29. TREINAMENTO

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Hey, pessoal! Aqui estou com mais um capitulo nessa contagem regressiva rumo ao fim... 

Esse capitulo contem a descrição de uma roupa marcada com *, isso significa que vocês podem ver uma imagem dela nos comentários ao lado. 

Boa leitura!

Não poderia dizer que gostava daquele lugar, era frio e um tanto claustrofóbico, sentia falta de janelas e luz do Sol, no entanto entendia que era sobre segurança

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Não poderia dizer que gostava daquele lugar, era frio e um tanto claustrofóbico, sentia falta de janelas e luz do Sol, no entanto entendia que era sobre segurança... Beverly tomou um gole de café e encarou a cozinha vazia e enorme, dizer que tinha saudades de casa seria uma mentira, além disso Mike estava se divertindo mais que nunca ali, naquele mundo que era tão diferente do deles.

Que o garoto adorava Savannah não era novidade alguma, porém vê-lo se afeiçoar tão rápido aos outros foi muito interessante... Os amigos de Devenport eram muito distintos entre si, e Beverly ainda lembrava muito bem de todas as criticas preconceituosas que Ryan tecia a cada um deles sempre que os via frequentar o prédio. Ela nunca tivera oportunidade de conhecer nenhum de verdade, amizades comuns já seriam motivo de uma discussão que não acabaria bem, amizades com o grupo de Savannah podiam custar ainda mais caro...

Porém Ryan não estava mais ali, e Beverly pôde se aproximar de cada uma daquelas pessoas com calma e com um olhar livre de pré-julgamentos. E se arrependeu de não ter feito isso antes. Percebeu logo que todos — apesar de absolutamente diferentes — tinham algo em comum com Savannah; eram acolhedores e estavam sempre prontos para ouvir e apoiar.

Eram uma família, mesmo que — com exceção de TJ e Abby — não compartilhassem nenhum parentesco.

Mike tinha uma predileção especial por TJ, isso porque os dois eram duas crianças com ideias mirabolantes que pareciam estar em um grande parque de diversões. O coitado do Gus terminaria aquela pequena estadia naquele esconderijo totalmente maluco por ter que seguir os dois pestinhas pra cima e pra baixo.

E, se Mike havia escolhido seu preferido, Beverly também havia escolhido a dela. Sierra. Havia um certo tipo de calmaria em estar perto da psicóloga, ela sempre sabia o que dizer... Haviam conversado muito naqueles últimos dias, a principio Bev ficou um pouco retraída, mas era muito fácil falar com Sierra, e o modo como ela explicava a vida e suas ideias fazia com que um tipo de esperança nascesse de algum lugar.

Tinham conversado sobre terapia, sobre a importância desse tipo de acompanhamento para alguém que havia sofrido nas mãos de um homem abusivo. Beverly foi relutante de início, sempre pensou em terapia como algo destinado a quem era doente ou louco e ela não era nenhum dos dois.

Porém, aos olhos de Sierra, terapia era mais que um tratamento, era prevenção também; se consultar com um profissional ajudaria Beverly a se conhecer melhor e a lidar com traumas que ela podia nem perceber que possuía, além de evitar novos traumas de se enraizarem e minarem sua saúde mental a longo prazo. Um terapeuta também auxiliaria seu paciente a processar certas emoções de formas mais saudáveis e isso por si só podia evitar muita dor futura, própria ou infligida a outros, mesmo que sem intenção.

INVERNO ARDENTE | Bucky Barnes ✓Onde as histórias ganham vida. Descobre agora