︰Um︰

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Donghyuck deixou a água cair por seu corpo e finalmente ele deixou as lágrimas rolarem. Chorar no banho tinha se tornado algo normal na vida do coreano e ele realmente não se importa mais.

Passou seus dedos finos entre seus cabelos e a vontade de gritar se fazia presente. Seu corpo inteiro doía e ele sabia que não ia esquecer aquele momento porque as marcas espalhadas por seu corpo não iam deixar. Ele desligou o chuveiro e saiu do box.

O Lee colocou seu baby doll, presente de Jaemin, e foi até seu quarto. Ele se jogou na cama de casal e sentiu todo seu corpo relaxar. Fechou seus olhos e respirou fundo. Já passava das quatro da manhã e tudo que ele queria era dormir.

- Eu só preciso dormir e não acordar mais.

Donghyuck se ajeitou na cama, se cobriu e se deixou levar pelo cansaço. Seu corpo doía por inteiro, não foi tão difícil.

Ele acordou horas depois com a campainha tocando e a vontade de matar quem quer que fosse se fazia presente. Donghyuck não tinha um boa noite de sono há anos e ele nem podia culpar outra pessoa além de si mesmo. Era culpa sua e de seus pesadelos diários.

Ele caminhou a passos lentos até a porta. Hyuck deu um pequeno bocejo antes de abri-la e ver Jaemin segurando um jornal e uma sacola, onde provavelmente estaria o café da manhã de ambos.

Ele nada disse. Apenas virou as costas para o amigo e foi até sua sala minúscula se sentando em seu sofá minúsculo. Encostou a cabeça no sofá e respirou fundo.

- O que faz aqui?

Ele escutou o risinho do amigo.

- Vim trazer seu café da manhã e aproveitei pra comprar um jornal, quem sabe a gente não arruma uma renda extra.

Donghyuck suspirou.

- A gente já conversou sobre isso, eu tô no meu limite, eu não aguento outro emprego. - Falou ele suspirando em seguida.

- Eu sei, eu sei, mas o Taeil disse que se a gente arrumar outro emprego, ele muda nossa carga horária. Eu não quero ficar lá pra sempre Hyuck. - respondeu Jaemin.

- Tudo bem, passa o jornal pra cá.

O Na sorriu e entregou o jornal para o amigo, logo depois ele entregou um copo de café puro e sem açúcar, para o mais velho.

- Tem um restaurante dando vaga, só está um pouco longe do seu apartamento. - Falou Jaemin folheando o jornal.

- Se eles me derem dinheiro de passagem está ótimo pra mim.

Donghyuck riu e voltou a procurar um emprego que lhe agradasse. E foi aí que ele viu.

- Achei um.

- De que?

- Sr. Lee está à procura de babás. Caso tenha se interessado, entre em contato conosco. - O número para entrar em contato estava lá e Donghyuck acabou rindo. - Acho que eu vou ser babá.

Jaemin riu e disse: - Você leva jeito pra isso?

- Eu praticamente criei o meu irmão, a minha mãe ficou bem doida depois da morte do meu pai. - Falou o Lee ainda olhando para o jornal.

- Então liga, tomara que você consiga.

Donghyuck riu na direção do amigo.

- Tomara mesmo.

︰𔒴︰

- Eu não vou em boate nenhuma, vai a merda. - Falou Mark e Jaehyun revirou os olhos.

- Você vai sim, o Jisung também vai. - Falou o Jeong rindo. Park franziu o cenho em confusão e negou com a cabeça.

- Endoidou? Eu não concordei com isso não. - Falou ele sério e Mark riu.

Jaehyun revirou os olhos.

- Pelo amor de Deus Jisung, colabore comigo. - Falou Jaehyun e Renjun riu.

- Não.

- Aonde é essa boate? - Perguntou o chinês interessado. Gostava de boates só pra dançar mesmo.

- Lá no centro, dizem que é muito boa e tem uns... dançarinos. - Falou ele sugestivo e Doyoung riu.

- Também vou. - Doyoung concordou em ir e Jaehyun sorriu extremamente bobo.

- Alguém mais? - Jaehyun encarou Mark e depois Jisung. Ambos reviraram os olhos e assentiram, não tinha outra alternativa.

- E a Yejin? - Doyoung perguntou e Mark suspirou. Tinha se esquecido completamente.

- Eu vou ver se a Ryujin fica com ela, se ela não ficar eu não posso sair, nenhuma babá quer ficar com aquela criança. - Mark suspirou derrotado. As coisas não estavam fáceis, mas ele estava tentando. Tudo bem que sua filha não era sua prioridade, mas ainda sim, ele estava tentando.

- Aquela garota e o cão. - Falou Doyoung e ele sentiu a carranca de Jisung se fechando e a cabeça dele virando em sua direção. Doyoung recuou e se escondeu atrás de Renjun, que apenas riu. - Brincadeira, é só brincadeira.

- O Jisung defende a minha filha melhor do que eu. - Observou Mark rindo.

- Deve ser porque ele é mais pai dela do que você. - Falou Doyoung. O Kim simplesmente recuou mais um pouco e parou atrás de Jaehyun, que só sabia rir. Mark o encarou sério e com vontade de matá-lo. - Isso não é brincadeira não.

Mark revirou os olhos. Ele odiava quando seus amigos lhe falavam a verdade. Ele sabia que Doyoung estava certo, mas não iria assumir isso por nada.

- A gente vai ou não? - Tornou a perguntar o Jeong e o Lee suspirou derrotado.

- Vamos sim, Jaehyun, para de perturbar.

E Jaehyun sorriu feliz.

︰𔒴︰

A boate naquela noite estava particularmente cheia e Donghyuck não gostava muito disso. Era mais trabalho pra si.

Lee Donghyuck era dançarino, stripper e garoto de programa nas horas vagas. Ele não se orgulhava muito disso. Mas era a única coisa que sabia fazer desde que saiu de casa. O Lee começou nessa vida cedo e hoje com vinte quatro anos, não tinha muitas expectativas de vida e não esperava mais que algo fosse mudar ou melhorar em sua vida.

Ele se olhou no espelho e suspirou. Donghyuck colocou sua máscara e voltou a se olhar no espelho. A única coisa boa nisso tudo, é ele pelo menos poder trabalhar de máscara. Não iria suportar sair na rua e alguém lhe reconhecer de lá, embora ele não transe de máscara. Ainda sim, era bom não ser reconhecido por onde passava.

Donghyuck foi tirado de seu mundinho, quando Taeil entrou no camarim. - Donghyuck , você e o primeiro da noite, vai logo.

O Lee suspirou e se levantou.

Sua noite estava apenas começando.

Sweet Chaos - MarkHyuckDonde viven las historias. Descúbrelo ahora