21 - Relaxar acompanhada 🔞

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Meninas quero agradecer a vocês por terem me dado um tempo para concluir Luz do Passado. Vocês são incríveis e o fato de acompanharem minhas histórias faz diferença real na minha vida. Obrigada por tudo. Não prometo o 22 para hoje, mas prometo começá-lo. Desfrutem do capítulo
Amiga, sua fic, te amo dehsilva9408 ❤️
⚠️🚨 ALERTA 🚨⚠️
Capítulo com descrição do ato sexual.

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Victoria nasceu numa família muito pobre. Sua mãe morreu por consequência de seu parto que fora muito difícil, e ela terminou crescendo sozinha com o pai, um lavrador de uma fazenda no interior. Aos 15 anos acabou por perder também o pai e foi acolhida por sua tia Candelária que trabalhava na casa de Ana Joaquina Ríos Bernal, na capital que ela jamais havia visitado. A viúva não viu problemas em aceitar a jovem que sabia costurar e era muito eficiente no trabalho de casa além de demandar um salário muito pequeno.

Tudo ia perfeitamente bem, até que o filho de Ana Joaquina, destinado a ser padre, voltou à casa de sua mãe para passar três meses antes de retornar definitivamente ao seminário. O jovem de 17 anos, dono de lindos cabelos castanhos, inigualáveis e pacientes olhos verdes, uma voz capaz de ser escutada no mais profundo da alma e uma calma aconchegante fascinou a adolescente que nunca tinha tido contato com nenhum sonho ou com o amor.

A amizade, natural e desinteressada, foi tomando forma de maneira invisível em seus corações e se misturou com os incontroláveis hormônios da adolescência fazendo que, ao final daqueles três meses, a ideia de que não iam mais se ver, os levasse a uma noite de confissões, desejos e o desabrochar da paixão para ambos.

Mais de vinte anos depois, Victoria era um inquestionável nome da moda e o império que ela construiu lhe recordava que os desejos e os sonhos somente lhe haviam servido para conhecer a dor e a decepção ao contrário de seu trabalho e dedicação. Nunca havia sido amada e aconchegada como todas as pessoas devem ser e isso explicava porque ela fugia tanto do amor.

Além do mais, Heriberto era, ao mesmo tempo, seu maior sonho e sua maior decepção. Aos 39 anos, conservava o mesmo charme, beleza e calma que a fizeram perder o controle algum dia. Aliás, estava muito mais bonito agora com aquela maturidade, aquele mistério no olhar, aquele conhecimento de medicina e até mesmo por aqueles cabelos grisalhos que começavam a aparecer.

Não! Definitivamente não podia cometer o mesmo erro pela segunda vez porque agora isso terminaria sendo ainda mais devastador deixando consequências não só físicas, com tudo o que representa a primeira vez para uma mulher, como emocionais, do mesmo modo que havia acontecido há vinte anos naquela soturna casa em que vivia a amargurada mãe de Heriberto.

Fugir não só era a melhor opção como era uma necessidade e ela tinha medo que, naqueles dez dias, ele a fizesse fraquejar como ela própria havia feito com ele naqueles três meses nos quais terminaram se envolvendo. Ao mesmo tempo, sentia tanta necessidade de viver intensamente aqueles dias já que não pretendia voltar a vê-lo. Odiava sentir-se tão confusa exatamente por saber com extrema precisão o que é que ela queria.

A noite foi de uma apaixonante entrega e aquele inquestionável desejo que os abrasava intensamente. Victoria não recordava ter noites de sexo tão ardentes com Osvaldo, jamais havia se sentido queimar dos pés à cabeça como Heriberto lhe fazia sentir desde o primeiro toque e o mais terrível era o quão viciante era essa sensação. Depois de experimentar o fruto do pecado o corpo implorava por voltar a inflamar-se por ele, a alma adoecia de paixão.

Em seu quarto era um furacão, foi à loucura e levou Heriberto na mesma viagem naquela montanha russa que aquela cama se tornou sem controle sobre as sensações e sobre seus corpos que, em contato, acenderam, como de costume, um pavio que levava a um vulcão de dinamites explosivas... dentro deles. As carícias lhes marcavam a pele e tatuavam a alma, antes de adormecerem relaxados e satisfeitos, ao mesmo tempo que, exaustos, ansiosos por verem seus corpos recuperados e para repetir o processo.

