins. É um sonho aflitivo que produz sensação opressiva, é um mau sonho.

Acordo com barulhos de espasmos.

Assusto-me quando percebo que é Nicola, ele está tendo um pesadelo enquanto dorme.

Seus olhos estão em lágrimas e sua testa está suada. Resmunga coisas que me assustam:

- Papà, por favor... Não faça isso. –Resmunga desesperado. -NÃO, PAPÀ NÃO! –Grita Nicola e por fim, acorda, assustado.

De olhos arregalados, eu olho para ele. Nunca vi Nicola tão frágil assim. O que será que o pai dele fazia em seu pesadelo?

- Foi só um sonho. Volte a dormir, Pietro. –Diz muito sério e se vira para o outro lado da cama. Para que eu não veja seu rosto assustado, repleto de lágrimas.

Ao olhar para suas costas, percebo que seu corpo ainda treme. Com certeza, não foi só um sonho. Foi um terrível pesadelo.

Nunca pensei que veria Nicola dessa forma, pois sempre o vejo fazendo as pessoas temê-lo e nunca o oposto. É definitivamente estranho ver que até a pessoa mais durona que você conhece tem seu ponto fraco.

Seria então, Papà, o ponto fraco de Nicola?

Não me aguento e, automaticamente, deslizo minha mão pela cama, até a sua.

Acaricio-a e por mais estranho que pareça, ele deixa.

Fico assim até que ele pare de tremer, até que ele adormeça.

Satisfeito com isso, me aconchego mais perto do mesmo e também durmo.

Já de manhã, uma mulher mais velha com cara de madame e não empregada, de cabelo até a altura do pescoço preto brilhante e intensos olhos azuis me sacode para acordar.

- Quero dormir só mais um pouco, só por mais cinco horas...-Resmungo ao tampar meus olhos, porque abriram a janela e a claridade, está foda. Algumas pessoas dizem só mais cinco minutos, mas eu digo cinco horas mesmo.

- Não, já dormiu demais. Meu filho pediu para que eu te acordasse quando fosse meio dia, seu horário de acordar. –Diz ao me puxar, para que eu me sente na cama.

- S-seu filho? –Pergunto incrédulo ao arregalar os olhos e analisa-la melhor.

É claro. OS OLHOS AZUIS.

- Sim, meu filho do meio, Nicola. É um prazer te conhecer Pietro, eu me chamo Violetta e sou a Mamma da máfia.

- Nossa. Que legal. –Confesso. Não sabia que tinha uma Mamma da máfia.

- Bom, nós vamos às compras hoje. Meus filhos não estão, estão em uma missão e me deixaram encarregada de cuidar de você. Não pense que eu pego leve. –Diz ela quando retira uma arma debaixo de seu vestido e me dá um baita susto.

MISERICÓRDIA. É DA MÁFIA MESMO.

Quando ela abaixa a arma, pergunto para minha sogra se eu que sou prisioneiro, posso sair e a madame logo diz:

- Com Mamma, você pode tudo meu querido.

- Que legal. –Digo empolgado.

Quando entramos em uma loja luxuosa, que eu nunca estive antes, por ser de classe média baixa. Pergunto:

- O que vamos comprar?

- Tudo que você precisar meu querido. Primeiro, vamos comprar roupas novas, porque você não pode continuar usando as de meu filho mais novo, não é mesmo? –Diz ao tagarelar animadamente e eu fico assustado. Isso vai ser cansativo.

- Qual a diferença de idade deles? –Questiono curioso.

- Giovanni tem 24, Nicola 25 e Vincenzo 26. –Conta-me. –Vincenzo nem parece ser o mais velho, porque é irresponsável que só deus... Em contrapartida, Giovanni não parece o mais novo, por ser o mais responsável e dedicado à máfia.

Giovanni tem a mesma idade que eu. Que coincidência.

- Pode me contar um pouco mais sobre Nicola? –Peço, porque ela só falou do seu filho mais novo e do mais velho, sendo que o único que eu queria saber ela não disse nada.

