capítulo 15

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Três dias depois

Pousei o violão no chão no mesmo instante em que todo o ambiente explodiu em aplausos que me faziam sorrir de canto a canto.
Falei que daria uma pequena pausa e que logo voltaria, e fui até a mesa onde Bailey estava sentado com um casaco azul de gola alta.

Bailey sempre vinha assistir meus shows e eu adorava isso. De verdade. Era bom tê-lo tão próximo sempre.
Puxei a cadeira e me sentei.

- Já tomou seu xarope? - Brinquei.

Ele estava com uma gripe terrível depois de passar o dia com Andrey, seu amigo (e paquera da Sofya. Eu havia descoberto isso por acaso e adorei) que estava muito gripado também.
Era até sexy aquele nariz todo vermelhinho como de um palhaço.

- Benina balvada. - Resmungou.

Ok, também era hilário ele falando daquela forma.
Segurei sua mão por cima da mesa.

- Você não precisava ter vindo. Podia ter ficado descansando para melhorar.

Ele negou com um movimento de cabeça.

- Eu vou ficar bem. - Tossiu. - Só preciso dorbir um pouco depois.

Ele era mesmo lindo.
Ele estava aqui, num bar movimentado, com o nariz entupido e com febre só porque queria ficar perto de mim. Ele estava levando bem à sério aquela coisa de me cuidar.

- Eu vou te levar em casa e fazer questão de ver você deitando na cama, só para ter certeza de que você não vai trabalhar. É sério, você precisa descansar.

Ele riu.

- Bocê fica buito bonita preocupada.

Tomei um pouco do meu refrigerante que já estava morno e comi algumas batatas fritas.

- Você sabe, uma mãe vive preocupada. - Dei de ombros. - Agora eu é quem preciso cuidar de você.

- Bão. Bão precisa.

- Não tem acordo, Bailey! - Dei uma tapinha no braço dele. - Vamos, eu vou te levar pra casa. Você está muito quente.

- Bais e o seu show? - Indagou.

Olhei para o palco e sorri ao notar como quase todos os homens estavam de queixo caído olhando a dançarina do ventre.

- Eu me explico depois. - Respondi.

°°° °°°

O apartamento dele era E-N-O-R-M-E!
Eu poderia jurar que não era um apê e sim uma mansão.
Deixei nossos casacos no hall de entrada e ele foi me guiando para a sala de estar com pé direito alto e luzes embutidas.

- Uau! - Exclamei.

A casa variava entre cores quentes e ainda mais quentes. Era muita cor, mas que de alguma forma fazia sentido e deixava tudo muito bonito.
Agora eu entendi, ele devia confeccionar as próprias camisas com as capas das almofadas.

- Bocê gostou?

Deixei minha bolsa em cima de uma poltrona azul e assenti.

- É tudo muito colorido e cheio de vida. Tem uma vibe tão boa.

Ele riu e se jogou em um sofá enorme que estava perto da lareira a gás.
A lareira havia sido acesa e um calor gostoso começava a exalar pela sala.

- Binha casa é buito peculiar.

Ah nisso eu tinha que concordar.
Me sentei ao lado dele e adorei como aquele sofá era fofinho.

- É, sim. Eu gostei, de verdade. - Falei sinceramente.

Ele segurou minha mão e acaricio meus dedos.

- Posso te bostrar uba coisa? - Perguntou.

Concordei com um aceno rápido de cabeça e nos levantamos na mesma hora do sofá.
O segui pela sala de jantar e então subimos por uma escada com corrimão de vidro que eu amei.
Alcançamos o segundo andar rapidamente e ele me levou até um quarto que ficava mais recuado, mas que tinha uma porta linda com um nome talhado na madeira.
"Benjamin"

Ele parou perto da porta e passou a mão pelo nome.

- Era o nobe do beu filho. - Explicou. - Esse ia ser o quarto dele.

Senti um nó se formar na minha garganta ao imaginá-lo voltando para casa sozinho e tendo que encarar aquele quarto e aquela vida sem a mulher da sua vida e o filho que ele tanto já amava.
Entrelacei meus dedos nos seus.

- Eu tenho certeza que ele iria amar. - Sibilei.

Bailey levou minha mão até seus lábios e a beijou.

- Bamos entrar.

Assim que a pesada porta de madeira foi aberta eu senti como se um mundo novo nascesse na frente dos meus olhos.
Entrei bem devagar e meus olhos tentavam assimilar todas aquelas estantes cheias de livros, as mesas com bonecos, carrinhos, quadros, desenhos, tudo. Tinha de tudo ali. E... Era lindo.
Tanta cor, tanta vida e sem contar um perfume maravilhoso.

- Que lugar lindo, Bailey! - Falei toda embasbacada. - Você transformou o quarto dele em um lugar lindo.

- Eu nunca trouxe ninguém aqui. - Confessou. - Bais você não é 'ninguém' e... Olha.

Segui seu olhar e, na mesma hora, um sorriso cheio de significados cresceu nos meus lábios.
Havia um quadro grande com colagens de várias fotos... Minhas!
As fotos do dia da praia. As fotos que ele tirara dentro do meu carro.
Me aproximei da parede e toquei no rosto da mulher sorridente que tinha as bochechas coradas pelo sol e o cabelo bagunçado pelo vento, mas que estava tão feliz.
E essa mulher era eu.

- Você guardou as fotos... - Murmurei.

Ouvi ele se aproximando e logo suas mãos tocaram minha cintura.

- Esse quarto é para guardar coisas belas. - Falou com a voz rouca pela gripe, mas que era bem sexy. - Bocê fica ainda bais linda quando sorri.

Girei nos calcanhares com um misto de emoções me fazendo querer pular de alegria e ao mesmo tempo chorar.
Toquei o rosto febril dele e beijei seus lábios sem me importar com a gripe que provavelmente eu iria pegar.
Dane-se!

- Você é um homem tão maravilhoso que às vezes eu penso se é real. - Digo.

Ele me puxa para ainda mais perto e encosta as nossas testas uma na outra.

- E bocê é uba bulher fantástica que berece ser abada todos os dias. - Ele para um pouco para tossir e então continua: - Bamora cobigo?

Comecei a rir com aquele pedido tão lindo e fofo, mesmo que sua voz estivesse engraçada e sua febre aparentemente estivesse aumentando, tudo estava sendo perfeito.
Levei a palma da mão dele até meus lábios e a beijei.

- Eu bamoro.

Ele começa a gargalhar com a minha imitação barata e me imprensa contra a parede para me dar um beijo ainda mais profundo e eu deixo, pois já não sei como é a vida sem os lábios de Bailey.

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[✌]postei esse capítulo e saí correndo.

[🇮🇳]me perdoem pela demora pra  postar, minhas aulas voltaram e tá sendo mais puxado doq eu pensava, mas eu amo vocês e cá estou postando mais um cap.

𝐏𝐨𝐫 𝐚𝐦𝐨𝐫; 𝐌𝐚𝐥𝐢𝐰𝐚𝐥 / 𝐒𝐡𝐢𝐯𝐥𝐞𝐲Where stories live. Discover now