24. LUCIA

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ALERTA DE GATILHO: Esse capitulo contém descrições leves de abuso e descrições corridas de ataque de pânico. Leiam com responsabilidade.

Demorei, não nego, mas se consideramos a demora anterior, até que não demorei tanto assim (oi?)

Sobre esse capítulo, ele é respostas e transição, mas eu tenho que dizer uma coisa importante, citando meu amor Tom Hiddleston: "Todo vilão é um herói na própria mente", então as vezes certas coisas terríveis não parecem tão terríveis quando são narradas pelo vilão. 

Boa leitura!

Lucia Von Bardas tinha muitas certezas na vida, mas havia uma que há anos havia se tornado a maior delas, essa certeza se resumia àquele exato momento

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Lucia Von Bardas tinha muitas certezas na vida, mas havia uma que há anos havia se tornado a maior delas, essa certeza se resumia àquele exato momento. Seu Quebra-Nozes em seus braços outra vez...

Fazia dezesseis anos que estavam separados, ela tinha apenas vinte na época. Lucia olhou para o homem com a cabeça apoiada em seu colo e sorriu, o tempo fora bom com ele.

Olhou pela janela o carro ganhando a estrada e as paisagens passando depressa. Um dos trigêmeos Novokov — Nikolaj, a julgar pelas tatuagens — estava no volante, Lúcia seguia atrás com o Quebra-Nozes, enquanto Leonid e Vladmir, as outras duas cabeças do Cerberus, seguiam em outro veículo, com o estúpido porteiro intrometido como prisioneiro.

Ele seria uma boa cobaia para o doutor Freakmann naqueles experimentos idiotas que o cientista teimava em fazer.

Lucia olhou o soldado adormecido e deslizou as unhas pintadas de vermelho pelos cabelos curtos, não era feio, mas era a versão errada dele.

Porém, Von Bardas sabia que logo isso seria corrigido, o inverno estaria de volta aos olhos azuis que ela tanto conhecia e ela se reuniria com seu Quebra-Nozes uma vez mais, para que enfim completassem a missão de suas vidas.

E depois... bom, depois que achassem a Estrela Cadente o mundo todo se curvaria a eles, não havia uma só coisa que não poderiam ter, ninguém mais os separaria novamente...

Lucia se lembrava da primeira vez em que colocou os olhos no Soldado Invernal, um brinquedo quebrado sem seu braço metálico. Quis brincar com ele, mas brincar era proibido no serviço de seu pai.

O Barão de Von Bardas era um dos homens mais importantes da Hidra, o responsável pelo Soldado naquela época, ele gostava de assistir às sessões de correção, gostava de saber que sua arma mais valiosa estava bem calibrada para cada missão. E Lucia estava sempre por perto, a mãe tinha morrido muito cedo, e a pequena constantemente estava perambulando pelas instalações gélidas e cinzentas da Hidra.

Sempre quis brincar com o Quebra-Nozes, mas nunca pôde, seu pai dizia que dentro dele havia um homem ruim, que não entendia o bem que o Soldado Invernal representava para o mundo. Então eles o colocavam para dormir com choques e logo o Soldado vinha, tudo que o Barão tinha que fazer era dizer as palavras mágicas guardadas no livro vermelho.

INVERNO ARDENTE | Bucky Barnes ✓Where stories live. Discover now