Marcado

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Marcado. Marcado é aquele que recebeu alguma marca diferente em seu corpo. Aquele que carrega consigo alguma qualidade física, boa ou má, que o distingue dos demais, que é notável.

Baroni me acorda aos berros alegando que estou todo marcado.

Sento-me na cama e minha bunda dói. Talvez pelas mordidas que recebi de Vincenzo de ontem ou até mesmo por sua selvageria na cama em que ele botou até o talo dentro de mim com sua anaconda, ambos de seus atos deixaram seus legados marcados em meu corpo. Que merda.

Peço um espelho para minha auxiliar e me assusto. Estou muito marcado. Meu pescoço, meus mamilos, minha bunda e outras partes.

- Barô, me enche de maquiagem, por favor. –Peço a de bochechas fofas. - Finge que sou uma Drag Queen e me enterra em várias camadas, porque se Nicola ver o que Vincenzo fez comigo... Acho que teremos um Vitale a menos na família.

Assim, senhorita Baroni o faz. Com muita habilidade, esconde todas as marcas espalhadas por meu corpo, ela é uma auxiliar incrível, faz de tudo. Recomendaria-a se não já fosse minha.

Agora, só não posso ficar mais aqui no quarto de Vincenzo, porque se não vou acabar adquirindo marcas permanentes.

Apesar do sexo com Vince ser muito bom, para mim, não vale a pena. Meu corpo está todo dolorido agora.

Pego meu travesseiro com a fronha fofa de panda e me mudo de novo.

Só sobrou um lugar agora para eu ir, o quarto que eu divido com Nicola. Meu quarto.

Alimento-me de pizza lentamente, pois mudanças me cansam, escovo meus dentes e em um instante, estou dormindo na minha antiga cama. Com cheirinho de Nicola, que saudades.

~~ Horas depois ~~

- QUE PORRA É ESSA? –Alguém de voz rouca e máscula exclama ao acender a luz do abajur e me acordar. Sua mão grossa me prende pelo pescoço na cama.

- Sou eu, Pietro pandinha. –Digo ao esfregar meus olhos, que soninho.

Nicola solta meu pescoço e abre um lindo sorriso.

- Pandinha, achei que não dormisse mais aqui.

- Aqui é meu quarto. Você que disse. –Acuso-o.

- Sim, é sim. –Acalma-me acariciando meus cabelos, em um delicioso cafuné.

Abro a boca em um longo bocejo e pergunto-o:

- Vamos dormir?

Então, ele responde a coisa mais linda que alguém já respondeu para mim:

- Sim, está na hora de dormir.

Nicola deita-se de frente para mim e se aproxima.

Aproxima-se mais.

E mais.

Mais um pouquinho.

Logo, sinto sua respiração serena em cima de mim e me sinto em paz.

Sua calma me acalma.

Tenho a melhor noite de sono da minha vida.

Na manhã seguinte, acordo com um peso enorme sobre mim.

Ah, é o brutamonte do Nico.

- Estou duvidando de minha sexualidade por sua causa. –Me acorda, em cima de mim, acusando-me, direto, como sempre.

Olho para baixo, felizmente ou infelizmente, depende do ponto de vista, ele está só de cueca.

Ele não percebe, mas está pressionando seu pau em minha barriga.

Nicola é um pouco mais dotado do que seus irmãos, agora eu posso afirmar isso. Só imagino o estrago.

Seu membro não é só o maior, é também o mais bonito. Com a sua grande cabeça rosada, a pele bronzeada cheia de veias e tatuagens, é simplesmente uma obra de arte.

Pena que é só o pau dele que é perfeito, porque o loiro é cheio de defeitos.

Seu maior defeito é pensar ser hétero, nada contra quem é, mas tudo contra Nicola ser.

Tiro esses pensamentos da minha cabeça quando mesmo continua a me culpar:

- Isso tudo é culpa sua, Pietro. Eu não gosto de outros homens, gosto de você. Não sei explicar. –Desabafa ele deitado em cima de mim, ainda me pressionando com sua grandiosidade olhando bem dentro dos meus olhos com seus intensos olhos azuis. Estou quase lá e dessa vez não é dormindo.

- Agora, me deixe te beijar e acabar com tudo isso. Sóbrio eu vou perceber que eu não gosto de você. –Fala por fim vindo para cima de mim.

Antes que eu possa perguntar o que está acontecendo, o loiro mais velho gruda seus lábios aos meus sem meu consentimento e eu gosto, gosto muito.

Seu gosto é de menta. Amo chiclete de menta.

Nico pode ser selvagem e descontrolado durante todo o tempo, mas enquanto beija, ele busca o equilíbrio.

Segue um ritmo tranquilo, com suavidade e precisão.

Movimenta-se suavemente seus lábios sobre os meus e adentra sua língua pacificamente dentro da minha boca, mas não deixa também de ser muito intenso.

Se fosse para explicar seu beijo, eu diria que é tão cuidadoso e perfeito quanto o de seu irmão mais novo, Giovanni, e ainda assim, instigante e prazeroso como o de seu irmão mais velho, Vincenzo. O beijo de Nicola é simplesmente uma mistura perfeita.

Quando ficamos sem fôlego, ele se distancia de mim e mantém um poderoso contanto visual. Minha cueca está molhada.

- Desencantou? –Não me aguento e acabo o perguntando, aflito.

O mesmo continua a olhar dentro dos meus olhos, profundamente, sem ao menos piscar. É como se minha alma estivesse sendo roubada. Na realidade, não ligo se estiver sendo roubada, não se estiver sendo roubada por ele.

Meu coração bate em disparada dentro do meu peito e minha mão começa a suar.

Fiz tantas coisas por causa de Nicola, seja para chamar sua atenção ou até mesmo por sentir raiva do mesmo. Eu realmente me importo com ele, isso é inegável.

Quando ele finalmente me responde, todos meus sentimentos desabam sobre mim:

- Na verdade, não. Eu não desencantei de você. Só acabei me encantando mais, pandinha.

Com isso, sai de cima de mim e bate a porta do nosso quarto, deixando-me perplexo e sem qualquer vestígio de sono.

CONTINUA...

Narrador on ~~

Quem aí gosta do shipper PINICO??? (Parece penico onde eu fazia xixi quando era um bebezinho, own iti malia nenémzinho). COMENTEM, BEIJOS E QUEIJOS. Até a próxima :3.

Vitale, Irmãos da Máfia (Romance Gay)Where stories live. Discover now