- O mais maduro de meus filhos é ele. Nicola, o Papà da família. –Fala orgulhosa, com os olhos brilhando. - Ele não gosta de fazer compras comigo, porque já se sente maduro o suficiente para fazê-las sozinho.

Não sei se ela deve se orgulhar por isso, porque eles já são bem velhos para ficarem dependendo dela assim, todos eles, deviam fazer compras sozinhos e não só Nicola. Porém, nada digo. Visando que, eu mesmo, não faço compras sem minha mãe por ser muito cansativo.

Violetta me faz vestir ternos primeiro, depois, pijamas e roupas casuais para ficar em casa.

Até sungas para tomar banho na piscina ela me faz experimentar.

- Me conta mais de seus filhos! –Exclamo, tentando disfarçar a ansiedade, quero saber tudo sobre eles. E quem melhor para contar, do que a sua própria Mamma?

- Bom, Vincenzo é meu filho mais velho e também o mais errado, muito pegador. Nunca para com ninguém. São sempre várias pessoas, homens e mulheres, que ele pega. Eu diria que a sua média é ficar com uma pessoa por semana. –Me conta balançando a cabeça em negação, como se seu filho não tivesse jeito.

- Já meu filho Giovanni, é o mais certinho dos meus três e, prefere, arrumar casos sérios com rapazes ao invés de sair pegando vários por aí. Só que o que acontece, Nicola é ciumento demais com seu irmãozinho e logo espanta todos os namorados dele. Pobre Giovanni. Eu aviso para ele: "Filho, namore um rapaz escondido do Papà." Só que Giovanni não me escuta, ele se importa muito com a opinião de Nicola e sempre apresenta para ele seus namorados, na esperança, de que Nicola gostará de pelo menos um. Só que até hoje, isso nunca aconteceu. –Confessa desapontada.

- E agora, por último, mas não menos importante: Nicola. Bom, ele é o líder da nossa máfia. É o nosso Papà. Ele não procura relacionamento sério, pois é muito dedicado ao trabalho. Ele sai sim com algumas mulheres, mas é só por uma noite. Sexo sem compromisso. É assim que vocês jovens falam hoje em dia, não é? Enfim, não podia pedir um filho melhor que ele. Nicola é inteligente, gentil e acredite ou não, muito protetor daqueles que ama. Pode até parecer assustador e com cara de poucos amigos, mas isso é o que ele usa para se proteger desde que..-Ela para e faz uma careta, como se não estivesse confortável de falar sobre isso.

- Desde que o quê? Isso tem a ver com os pesadelos dele, não tem? –Insisto no assunto, totalmente curioso. –É sobre o verdadeiro Papà?! –Indago ansioso.

- Pietro D'Angelo, não devemos nunca falar sobre o verdadeiro Papà. –Violetta me repreende, ficando séria do nada. – É um assunto delicado para todos da família. O novo Papà dos Vitale é Nicola e isso é tudo que importa. –Diz brava, ao massagear as têmporas por eu tê-la estressado insistindo para falar o que ela não queria.

- Desculpas. –Peço educadamente, me sentindo mal por ter a deixado assim. –Nunca mais perguntarei sobre isso. –Minto, mas só para deixá-la mais calma, porque é o certo a se fazer, pelo menos, por agora.

- Vamos à outra loja, pois essa já deu. –Bufa minha sogra ao entregar as compras para um segurança e mandá-lo levar até o carro para nós.

Ao caminhar pelas ruas, vejo dois homens mascarados atrás de nós. Que suspeito. É como aquele dia em que eu vi os Vitale...

Fico pálido. Seriam esses também mafiosos? Quando um deles levanta a arma em direção a Violetta que é o momento em que eu tenho a certeza.

- ABAIXA! –Grito para ela e a puxo para o chão.

BOOM. BOOM. BOOM.

Continua...

Deixem seu votinho ^^

Narrador on~~

E aí? Gostando?Comentemmm. Beijos e queijos, até breve AMORES DA MINHA VI