Cap.50

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Lilian

Andamos devagar até em casa. O Thiago parou para nós almoçamos em um restaurante muito bonito, e depois voltamos o nosso rumo para o seu apartamento. Mesmo não podendo ir lá por causa do meu pai, não queria incomodar a folga da esposa da Sabrina com o meu chororô. Deixe as duas se curtindo hoje.

   Estava meio que apreensiva, não sabia se a paty tinha total culpa do que aconteceu lá na sala. Ela podia simplesmente só ter me dando uma boa aula, sei lá.

   Quando entramos em casa, percebi que estava rolando um "churrasco". A Anna dançava forró com o Vk, enquanto o Marquinhos estava em cima do sofá, cantando.

— Nunca vi um churrasco no começo da semana. - Resmungou o velho.

Que homem para reclamar.

— More, segunda. Estamos de folga e nos divertindo. - O Marquinhos falou, descendo do sofá.

— Hello pessoas. - A Flávia entrou no apartamento e já correu até a carne.

— Calma, flavinha. Ainda tem muita gente para comer.

— Eu cheguei agora do trabalho, tô cansada. - se jogou no sofá, se sentindo derrotada.

Me sentei ao lado do Thiago no sofá. Ele passou o braço pelo o meu ombro, inclinando para sussurrar no meu ouvido:

— Vai fazer oque agora? - Passou seus lábios no meu pescoço, dando um leve arrepio pela a minha espinha.

— Vou tomar banho. - Na verdade, queria descansar um pouco. Estava com uma dor de cabeça grande, e também, ainda não superei oque passei na faculdade. Certamente, ficarei um ano sem pisar naquele inferno.

Estava pensando em parar com a minha faculdade de direito e tentar Pediatria. Já que não tenho mais o Paulo no meu pé, posso tentar seguir em uma carreira que me deixe feliz em especializar.

— Ué, hoje nem é sábado. - Revirei os olhos. Dei tapinhas na sua mão, rindo.

— Péssimo, tem zero pontos agora comigo. - Peguei um pedaço de carne e coloquei na boca.

— Tinha quanto antes? - Me virei, olhando para ele com uma sobrancelha arqueada.

  — Zero pontos. - Dei de ombros, pegando outro pedaço de carne.

  — Senta aqui. - Deu batidinhas nas suas coxas musculosas.  

  — Oque você quer?

  — Só senta, pô. - depois de muita briga, me sentei no seu colo. Suas mãos foram para a minha cintura, e seus beijos para o meu pescoço.

  — Tão gostosa. - Sussurrou.

  — Claro, muito gostosa. - Revirei os olhos.

  — Não tava com a autoestima alta hoje de manhã?

  — Não tô mais, tô péssima. Minha saúde mental está baixa, eu quero morrer, ser morta e carbonizada.

  — Pelo amor de Deus, Lilian. Para de falar merda. Puta que pariu.

  — Menti? Não menti. Você tem que entender que essa é a realidade do mundo, e para a nossa tristeza, eu sou a escolhida para sofrer na vida.

  — Cala a boca, sua idiota. Toda gostosa. Ainda vem falar merda, se fuder. Sei que você tem seus traumas que fizeram você ficar magoada e triste, mas queria que você soubesse que é uma mulher muito corajosa e forte. Que nem um outro ser humano no planeta vai chegar aos seus pés. Eu só... te admiro, admiro a mulher que você é. - Me abraçou forte. Tão forte que senti os músculos do seu peitoral pressionados nas minhas costas. Tão forte que senti seu pau pressionando na minha bunda.

   Sorrir.

  — Muito obrigado por tudo, Thiaguinho. Prometo que irei retribuir tudo que você me fez.

  — Sem problemas, bela dama. Agora levanta e vai tomar o seu banho. Quero você cheirosa quando entrar naquele quarto, não faço cafuné em pessoas fedorentas.

   Beijei a sua bochecha e fui em direção ao quarto. Mesmo triste, estava feliz. Feliz porque hoje seria a primeira vez que não iria esconder minha tristeza em bebida alcoólica.

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