Capítulo 15

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 Alfonso


Completamente aleatório e bipolar. Essas eram as duas palavras que definem o que quer que seja que a garota e eu temos.


Por um lado, estavam toda a minha raiva e insatisfação pela cena que presenciei com ela nos braços daquele cara enquanto eu a procurava para dividir a notícia que por anos fez parte das nossas conversas sobre planos e metas. Era simples, Anahí fazia parte de tudo o que sempre sonhei, conhecia quais eram os meus sonhos, assim como eu bem entendia os dela, seria injusto se ela não fosse a primeira pessoa que eu procuraria para contar sobre minha aprovação para Stanford. No entanto, quando a vi nos braços daquele cara, fiquei possesso. Só pensava em ficar longe dela e de tudo relacionado a ela que possivelmente me atingisse. Porque era sempre assim, Anahí direta ou indiretamente iria sempre me atingir de alguma forma. Naquele momento, não era de uma forma positiva.


Então ela entrou neste vestiário pedindo explicações, e como eu posso explicar sobre o ciúme que sinto? Sem conseguir manter o próprio controle e a vontade absurda de mantê-la sempre por perto, soa até como egoísmo, não querer vê-la com nenhum cara que não seja eu, infelizmente não tenho controle sobre isso também.


Agora, enquanto a beijo e faço um esforço miserável para não extrapolar nas investidas e acabar machucando-a, imploro para que esse momento dure o suficiente. Anahí protesta, ainda que entregue, e as unhas em minhas costas deixam seu rastro, sei que as marcas que ficarão me farão lembrar depois.


Paro de me importar se a qualquer momento alguém pode entrar e nos ver aqui, e deixo que seus gemidos e seus beijos possam sanar toda minha insegurança e medo de perdê-la.


Seu arfar afoito e a forma que suas mãos buscam apertar cada centímetro de minha pele deixam claro os sinais de que está prestes a gozar, estou me segurando para que ela desfrute primeiro. Finalizo meu trabalho com os lábios em seu pescoço, observando as marcas e busco tocar seus lábios com um beijo sem pressa daquela vez, é quando nos entregamos juntos, dispostos a varrer para bem longe e de uma vez por todas os insultos que iniciaram a discussão que nos trouxe até aqui. De repente, não há mais acusações, nem Henry em nosso meio, muito menos minha aceitação para Stanford. Somos só nós dois agora...


— Eu não gosto desse clima que fica entre a gente depois de uma briga – ela começa, levando os dedos até meus lábios antes que eu comece a questiona-la – Eu sei. Eu sei que na maioria das vezes sou eu quem provoco e que faço zero questão de tentar me redimir, mas... Eu odeio discutir com você.


Fito seus olhos azuis e afasto uma mecha de cabelo de seu rosto, ela está encharcada. Assim como eu, mas sei que isso agora é o que menos importa. Tenho muito o que falar, porém, não sei se nada do que disser valha de algum modo.


Ela sabe que não tenho muito o que dizer, então parece distraída com os fios molhados de meu cabelo, enquanto permaneço com meus questionamentos em mente.


— Eu preciso ir – Ela volta a falar, quebrando o silêncio.


— Você não pode sair toda molhada desse jeito – Alerto – Podem ver você.


— Vou tomar cuidado – Afirma, vestindo a saia que agora molhada, parece mais justa ao seu corpo. Reparo em como ela está crescendo, o corpo ganhando curvas, não é mais como a menina de antes...

O Preço de um SonhoWhere stories live. Discover now