De manhã, Victoria acordou antes dele, atormentada por seus próprios fantasmas, pois começava a sentir-se culpada pelo que pretendia lhe fazer. Heriberto despertou-se agitado e sentiu uma inexplicável angústia ao apalpar os finíssimos lençóis daquela cama e não encontrar Victoria do seu lado. Por um segundo sentiu que poderia tê-la perdido, mas logo saiu daqueles pensamentos e imaginou que ela estivesse no banheiro.

O banheiro de Victoria parecia saído de uma revista. Grande, bem decorado, aconchegante. Ele a encontrou na banheira que se localizava perto da janela com vidros especiais que fazia com que não pudessem ser observados de fora, a não ser seus vultos. Ela estava distraída, com o corpo imerso na água a cabeça acomodada no apoio da banheira, de olhos fechados, nem viu Heriberto se aproximar. De roupão, ele chegou por trás dela e tocou de leve seu ombro fazendo com que ela abrisse os olhos.

— Eu não merecia um convite para esse banho? — Falou bem próximo do ouvido dela, arrepiando-a enquanto começava uma massagem sensual em seus ombros e em seu pescoço.

— Hummm — Gemeu ela pela habilidade das mãos de Heriberto que deslizavam fáceis pelos óleos que envolviam sua pele naquela banheira. — Eu não sabia que seria algo que te interessaria, eu amo relaxar aqui pela manhã.

— E você já pensou em como pode ser bom relaxar acompanhada? — Questionou malicioso.

— Não. — Ela disse de olhos fechados girando o pescoço sentindo-se excitar pelos toques dele. — Se eu me acostumo com a sensação de relaxar acompanhada, imagina o que pode acontecer, o quanto depois pode ser solitário voltar a essa banheira? — Confessou sincera.

— Victoria... — Ele disse sedutor enlouquecendo-a ao se aproximar do ouvido dela. — Entenda que, a partir de agora, você vai vai precisar fazer nada mais que seja solitário. Nada!

Ela se viu amolecer e gemer com o simples toque de suas mãos e o irresistível efeito de sua voz em seu ouvido na agradável água morna daquela banheira, no fogo que vou subir e culminar num suspiro ofegante. Não demorou muito para que Heriberto se livrasse daquela roupão e se enfiasse ali faminto por ela. Beijaram-se por algum tempo e viram as carícias subirem de tom bem como outras coisas que subiram com aquele contato.

Victoria sentiu a pulsação de sua ereção sobre sua pele e deitou sua cabeça sobre o ombro de Heriberto que a beijou vorazmente apreciando o gosto de seu rosto molhado pela água do banho sem deixar de acariciar seus seios estimulando seus mamilos com o dedo indicador, passeando suas mãos por sua pele aveludada. Já inebriada por suas carícias, por sentir sua ereção tocando-a e por beijos tão abrasadores, por fim, lânguida, Victoria se ajeitou de quatro dentro da banheira espaçosa e foi penetrada por Heriberto que estava duro e afoito por aquele momento. De joelhos ele estocava com força, apesar da dificuldade pela água, a lubrificação não foi um problema, toda a situação anterior os levou ao pico da excitação.

O vaivém do corpo de Victoria fazia com que seus cabelos ficassem pegados no seu rosto, enlouquecendo-o por ver que ela está fora de si, enquanto ela apertava os movimentos gemendo sem pensar que existia um mundo fora daquela porta. Era maravilhosa a sensação de ter o membro de Heriberto escorregando pelas paredes de sua feminilidade aflita por mais e mais daquilo, era mais que maravilhoso, era esplêndido.

Heriberto a segurava pela cintura ajudando-a com os movimentos de prazer e maravilhado pelo balanço de seu corpo e as expressões de prazer no seu rosto além dos intensos gemidos que provocava em Victoria até que ela segurou-se forte na borda da banheira e gritou quando o orgasmo explodiu em chamas. Heriberto também chegou ao ápice e ela voltou a repousar sua cabeça sobre o ombro dele, pois ambos precisavam de um tempo até se recuperaram de todo aquele exercício. Depois de compartilharem um silêncio pedido e necessário, Heriberto voltou a acariciar os braços dela enquanto ela relaxava, agora acompanhada e a frase saiu fácil, tão solicitada quanto aquele silêncio.

— Victoria, eu te amo e quero que você seja minha namorada. — Falou deslizando os dedos dele pelos seus braços, como se fosse capaz de hipnotiza-la para convencê-la, através de suas mãos mágicas.

Os olhos de Victoria se abriram perplexos diante de suas palavras. Por que Heriberto precisava estragar tudo falando de amor?

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Estranha SensaçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora