03. JAMES

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Aqui estou, resolvi postar o último capitulo do ano pra fechar as coisas com chave de ouro (mentira, é só porque não dou conta de guardar capitulo e fico arrumando desculpas para postar kkkk)

A música que toca nesse capitulo é "Use Somebody" em um cover da Isabella Celander, tá na midia caso queiram ouvir (recomendo)

Enfim, mais um momentinho Bucky e Savy, porque shippar nunca é demais

Boa leitura!

Boa leitura!

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Bucky tinha comportamentos compulsivos e sabia disso, coisas que ele fazia sem perceber, provavelmente algum tipo de consequência das merdas que tinha vivido nas últimas décadas; A mania de sempre observar para ver se não estava sendo seguido, o modo sistemático como fazia as coisas ou o fato de sempre querer tudo impecavelmente limpo, entre outras dezenas de coisas pequenas e grandes.

Naquelas últimas duas semanas ele tinha adquirido outro comportamento compulsivo, uma mania agradável, mas talvez não muito correta, um prazer culposo: assistir certa vizinha ruiva através da janela.

Não era um stalker, longe disso, não a seguia na rua, não a cercava de nenhuma forma e não tinha pesquisado seu passado. Era algo bem mais sutil e leve que isso, era quase involuntário na verdade. Às vezes Bucky se pegava olhando para a jovem sem ter percebido.

Ela passava do outro lado do vidro e os olhos azuis gélidos se prendiam no fogo de seus fios alaranjados.

Achava que era apenas ócio, coisas que um apartamento vazio e a solidão causavam e, na maior parte das vezes, se recriminava pelo comportamento inapropriado, mas nunca conseguia evitar...

Fazia duas semanas que tinham se conhecido, não se falaram novamente ou se encontraram pelo condômino, os horários ainda não batiam. Savannah não deixou a música alta outra vez, mas em algum ponto daquelas duas semanas Bucky se pegou desejando que ela tivesse deixado, apenas para caminhar até e trocar qualquer palavra civilizada com outra pessoa, algo que não fosse estritamente profissional como o que acontecia em seu serviço...

Havia mais algumas coisas que ele tinha descoberto sobre Savannah Devenport ao observar sua vida através do vidro: Era um tanto inquieta, não ficava muito em casa; e tinha muitos amigos, Bucky viu a casa lotada durante um fim de semana a tarde. Gente de todo o tipo, em todas as formas e tamanhos: coloridos, risonhos e descolados.

Haviam umas dez pessoas no apartamento aquele dia, mas logo se foram e apenas três ficaram: o garoto descolado com dreads, estilo alternativo e algumas tatuagens na pele cor de chocolate; a garota de cabelos roxos, com óculos redondos assim como seu rosto risonho; e um rapaz magricela de cabelos exageradamente platinados, pálido de um jeito quase preocupante. Bucky reparou que ele mancava, e tinha sempre uma bengala a mão.

INVERNO ARDENTE | Bucky Barnes ✓Where stories live. Discover now