34 - O pecado da luxúria

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Muito obrigada pelos 14k, vocês são maravilhosas 💕
⚠️🚨 ALERTA 🚨⚠️
Capítulo com referência ao ato sexual e uso de palavras de baixo calão.

***Quando saiu da casa de Ana Joaquina, Heriberto não sabia, mas o acerto entre sua genitora e Bernarda já havia sido traçado há bastante tempo e com riqueza de detalhes, muitas informações cruzadas e uma boa soma de dinheiro envolvida

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Quando saiu da casa de Ana Joaquina, Heriberto não sabia, mas o acerto entre sua genitora e Bernarda já havia sido traçado há bastante tempo e com riqueza de detalhes, muitas informações cruzadas e uma boa soma de dinheiro envolvida. Com tarefas delimitadas e divididas entre elas, haviam produzido uma armadilha perfeita da qual a ingenuidade de Heriberto e a soberba de Victoria não lhes permitiria fugir.

Bernarda havia ficado responsável por adquirir valiosas informações do fim do relacionamento de Victoria com Osvaldo e da rotina do novo casal, da qual ela havia tomado nota ao frequentar o hospital e observar os dois e conversar com médicos e enfermeiras. Ana Joaquina investiu dinheiro e usou alguma influência com funcionários do Apart-hotel que Heriberto vivia que se tornaria o cenário para um plano perfeito. Além disso, a estilista sempre havia tido um informante na Casa Victoria, não lhes faltava nenhuma munição para as pesadas armas que estavam dispostas a disparar.

— Ele está subindo? — Indagou Bernarda no interfone, com os olhos brilhando ainda se divertindo passando a mão pelos lençóis de Heriberto. — E o rapaz que vai me ajudar? Perfeito! Quando ELA chegar, você já sabe o que dizer, não vá se confundir. — Deixou as orientações com o porteiro.

A ousada mulher saiu dali e se dirigiu à porta que ficava a poucos metros do lado oposto do corredor e viu quando Heriberto passou um pouco tonto e entrou em seu apartamento. Ana Joaquina havia dopado o filho com uma substância que começava a ter efeitos sobre ele e, quando entrou em seu flat, já estava bastante confuso, tirou o terno e se deixou cair no sofá passando a mão pela testa. A campainha tocou em seguida e Heriberto, ainda com algum controle sobre si, foi abrir a porta.

— O porteiro me disse que o senhor é médico... — Disse um jovem que Heriberto não se lembrava de haver visto por ali.

— Sim! — Respondeu ele sempre prestativo apesar do estranho incômodo que sentia. — Em que eu posso ajudar?

— Estamos hospedados no apartamento ali da frente, minha mãe está passando mal, será que o senhor poderia ir até lá para vê-la?

— Claro! — Se prontificou sem pestanejar.

Heriberto seguiu o rapaz que desapareceu logo que ele entrou no apartamento e ele olhou em volta muito confuso com o efeito da substância já em um nível bastante crítico. O apartamento tinha uma disposição um pouco diferente do dele, da porta de entrada já era possível ver a cama na qual ele se deu conta que havia uma mulher deitada. Ele foi se aproximando dali para examinar a mulher quando a tontura foi aumentando, suas pernas começaram a cambalear e sua visão foi ficando cada vez mais turva.

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O motorista parou diante do prédio de Heriberto e Victoria, depois de descer do carro, observou a construção antes de dar um longo suspiro. Estava exausta! Havia sido um dia intenso e esgotador ao ponto de ela desejar, mais do que o normal, o refúgio que só os braços de Heriberto lhe davam. O grande desfile de Miami se aproximava e a limitação no trabalho por causa do acidente com sua mão deixava-lhe sem sua mais eficaz válvula de escape.

Além disso, a inesperada pressão de Osvaldo tinha lhe colocado numa sinuca de bico e era só a iminência da reprovação que receberia de Heriberto que lhe detinha de dar ao ex-marido o que ele merecia do jeito em que ela estava acostumada, em outro momento sequer pensaria. E conter-se também é uma atitude cansativa, principalmente para uma mulher como Victoria. Precisava estar com ele, sentir seu desejo, seu corpo, sua paixão, seu amor para recordar que valia a pena não se valer de meios escusos para levar uma vida sem sobressaltos.

— Boa noite, senhora. — Cumprimentou o recepcionista com um sorriso que pareceu um pouco cínico.

— Boa noite! — Respondeu ela imponente. — Heriberto... está no apartamento dele? — Ela não faria a pergunta, mas a saudação do funcionário a induziu a ela.

— Está sim, ele chegou há mais ou menos uma hora. — Sorriu ao responder. — Se não estiver... deve estar no apartamento da frente, como de costume.

— Hum. — Victoria respondeu assentindo com a cabeça intrigada por aquela frase que já acendeu um alerta em sua cabeça.

Entrou no elevador e o tempo que levou para chegar ao sexto andar pareceu eterno, havia algo no ar, ela podia sentir. A porta encostada do apartamento de Heriberto a deixou ainda mais alarmada e, quando ela entrou, recorreu todo o lugar e não viu o namorado, só o terno sobre o sofá que demonstrava que ele havia estado ali, as palavras do recepcionista passaram a girar por sua mente repetidamente.

O outro apartamento não ficava precisamente na frente do dele, era preciso andar um pouco na direção do elevador até chegar àquela porta. Ela hesitou quando parou diante dela, ainda não estava decidida a dar ouvidos à mulher que um dia ela havia sido e que, infelizmente, não estava tão morta assim dentro dela. Contudo, as insinuações daquele homem eram evidentes demais para ela continuar se deixando fazer de boba, precisava tirar a prova.

Ainda pensou um pouco antes de girar a maçaneta, mas, dali mesmo, do corredor, pode ouvir agudos e maliciosos gemidos de mulher e, nesse momento, toda a lucidez que ainda possuía desapareceu, ficou cega e entrou, sem nenhuma dificuldade, o casal não havia tido o cuidado sequer de trancar a porta. Ao adentrar o ambiente, os gemidos da mulher que cavalgava sobre um homem nu na cama de quem não se podia ver o rosto ficaram muito mais fulgurosos. Victoria queria ir embora, mas, ao mesmo tempo, sentia que não tinha visto o suficiente, já tinha ido longe demais sem ter a prova do que ela já tinha quase certeza.

Ao olhar para os lados, havia roupas de homem espalhadas e, não haviam dúvidas, eram as roupas de Heriberto, as mesmas roupas que ele vestia quando se despediu dela pela manhã. O casal, alheio à sua presença fodia com força na cama e a mulher, de costas, com as mãos apoiadas no peito dele, lhe parecia perigosamente familiar. Ela deu dois passos e pôde ver o rosto de Heriberto com as mãos sobre as nádegas da vadia, com seus sexos tapados pelo fino tecido de um lençol, os olhos quase fechados, tão absorto na volúpia que sequer era capaz de notá-la ali. A mulher também estava muito entretida, cavalgando, rebolando, gemendo alto, desfrutando do auge de sua libido quando, ao dizer aquela frase, matou Victoria que reconheceu imediatamente a voz de Bernarda:

Ohhh Heri, vai, me faz gozar! Mete com força, ahnnn, mete em mim com a mesma força que você mete na idiota da Victoria, ohhhhh!

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Estranha SensaçãoWhere stories live. Discover now