Cap.61

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Thiago

   Decidi compreender e aceitar a situação da Lilian e esperar o seu tempo. Não me faria mal algum esperar um tempinho para tentar ser feliz.

A Lilian é uma mulher maravilhosa. Se ela pedir um tempo para pensar e criar uma confiança maior em mim, eu aceito sem nem pensar duas vezes. Não vou desistir de nada, ela que lute para me tirar do seu pé.

   Não estávamos falando muito, na verdade, eu mal vejo ela. A mesma se levanta cinco da manhã e só volta onze da noite, é muito difícil ver ela em casa.

Oque me estava me deixando louco. Eu queria tocar no seu corpo, acaricia-ló. Mas é como ela mesmo disse, sexo de saudade deve ser maravilhoso.

Como hoje era sexta-feira, eu e os meninos fomos jogar bola. A torção que eu tive na perna, já passou. O médico falou para eu não forçar muito a porra da minha perna e eu vou para onde? Isso mesmo, jogar bola.

Teimosia da porra, Thiago. Vai a merda.

   Decidi ligar para a mesma, mas, ninguém atendeu. A Lilian sempre chegava tarde da faculdade, isso me preocupava pra caralho. Hoje em dia, é horrível saber que mulher não pode andar na rua sozinha porque pode acontecer alguma coisa. O horário que for sempre tem um filho da puta para fazer alguma merda.

Coloca o Brasil na minha mão, vai ser só tiroteio na cabeça desse povo burro pra cacete. Nesse povo que ver as milhares de provas que Mari ferrer entregou e mesmo assim, acha que a mesma tá mentido. QUERENDO JUSTIFICAR A PORRA DE UM ESTUPRO.

Que ódio desse país de merda. As vezes, da um nojo muito grande de falar que é brasileiro por causa disso. A merda do governo deveria fazer alguma coisa e aquelas porras não fazem. Pessoas que eram para nós defenderem, acabam fazendo o mau.

   Entrei em casa, jogando o meu tênis para o lado. Os três foram logo em direção a cozinha, pegar cerveja.

   Eu fui para o quarto da Lilian, ver se a mesma estava bem. Abrir um pouquinho a porta, vendo que ela já estava deitada na cama, dormindo.

   Fiquei um tempinho ali, olhando seu rosto angelical antes de ir beber com os idiotas.

  — Vem Thiago. - Menor gritou. Fiz um sinal para o mesmo ficar em silêncio.

   Os três começaram a me zoar. Revirei os olhos e me sentei no sofá, ao lado do Marquinhos.

  — Agora só sou eu. Meus soldados todos perderam o cargo. Triste. - O mesmo sussurrou, dando leves tapinhas no meu ombro.

  — Sou casado, amigão. Perdi meu cargo de soldado faz é tempo. - O menor falou e bebeu um gole da sua cerveja.

  — Eu também. Eu e a Anna temos nossas brigas? Temos, mas, nos amamos. E confessamos esses sentimentos, diferentes de certas pessoas. - O Vitor falou, apontando para mim com a cabeça.

  — Me cancelem, eu não ligo, mas tirem o meu pau da boca, não aguento mais a cadelada ganhando buss com o meu nome o dia todo. - Falei o meme que vi na rede social, na verdade, a loirinha que me mostrou.

  — Vamos expandir o seu vocabulário, more? Todo dia essa mesma frase, já chega.

  — Da uma sugada aqui na minha rola, ó.

  — O Marquinhos vai com prazer. - O menor falou, rindo.

  — Glub glub. - O dito cujo falou.

   Revirei os olhos e tomei a minha cerveja. A Anna já deveria estar dormindo, e a Flávia não estava se sentindo muito bem esses dias. Oque estava deixando o menor muito preocupada, a Flávia não é de ficar doente.

Mesmo todos achando que é gripe, eu continuou a falar que a minha sobrinha vem aí. Ninguém acredita no pobre Thiago.

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