12. SOLDIER'S

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Sam Wilson estacionou seu carro na frente do prédio de Bucky as nove da noite

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Sam Wilson estacionou seu carro na frente do prédio de Bucky as nove da noite. Não estava de bom-humor, isso porque Barnes tinha mandado uns dez áudios, primeiro querendo desistir e depois reclamando do horário, como se fosse um tipo de adolescente que tem hora pra voltar pra casa...

Ele desceu de Cory — seu Corolla azul — e encarou a faixada do prédio. Um péssimo lugar para morar. Era ridículo que Bucky vivesse ali, quando tinha todos os bens de Steve Rogers a seu dispor, e isso incluía o apartamento no centro, que se encontrava vazio, já que Sam imaginou que Barnes venderia ou ao menos alugaria o imóvel e por isso tirou todas as coisas de lá.

Ele não fez nada disso. Não usou o dinheiro, não ocupou o apartamento e também não fez nada com ele. Era quase um milagre que estivesse usando a moto.

Não, não era um milagre... era progresso. Sam sabia que Bucky estava progredindo a pequenos passos, o que era impressionante já que ele se isolava de tudo e todos.

Era algo lento, mas considerando todas as coisas que Barnes tinha vivido era bem melhor do que qualquer um imaginaria... Sam se perguntava como isso estava acontecendo, porque já tinha visto muitos veteranos e, sem estimulo, apoio e terapia, eles não costumavam fazer progresso.

E Bucky estava se saindo muito bem, sabia que ele vinha comparecendo as reuniões, mesmo que nunca entrasse e mesmo que fizesse questão de nunca ser visto.

Se fosse em qualquer outro momento jamais teria notado um supersoldado soviético à espreita, porém Sam tinha feito progresso também, havia aprendido muito com Steve e Natasha, estava mais atento ao que acontecia ao redor, por isso sabia que Bucky vinha aparecendo às reuniões há algumas semanas.

Pensou em dizer que sabia, mas talvez isso se tornasse contraproducente para a evolução de Bucky. Ele era como um animal arisco, se aproximaria mais quando estivesse pronto.

Mesmo assim Sam queria ajudar de alguma forma, por isso tinha combinado aquela noite com Bucky, o levaria para um bar onde o pessoal costumava se reunir, talvez ele se sentisse mais à vontade para fazer parte do grupo de fato, se conhecesse um pouco melhor os membros.

O plano era simples: Bucky precisava de amigos, Sam podia apresentar alguns...

Trancou o carro e deu alguns passos em direção a marquise, foi quando notou que um casal vinha discutindo pela rua, andando naquela direção.

— Eu quero que você vá embora... — A mulher dizia, apressando o passo. — Já chega pra mim, Ryan. Eu não quero criar o Mike nesse ambiente, com você e suas bebedeiras. Para de me seguir.

— É a minha casa também! — O homem esbravejou, enquanto seguia a moça. — E é meu filho. Eu posso arrancar esse moleque de você se eu quiser.

A mulher parou, Sam a viu tremer, ele só não sabia se era de medo ou de raiva.

INVERNO ARDENTE | Bucky Barnes ✓Onde as histórias ganham vida. Descobre agora