capítulo 32

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Shivani, que loucura é essa? - Bailey indagou assim que sai para o corredor deixando Bel no quarto.

Minha filha não se opôs e apenas obedeceu.

Ela sentia nossa aflição.

- E o que mais eu posso fazer?

Ele tentou se aproximar, mas me afastei.

- Shivani, não faz isso com a Bel, comigo e principalmente com você! Você não vê que ele só está manipulando tudo para ter você de volta!?

Me encostei na parede e abracei meu próprio corpo.

Eu precisava sentir o calor de Bailey contra meu corpo, mas Dylan estava do outro lado da parede e, eu sabia, ele usaria aquilo contra mim.

Seja forte.

- Eu não me importo. - Menti. - Por amor eu faço isso pela minha filha. Por amor a gente faz qualquer coisa, Bailey.

Ele negou.

- Mas isso é uma doença que vai consumir vocês! Eu vou dar um jeito e...

- JA CHEGA! - Gritei com o desespero me sufocando. - Acabou. Pelo amor de Deus, entende isso!

Mais uma vez ele tentou me tocar, mas o empurrei, porém ele me puxou novamente e segurou meu rosto entre as mãos.

Meu coração parou.

- Eu amo você, entendeu!? - Falou. - Eu amo a Isabel e, não quero nem saber, pois eu vou pegar vocês duas e vamos fugir da porra desse país, entendeu Shivani!?

- Bailey...

- Me escuta! - Pediu e prosseguiu falando mais baixo ainda. - Finge que aceitou e vai com ele pra onde ele levar, não faça nada. Não dê motivos para ele tirar a Bel da gente e, eu te prometo, daqui há seis dias eu vou buscar vocês e a gente vai embora, certo?!

Olhei no fundo dos olhos dele e senti meu corpo se encher de esperança.

Aquilo podia mesmo ser possível?

Umedeci o lábio inferior e, mesmo que tudo em mim dissesse o contrário, esbocei um sorriso fraco e o puxei para mais perto de mim.

Dane-se Dylan, o Bailey é o homem da minha vida.

- Promete mesmo?

Ele beijou meus lábios.

- Seis dias é o que eu te peço pra organizar tudo. Não se case com ele antes desse tempo e não saia de perto da nossa filha. Eu vou tirar vocês desse país e iremos reconstruir a nossa vida, ok?

Meu peito subia e descia rapidamente com a emoção do momento, mas a sensação de paz que escorria pelas minhas veias me fez acenar positivamente.

- Seis dias e tudo volta ao normal. - Falei. - Eu te amo.

Ele riu e beijou minha boca novamente, mas desta vez com mais posse e amor.

- E eu te amo mais que tudo.

°°° °°°
Assim que Bailey entrou no elevador e partiu, voltei para dentro de casa e encontrei Dylan sentado no sofá com um sorriso amistoso no rosto bem desenhado.

Abracei meu corpo e torci a boca.

- Eu não amo você e você sabe disso. - Fui logo dizendo.

Ele sorriu mais ainda.

- Mas eu amo você e isso basta. - Decretou. - Arrume as suas roupas e a da menina. Eu espero.

Franzi o cenho.

𝐏𝐨𝐫 𝐚𝐦𝐨𝐫; 𝐌𝐚𝐥𝐢𝐰𝐚𝐥 / 𝐒𝐡𝐢𝐯𝐥𝐞𝐲Dove le storie prendono vita. Scoprilo ora