prólogo

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Nove anos atrás

Shivani sentia as mãos tremerem tanto que achou por bem coloca-las embaixo das coxas enquanto esperava no sofá até que Dylan saísse do banho.
Eles namoravam há quase um ano e Shivani sentia que mesmo que a notícia que ela tinha para dar fosse difícil, que ele não iria abandona-la.
Dylan havia acabado de se formar no ensino médio e já ia para a faculdade de medicina no estado vizinho, estava tudo correndo bem.

Ele iria ficar do lado dela quando soubesse do bebê.

Não era fácil para ela, principalmente porque ela nem sequer havia acabado o ensino médio, ainda faltava um ano, mas não dava mais para ajeitar isso. Ela estava grávida e ele precisava saber.

Ela só não entendia o motivo de estar com tanto medo.

- Oi, gata!

Shivani levanta os olhos para o namorado e o vê sair do banheiro com uma toalha branca pendendo da cintura.
Dylan tinha um corpo escultural e ela colocava a culpa nisso por não ter resistido. Ninguém dizia não para um corpo daquele.

- Preciso falar com você. - Ela diz, tentando domar os batimentos. - Aconteceu uma coisa importante.

Dylan enfia a camisa pela cabeça e veste uma calça de moletom. Depois de estar devidamente vestido ele se joga no sofá ao lado dela e a beija com ferocidade.
Para Dylan não haviam assuntos importantes aos dezoito anos, era isso que seu pai lhe ensinou. Assunto sério era sexo.

- É sério! - Shivani resmunga tentando se afastar das carícias do namorado. - Dylan, me escuta.

Ele para.

- O que aconteceu? Porque você está tão esquisita? - Quer saber, sem paciência.

Era disso que ela tinha medo, lembrou-se. Dylan era inconstante, hora estava feliz e carinhoso, hora estava frio e distante.

- Preciso te mostrar uma coisa. - Ela diz com a voz trêmula e se vira para tirar o teste de gravidez da bolsa.

Quando Shivani lhe estende o objeto branco, Dylan apenas observa com um sorriso frouxo nos lábios e assim que pega o teste na mão seu pomo-de-Adão sobe e desce rapidamente.

- Que porra de brincadeira é essa?! - Guincha.

Shivani se afasta dele. Subitamente está se arrependendo de ter falado.

- Dylan, eu estava me sentindo mal, lembra? Eu não sabia o que era então... Minha menstruação tava atrasada desde que a gente transou na festa da Sabina e...

- Não! - Ele estremece ainda olhando para o teste. - Você não pode estar grávida, Shivani.

- Eu estou... - Sibila.

Não era para ele reagir assim. Ela não conseguia nem engolir a saliva, pois um nó do tamanho de uma laranja se formava em sua garganta.

- Não! - Ele grita ficando de pé e atirando o teste na parede. - Que merda!

- Dylan, a gente pode dar um jeito... Tínhamos planos de casar, só precisamos adiantar um pouco as coisas e...

- Está louca!? - A voz dele entra de forma cortante nos ouvidos dela e a menina começa a cair em si. - Casar com você?! Eu não quero me casar, Shivanil! Eu vou para a faculdade, não quero esse peso.

"Peso?" ela pensou, mas não falou.

- Eu não posso fazer nada, Dylan...

Dylan nega com a cabeça e solta o ar com força pela boca.

- Você e eu vamos em um lugar que eu já ouvi falar e vamos dar um jeito nessa merda toda. Vem! - O rapaz tenta pegar a mão dela, porém ela puxa o braço com violência e seca os olhos com a outra mão.

- Essa merda que você falou é nosso filho... Ou melhor, meu filho! - A menina grita. - Como eu fui burra... Quer saber?! Vai se danar! Eu não vou abortar, eu quero ter esse bebê.

- Shivani, você tem noção? Um bebê vai cagar com o nosso futuro e... Não é hora pra isso.

Ela nega com a cabeça e apanha a bolsa.

- Eu quero que você vá para o inferno e que seja tão infeliz quanto for possível. - Diz na cara dele antes de seguir até a porta segurando o choro.

- Shivani, volta aqui! - Ordena.

Ela abre a porta e o olha nos olhos para dizer entre dentes:

- Um dia você vai se arrepender amargamente disso Dylan García e eu quero estar nessa ocasião. E quanto ao meu filho pode esquecer dele e de mim, pois de você eu só quero distância! - E com isso ela bate a porta e fecha para sempre qualquer outra porta de inocência que carregava até aquele dia.

Ela não se deixou chorar até que entrou dentro do táxi e falou o endereço para onde ia. Ela se segurou por amor ao bebê que ainda nem existia direito. Por amor ela prometeu que ia deixar isso tudo para trás.
Por amor Shivani decidiu que iria embora para sempre da vida de Dylan.

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Hey galerinhaa, tudo bem com vocês?

Cá estou eu com mais uma adaptação - da linda da AmandaYvina -, essa será de Shivley. Obgda Amanda por aceitar  que eu faça a adaptação.

Espero que gostem, tô ansiosa pra postar os caps, amo vocês.

𝐏𝐨𝐫 𝐚𝐦𝐨𝐫; 𝐌𝐚𝐥𝐢𝐰𝐚𝐥 / 𝐒𝐡𝐢𝐯𝐥𝐞𝐲जहाँ कहानियाँ रहती हैं। अभी खोजें