14. VERDADES

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E aqui estou... Antes de começarem eu queria dizer que fiquei em dúvida se colocava um Alerta de Gatilho nesse capitulo, mas como não tinha um tema especifico pra apontar eu não coloquei o alerta especial. Mas leiam sabendo que pode ser em capitulo pesado emocionalmente. 

A mente de alguém que passou por uma porção de traumas e que sente grande ódio por si mesmo tem sua própria forma de interpretar as coisas, e as vezes pode ser um pouco confuso. Como narro por perspectiva esse capitulo pode ser exatamente como a cabeça do Bucky algumas vezes, confuso, cheio de perguntas e muito perdido. 

Então leiam com calma. 

Bucky não conseguia se mover, era como se estivesse na criogenia novamente, como se o gelo lentamente penetrasse em seus ossos, formando estalactites afiadas de pura dor em seus músculos

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Bucky não conseguia se mover, era como se estivesse na criogenia novamente, como se o gelo lentamente penetrasse em seus ossos, formando estalactites afiadas de pura dor em seus músculos.

Não conseguiu olhar para Savannah, não suportaria ver o sol sumir do sorriso dela enquanto a decepção alagava as íris avelãs. Sua atenção permaneceu em Dominic Castillo, o policial por sua vez tinha a dele na ruiva, mas isso era superficial, pois sua mão pousada na lateral da cintura indicava que ele estava pronto para sacar uma arma caso fosse preciso.

Caso o Soldado Invernal resolve atacar...

Queria sentir raiva do homem, mas como poderia? Ele não estava errado afinal, Bucky era um assassino, um risco, alguém que direta ou indiretamente era uma ameaça para Savannah...

Desviou o olhar, a pasta com arquivos do Soldado Invernal queimava sua visão periférica, queria sair dali e ir embora para sempre, porque sentia vergonha, a mesma que tinha sentido quando Steve lhe encontrou em Bucareste, naquele apartamento caindo aos pedaços...

— Entendi... — O som da voz de Savannah veio lentamente. Bucky não teve coragem de olhar nos olhos dela, mas viu quando fechou a pasta de modo simples, ser ter analisado por tempo bastante. — Boa noite.

Ela deu um passo para trás, decidida a entrar no prédio e Bucky fechou os olhos, sentindo que as estalactites de gelo perfuravam seu coração aos poucos. Ele não tinha entendido a reação, então julgou ser apenas o choque falando mais alto e teve certeza que Savannah nunca mais olharia em sua cara novamente.

— Você ouviu o que eu disse? — Dominic não pareceu satisfeito com a forma como a jovem reagiu. — Eu disse que...

— Eu ouvi perfeitamente. — Savannah deu meia volta e cinco passos irritados na direção do policial — Eu não sou surda. Eu escuto tudo que você diz... Por exemplo, quando você disse pra mim "Devenport, eu não posso fazer nada para impedir o Ryan de chegar perto da esposa, porque não existe uma denúncia formal contra ele, e a denúncia de alguém de fora da situação não é o bastante nesse caso". Eu escutei muito bem.

Bucky piscou três vezes sem entender o que um assunto tinha a ver com o outro e quando olhou para Dominic ele parecia ainda mais confuso.

— Eu não... — O policial tentou dizer, mas foi brutalmente interrompido.

INVERNO ARDENTE | Bucky Barnes ✓Where stories live. Discover now