︰Vinte e Quatro︰

802 122 14
                                    

- Se você não sair dessa cama, eu vou ser obrigado a partir pra agressão. - Falou Taeyong e Donghyuck cobriu sua cabeça com a coberta.

- Me deixa em paz, porra. - Gritou Donghyuck e Taeyong revirou os olhos.

- Meu Deus, você precisa sair dessa cama. - Ele tentou novamente.

- Não quero. - Respondeu Donghyuck parecendo uma criança birrenta.

- Conseguiu? - Jaemin entrou no quarto segurando uma bandeja de comida e riu ao ver o amigo debaixo das cobertas.

- Vamos comer, Donghyuck . - pediu Jaemin.

- Tô sem fome. - Respondeu ele no automático.

- Mentira, eu consigo ouvir sua barriga roncando daqui. - Taeyong falou, enquanto puxava a coberta de Donghyuck novamente.

Já tinha se passado um mês desde que Donghyuck havia saído de seu trabalho de babá. E não foi um mês fácil. O fato é que o Lee estava sentindo falta, muita falta na verdade. Ele passou tanto tempo com Yejin, que acabou se acostumando com a presença da menina. E agora que ele não passa mais tanto tempo com ela, a saudade tá batendo.

Donghyuck sabe bem lá no fundo que agiu por impulso. Ele não queria se demitir, mas quando percebeu, o que passava por sua cabeça, já tinha passado por sua boca e ele não quis voltar atrás.

Ser orgulhoso tem suas desvantagens.

Ele se sentou em sua cama e encarou seus amigos, Taeyong e Jaemin, o mais novo segurando uma bandeja cheia de comida. Ele suspirou derrotado e estendeu os braços.

- Coma tudo, tá? - Pediu Jaemin se sentando de frente pro amigo.

Jaemin franziu o cenho ao notar que os olhos do Lee estavam um pouco inchados e vermelhos. Ele claramente tinha chorado.

- Você estava gostando dele? - Questionou Taeyong se sentando na poltrona, de frente pros amigos.

Donghyuck mastigou um pedaço de pão e suspirou derrotado. Ele não sabia responder essa pergunta. Tudo tinha acontecido tão do nada, ele não sabe nem como tudo começou.

- Eu só sei que eu sinto falta do Yejin. - Respondeu ele com a voz um pouco embargada.

Jaemin suspirou.

- O Mark esteve lá na boate atrás de você. - Falou Jaemin e ele sentiu Donghyuck o encarar sério.

- O que? Porque?

- Ao que parece, ele ia vir aqui, mas o porteiro não vai com a cara dele, aí ele foi até a boate. Ele não viu você todas as vezes que esteve lá. - Jaemin disse e ele viu um sorrisinho pequeno se formar nos lábios do amigo.

- Você vai trabalhar hoje, né?

Donghyuck olhou na direção da porta e riu ao ver Yuta entrando enquanto tomava um copo de café.

Donghyuck assentiu enquanto mastigava um pedaço de manga.

- Que bom, eu não aguento mais fazer hora extra, sem contar que o Taeil vai me deixar maluco. - Falou ele e o Japonês se sentou no colo de Taeyong. Donghyuck e Jaemin encararam o casal e ambos tiveram que franzir o cenho em pura confusão.

- A gente está se pegando. - Taeyong foi quem sanou a dúvida dos amigos.

- Que bom. Felicidades ao casal. - Jaemin disse animado. - Eu queria ficar mais, só que nem dá, eu preciso trabalhar. Taeyong, vamos.

- Você vai aonde, Tae?

- O Nana arrumou um trabalho pra mim, eu vou cantar lá no restaurante que ele trabalha algumas noites da semana. - Respondeu o coreano animado.

- Boa sorte.

Os dois saíram e Donghyuck encarou Yuta.

- Somos só nós dois até a hora de nos irmos pra boate, já que seu irmão também foi trabalhar. - Falou o Yuta e Donghyuck riu.

- Tudo bem, vem deita aqui, vamos cochilar.

Yuta deu de ombros e ele se deitou ao lado do amigo. Donghyuck, deixou a bandeja de lado e foi dormir. Sua noite seria bem longa

︰𔒴︰

- Yejin, eu preciso que você coma.

A menina balançou a cabeça de um lado pro outro e cruzou os braços. Ela é bem birrenta quando quer.

- Eu não gosto dessa comida e eu também não gosto de você. - Falou ela taxativa.

A nova babá, que tinha sido contratada por Ryujin, já era a sétima em apenas um mês. Não é fácil arrumar alguém pra tomar conta de uma criança extremamente difícil como Lee Yejin.

- Você vai passar mal. - Falou a babá ainda tentando fazer a menina comer.

Yejin se levantou de onde estava, olhou para a babá e em seguida encarou uma das empregadas.

- Eu posso comer batata frita?

As senhoras sabiam que ela estava pedindo isso porque ela estava acostumada a comer batata frita com Donghyuck. Na verdade, a menina estava sentindo muita falta do Lee.

- Pode sim.

- Ela não pode comer batata frita. - Falou a babá se levantando bruscamente.

Yujin encarou a mulher mais alta que si.

- Eu não quero você como babá.

Ela saiu da cozinha batendo pé. A menina passou por Mark, que estava entrando em casa, depois de mais uma sexta feira cansativa.

- Oi filha. - Ele falou animado. Mas a animação foi embora quando a menina subiu as escadas e o ignorou completamente. - Até quando meu Deus.

Ele foi até a cozinha e ficou olhando a mini discussão que tinha se formado lá. A casa dele estava um caos.

- Ela quer batata frita, então ela vai comer batata frita, que inferno. - Foi uma das empregadas mais antigas da casa que falou e Mark não soube o que dizer.

- Essa menina mimada não vai ter o que ela quer. - Falou a babá nova.

- A menina mimada que o quer? - Mark deixou sua maleta em cima da mesa e ele afrouxou o nó de sua gravata.

Silêncio reinou na cozinha.

- Alguém comeu a língua de vocês?

Ninguém falou nada mais uma vez.

- Babá, você está demitida. - Falou ele encarando a mulher, que estava perplexa e puta ao mesmo tempo. Depois ele encarou as empregadas da família Lee. - Levem a batata frita pra Yejin.

Mark pegou sua mala e saiu da cozinha.

- Eu preciso trazer o Donghyuck de volta.

Ele subiu as escadas e foi direto pro quarto de Yejin. Ele entrou e a menina estava na cama, olhando para uma foto que estava em sua mão.

- Me desculpe. - Falou Mark.

Não estava sendo fácil pra menina. Ela se apegou muito em Donghyuck e quando ela soube que ele não ia voltar, ela ficou sem reação e chorou. Mark não contou pra menina toda a verdade, porque ele tinha esperança dele aparecer para trabalhar na segunda-feira de manhã, como se nada tivesse mudado.

Mas isso não aconteceu.

Yejin sofreu e ainda sofre.

- Não. Você mandou ele embora. - Respondeu ela sem encarar o pai.

Mark também não contou que foi Donghyuck que se demitiu. Ele estava poupando ela de muita coisa.

- Eu estou tentando trazer ele de volta, mas não tá fácil. - Falou ele e a menina assentiu.

Ela encarou o Lee mais velho e Mark pode ver os olhos vermelhos e inchados da filha.

- Quando você o trouxer de volta, eu te perdoo.

Mark riu.

- Feito.

Sweet Chaos - MarkHyuckWhere stories live. Discover now