-capítulo 3-

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—RHYE—

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—RHYE—

O deserto estava silencioso.

À luz fraca do luar, as dunas se estendiam infinitamente. Nenhum pássaro cantava.  Nenhum grilo cricrilava. Nenhum animal se atrevera a sair da toca naquele dia, nem mesmo para aproveitar o raro frescor que vinha com a saída do sol e a chegada da Escuridão.

O próprio vento parecia estar calado. Esperando.

Mas Rhye não se deixava enganar pelas aparências. Ela sabia que aquele silêncio tinha um significado muito especial. Era a calmaria antes da tempestade.

Mas é claro, ninguém mais notara aquilo. Assim como ninguém notara as treze sombras escuras que percorriam a superfície da areia, rápidas como fantasmas.

Ou as treze serpentes aladas que davam origem àquelas sombras, planando acima das nuvens com as asas estendidas, os corpos escuros camuflados contra o céu noturno.

—Essa é uma missão de reconhecimento— reforçou Rhye, virando a cabeça para falar com as 12 bruxas que voavam atrás dela —Não ataquem a menos que recebam a ordem. E fiquem de olho em qualquer coisa suspeita.

—E não batam as asas— sua imediata, McKenna gritou para garantir que seria ouvida por todas— Não queremos dar sinais da nossa aproximação!

—Já sabemos disso, parem de repetir!— reclamou Karstyn, mal humorada, enquanto afrouxava as rédeas da sua serpente alada— O único jeito deles pressentirem a nossa aproximação vai ser se vocês continuarem berrando assim. Parecem um bando de maritacas, pela Mãe!

—Ah, cala a boca, Karstyn— pediu Mya— Quem é que vai nos ouvir aqui em cima? Esse lugar está mais deserto do que o ninho das serpentes aladas na hora do treinamento!

—Sabe, provavelmente é por isso que se chama deserto— observou Tiora, a terceira na hierarquia. Todas riram.

Rhye passou a mão pelos padrões intricados de escamas da cabeça de Lorelei, sua serpente alada. Abaixo, as dunas passavam com a velocidade de um relâmpago. Ah, como ela adorava voar!

—Mas sério, nós não deveríamos estar em silencio?— perguntou Khloe— Rhye? O que você acha? As alianças mais velhas voam sempre em silencio.

Rhye abriu um sorriso travesso, apertando mais o rabo no qual seus cabelos negros estavam presos:

—As alianças mais velhas são chatas! Não precisamos fazer tudo igual a elas. Além do mais, qual a graça de voar em silencio?

Todas comemoraram em aprovação. Até as serpentes aladas soltaram baixos rugidos.

—Seria bom, apesar disso— continuou Rhye —Se não tirássemos os olhos do chão. Os humanos sempre ficam mais atrevidos nessa época do ano.

—Certo. Fechar a formação?— perguntou McKenna. Rhye olhou um pouco para a disposição das dunas, calculando quanto tempo faltava para a aterrissagem.

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