Cap.22

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Thiago

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Thiago

   É preciso dizer uma coisa sobre o desespero: ele deixa a cabeça da gente muita mais aberta.

   Se passava de duas da manhã. Entrei na delegacia quase quebrado o braço do moleque de tanta que eu apertava.

  Escutava seus gemidos de dor. Tentava de  soltar, mas eu não deixava.

Eu estava despertado e com raiva. Minha mãe era espancada pelo o meu pai diariamente, na minha frente e da Anna. A mesma não se lembra muito, já que era muito nova, mas eu lembro. Lembro da minha mãe gritando, pedido para ele parar.

   A vida me fez querer ser uma pessoa diferente do meu pai.

   Ele foi morto em um tiroteio. Isso pode ser horrível, mas eu nunca fiquei tão feliz na minha vida. Saber que minha mãe não ia mais passar por aquilo me deixou muito feliz.

   Antes dela morrer. Falou: faz tudo para não ser o seu pai, filho. Não der esse desgosto a sua mãe. Cuide da sua irmã e tente sair do tráfico. Mamãe te ama muito, não quero que você se torne o seu pai.

   Me abençoou. No meio da noite recebi a notícia que ela morreu.

   Me lembro até hoje do tanto que eu chorava. A Anna era a queridinha da mamãe, ela chorou demais também.

   Enquanto assinava os papéis que a polícia me deu. O Plaboy ficou do meu lado.

   Em um certo momento, o mesmo riu. Ignorei no começou, todavia, ele não parou, ao contrário, só riu mais da minhas cara.

  — Sabe que isso não vai levar a nada, correto? Que você só está gastando o seu tempo, né?

   Não respondi. Respirei fundo e voltei a assinar os papéis, tentando me acalmar para não pular em cima desse idiota.

  — Tá me escutando? É surdo também? Coitado, não tem coragem de me bater. - ele riu.

  — Já fui preso duas vezes. Matei um pedófilo e dois estupradores. Você pensa que eu tenho medo de matar um plaboy como você?

   Percebi que ele engoliu em seco. Sorrir.

  — Tá vendo essa marca na minha mão. Matei no soco, a cicatriz tá aqui até hoje. O outro, matei em tiro. Tiros por todo o seu corpo. O outro, foi estuprado e depois jogado na fogueira. Quero testar a mutilação agora, quer ser cobaia?

  — Não. - Gaguejou.

  — Thiago, meu velho amigo, oque faz aqui? - Falou o William, polícia e meu amigo. Ele sempre ajudou quando eu estava preso.

  — Ajudando a lei né? Plaboy, gravava vídeo transando com a ex e mandava para os amigos. Em um dos vídeos, deu sonífero para a mesma e a estuprou. - Empurrei o riquinho para o chão.

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