Solitário

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Solitário. Aquele que se passa ou que decorre na solidão, no isolamento. Sujeito que está ou vive só.

Solitário é como eu me sinto no dia seguinte, após a discussão dos Vitale, visando que ninguém está em casa. Somente eu, o que é estranho.

Encontro senhorita Baroni e peço para pedir a Sr. Caputo para me levar para casa.

Equipo-me com minha pistola, só por precaução, e entro no carro.

Preciso conversar com minha mãe. Ela é uma ótima aconselhadora quando o assunto é o amor. Talvez ela me ajude com Nicola.

- Filho, você apareceu. Que saudades! –Exclama ao vir correndo me abraçar, me esmagando em seu abraço de mamãe ursa.

- Sim, mas a viagem foi cansativa, dormir no carro não é muito bom, eu vou dormir na minha cama um pouco agora e depois a gente conversa...

- Café! –Corta-me.

- O quê?!-Pergunto confuso.

- Café, filho. Você precisa de um café para acordar.

Dou de ombros e concordo. Um café talvez me desperte, não custa tentar.

- E agora? Perdeu o sono? –Questiona-me curiosa.

- Um pouco. –Confesso. - Ainda dormiria por uma semana, mas acho que consigo ficar acordado um pouco para passar o dia com você.

- Sendo assim, vamos lá! –Grita animada. Pietra D'Angelo ama uma fofoca. - O que Nicola fez dessa vez? –Como se já soubesse, minha Mamma me pergunta o motivo da minha visita logo de cara.

Decidido, me despeço de minha mãe e volto para dentro do carro.

Mamma me fez chegar a uma conclusão clara de que: Nicola é o amor da minha vida.

Então, percebi que tudo que eu tenho que fazer é dormir com ele para sempre. Mamãe me disse que o certo seria ficar junto com ele para sempre e não dormir, mas dormir parece mais apropriado em minha opinião.

Quando acordo horas depois dentro do automóvel, percebo que estamos de frente aos grandes portões da mansão e que ninguém ainda me levou para dentro.

- Sr. Caputo, por que você não me carregou para dentro da mansão dessa vez? Não seria sua primeira vez a me carregar e...

- Você não deve voltar à mansão.

- Por quê?

- Não posso te informar.

- Me leve até a mansão.

- Sr. D'Angelo...

- Agora! –Ordeno raivoso.

Ele reluta, mas confirma positivamente com a cabeça.

Que palhaçada é essa? Estão me expulsando do meu refúgio da sociedade? Só pode ser brincadeira, deixa só eu encontrar com o Nicola e....

Fico pálido.

Os portões estão arrombados, a mansão está destruída.

Deslizo a mão por minha pistola, guardada na minha cintura, e entro correndo para dentro.

Encontro um homem ensanguentado, com uma máscara preta, desabado na parede. Morto. E depois, encontro outro e outro.

Isso se tornou um banho de sangue.

Vitale, Irmãos da Máfia (Romance Gay)Where stories live. Discover now