capítulo 16

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Assim que abri meus olhos senti meus lábios formarem um sorriso enorme, como se eu estivesse vendo uma fonte de chocolate jorrando só para mim.
Eu estava feliz. Realmente feliz.

Me virei e olhei para o rostinho pleno de Bel que dormia tranquilamente. A abracei contra meu corpo e beijei a lateral de sua cabeça.

Agora você tem um pai.

Sorri mais ainda eu lembrar dele pegando a Bel e saindo porta a fora comigo sem saber o que viria pela frente. A atitude de um pai.
Bailey tinha esse instinto nele. O instinto protetor, de amor paternal que precisava ser exteriorizado.

- Bom dia, mamãe. - Isabel murmurou enquanto esfregava os olhinhos preguiçosos. - Você dormiu bem?

- Muito bem! - Falei. - O que você quer de café da manhã hoje?

Ela me olhou como se não estivesse me reconhecendo e, apesar de saber que era sábado e essa pergunta era até aceitável, sua boquinha se moveu para pronunciar uma pergunta que sua mente confabulava.

- Você está diferente, mamãe.

Balancei a cabeça de um lado para o outro e puxei o lençol até o queixo.

- Acho que a gente devia voltar a dormir. - Brinquei.

Bel puxou o lençol e se apoiou em cima da minha barriga como sempre fazia quando não estava conseguindo dormir.

- Mamãe!

Rolei os olhos e me dei por vencida.
Estava na cara que eu não iria vencer essa, a Isabel nunca desistia e, pensando bem, seria justo abrir logo o jogo.
Seríamos uma famiia como tudo indicava.

- Eu quero te contar uma coisa, mas você precisa me prometer que será sincera sobre o que achou sobre, certo? - Me assegurei.

Bel assentiu devagar e notei que seus olhos exalavam a curiosidade que permeava seus pensamentos.

- Tá bom! Eu prometo.

- Certo. - Tomei impulso e me sentei com as costas escoradas na cabeceira da cama. Puxei Bel para o meu colo e afastei algumas mexas de cabelo de seu rostinho. - A mamãe e o Bailey... Bom, nós estamos...

- Namorando? - Completou eufórica. - Vocês são namorados mesmo? Namorados como os pais da Eliza?

Franzi o cenho, mas logo me lembrei que Eliza era uma amiguinha da escola que vivia esfregando na cara da Bel que minha filha não tinha pai. Até tive que ir algumas vezes na escola reclamar sobre esse comportamento, pois a Bel sempre chegava chorando em casa, mesmo que nem entendesse direito.

- Sim, meu amor. Nós somos namorados e amamos você, mas ainda não podemos exigir que o Bailey assuma todas as responsabilidades de pai. Entende? - Ela concordou meio hesitante. Então completei: - Mas ele te ama. Ama de verdade.

Bel jogou os braços por cima dos meus ombros e depositou um beijo na minha bochecha.

- Eu também amo ele, mamãe!

°°° °°°

Bel havia escolhido comer uma lasanha e ligou para Bailey pois queria que ele viesse e, nem preciso dizer, mas ele aceitou na mesma hora.
Eu quase tive certeza que ele estava ao lado do telefone quando ela ligou, porque no primeiro toque atendeu.

Deixei Bel na casa da vizinha, pois Sofya não iria poder almoçar conosco já que tivera que ir na cidade próxima visitar os pais.
Seria o primeiro sábado sem ela e eu já estava morrendo de saudades.
Então, após deixar Isabel na casa da vizinha peguei meu fusquinha e dirigi até o mercado mais próximo para comprar algumas coisas. Seria a primeira vez que teríamos uma visita que não era Sofya.

𝐏𝐨𝐫 𝐚𝐦𝐨𝐫; 𝐌𝐚𝐥𝐢𝐰𝐚𝐥 / 𝐒𝐡𝐢𝐯𝐥𝐞𝐲Tempat cerita menjadi hidup. Temukan sekarang