Cap.41

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Lilian

   Um pouco desnorteada, após ter dormido por muito tempo. Na verdade, eu quase hibernei.

Ontem tive uma insônia oque me fez ficar acordada por bastante tempo. Não tinha sono, então, preferir ir jogar Minecraft, tentar fazer a vila do chaves.

O Thiago passou a noite se virando - mesmo com um pouco de dificuldade, ele se virava para um lado e para o outro.

O dito cujo me expulsou do seu punheteiro umas quatro vezes.

Nessas malditas tentativas de me expulsar, acabei morrendo no Minecraft. Tive que começar tudo de novo.

Me espreguicei na cama. O vento frio vindo do ar-condicionado tocou minhas coxas desnudas, um calafrio subiu pelo o meu corpo.

O Thiago não estava mais na cama, oque significava que já era bem tarde. Olhei a sacada, a luz do sol não iluminava muito. Se não estive morrendo de preguiça, me levantaria para fechar as cortinas.

Me cobrir de cabeça aos pés, tentando voltar a dormir. Mas, meu sono já tinha passado.

Saí do meu pequeno esconderijo e fiz uma força grande para me estirar e pegar meu pobre celular.

A luz forte daquele aparelho me cegou no começo. Depois que me acostumei com a luz - ainda de baixo das minhas cobertas da Barbie - percebi que era duas da tarde.

Puta que pariu, o almoço do bebê Thiaguinho.

Me levantei o mais rápido possível e fui atrás do meu nego, nem ligando que estava só com a blusa do Thiago para cobrir o meu corpo.

Ontem acabei derrubando refrigerante na minha camisola, para não ir aí ao meu quarto vesti qualquer blusa do Thiago mesmo.

Falando nele, o mesmo estava sentando no sofá. Ele apertava o controle, mudado de canais frequentemente, parecendo um pouco frustando.

Caminhei até o Thiaguinho, ficando a sua frente.

— Já almoçou? - Levei as minhas mãos ao meu cabelo, desmanchando o coque que tinha feito antes de me deitar na cama e agarrar no sono.

   Meu cabelo estava muito embaraçado. Tentei passar mão, mas, não deu muito certo. Só voltei com o coque.

   O Thiago acenou como uma pessoa muito obediente.

  — Comeu oque? - Me sentei no sofá.

  — Mesmo de sempre. O Marquinhos que fez. - Ele sussurrou enquanto voltava a sua procurada de canais.

  — Você vai quebrar o controle.

  — Eu levei uma queda. Meu bumbum está doendo. - Falou. No começo, fiquei um pouco preocupada, mas logo a onda de preocupação passou e veio a vontade de rir.

   Mordi o lábio inferior para não rir do coitado. Ele já tem desgraça demais na sua vida.

  — Quer ir no hospital? Você pode ter quebrado o osso da bunda ou a outra perna. Ninguém sabe, saúde em primeiro lugar. - Tentei ser séria, eu juro que tentei. Mas, quando ele me olhou com aquela cara de "Você tá falando sério?" eu não aguentei.

   Me encurvei com as mãos na barriga, sentindo uma pontada de culpa por tá rindo dele. Mas, era mais forte que eu.

  — Inacreditável. - Rolou os olhos.

  — Desculpa, é engraçado.

   Engatinhei no sofá, ficando no meio das pernas do Thiago. Quase me deitando em cima do mesmo.

  — Você me desculpa? - Sussurrei.

   Levei a minha mão para a sua blusa branca, levantando um pouco a mesma. Passei minha unha naquele local.

  — Lilian... - O Thiaguinho me puxou para ele, fazendo eu me despencar em cima do seu corpo. Mesmo com o corpo todo machucado, ele ainda tem força para me puxar. Incrível.

   Na hora que os nossos corpos colidiram, acabei batendo na sua perna quebrada, sem querer.

   Ele gemeu de dor.

   Me levantei rápido.

  — Desculpa, Thiago. Eu não vi. Tá tudo bem?

  — Tudo sim. - Sussurrou, tentou sorrir para mim.

  — Você quer alguma coisa? - Me sentei no outro sofá.

  — Quero um chá. - cruzei as minhas pernas. O olhar do Thiago foi para as minhas coxas.

    Aquilo não me deixou nem um pouco incomodada, ao contrário, me deixou um pouco eufórica por ter o olhar daquele homem pelo o meu corpo.

  — Você quer que tipo de chá? Tem de várias plantas...

  — Dizem que alecrim é ótimo, erva-doce...

   Começou a dizer vários tipo de chás e oque pode ser o seu acompanhamento.

   Meu sorriso saiu na hora.

   Eu poderia odiá-ló. Mas, ele é muito gostoso e tem um pau...

   Enfim, não tem problema. Logo irei para a minha casa que alugarei com o meu próprio salário, e, possivelmente, o Thiago pode começar a namorar com a menina que está ficando.

   Entre nós dois eu só quero amizade, só isso.

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