︰Seis︰

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Jaemin não queria mais trabalhar ali. Ainda não era nem meio dia e ele já estava querendo pedir demissão. Para começar, estava sendo bem difícil pra ele trabalhar ao lado de Jisung. O Na não conseguia parar de baba em cima do chefe, ainda mais porque ele teve um pequeno interesse no Park lá na boate.

Segundo porque o trabalho que ele tinha antes de abrir o restaurante era árduo. Ele seria garçom e de vez em quando iria trabalhar na cozinha, mas isso só iria acontecer caso alguém faltasse. Tinha cerca de quinze pessoas na cozinha e umas oito ou nove no salão. Seungkwan entrou para complementar porque em dia de muito movimento, aquilo ficava uma loucura, palavras de Jeno.

Jaemin já tinha arrumado mesa, varrido e passado pano no chão, limpado a cozinha e isso nem era trabalho dele. E como era seu primeiro dia, Jisung ficou que nem um cão de guarda atrás dele, só pra ver se ele iria fazer tudo certo. E sim, o Na fez tudo certo. Pra desespero ou não do Park.

Ele estava na cozinha, ajudando Jeno, já que este estava treinando para ser um chefe de cozinha e assumir o restaurante novo que seria aberto. Jaemin já estava por dentro de todas as fofocas. Não que ele fosse fofoqueiro, longe disso.

- Não é muita pressão não? - Perguntou ele e Jeno deu de ombros.

- Trabalhar em cozinha tem suas vantagens e desvantagens, eu particularmente gosto. - Respondeu ele sorrindo de lado.

- Deve ser legal trabalhar com o que gosta.

Jeno o encarou.

- Você gosta de que?

Jaemin pensou.

- Drinks, gosto de fazer drinks e modéstia parte, eu sou bom nisso. - Respondeu o Na sorrindo.

- Sério? Aqui as vezes tem rodizio de drink, mas nós tivemos que parar porque a última pessoa exagerou na dose e um cara saiu daqui extremamente bêbado e deu maior confusão. - Falou Jeno se lembrando do ocorrido e rindo.

- Se precisar, eu to aqui.

Os dois voltaram a trabalhar e meia hora depois o restaurante foi aberto. Jaemin
tremia da cabeça aos pés e o bloco de anotações em suas mãos não o deixavam mentir. Quando o primeiro cliente entrou, Jisung apareceu, sabe se lá de onde e fez ele ir atender.

Jaemin odiou aquele filho da mãe lindo e gostoso naquele momento.

- Boa tarde, eu sou Jaemin e serei seu garçom essa tarde. - Ele agradeceu aos céus por sua voz não ter falhado.

O casal o encarou, deram um sorrisinho e olharam pro cardápio. Jisung estava ali, um pouco afastado e ele acabou olhando pra bunda do Na. O Park franziu o cenho. Ele reconheceria aquela bunda em qualquer lugar, até porque a vontade de apertá-la não tinha ido embora. Como ele pode não reconhecê-lo? Talvez porque na boate ele use máscara. Jisung deu um sorriso de lado. Isso seria divertido.

- Já trago o pedido de vocês. - Falou Jaemin se curvando.

E Jisung morreu ali mesmo.

︰𔒴︰

Mark passou os dedos por seus cabelos, os jogando para trás. Ele voltou a digitar o contrato de trabalho do novo babá de sua filha e ele estava puto porque ele iria pagar uma fortuna de salário, graças a Ryujin.

- Aquela garota é maluca. - Proferiu ele bufando em seguida.

Ele escutou alguém bater na porta e gritou apenas um entre. Quem entrou foi Donghyuck, o novo babá de Yejin. Mark o encarou de cima para baixo.

- A Sra Kim disse que era pra eu vir aqui. - Falou Hyuck.

Mark assentiu e apontou para cadeira, pedindo para o mais novo se sentar. Donghyuck se sentou, mas em nenhum momento ele encarou o Lee.

- Eu sou Mark, pai da Yejin. - Falou ele sério.

O canadense colocou o contrato para ser imprimido e em seguida entregou para Donghyuck.

- Eu sou Lee Donghyuck.

Pela primeira vez, Donghyuck encara Mark. O mais velho dos dois achou aqueles olhos familiares, mas não sabia dizer de onde. Já Donghyuck o reconheceu na hora. Sua boca se abriu em choque, mas ele se recompôs e pegou o contrato

- Leia e me diga se está tudo certo.

Donghyuck leu as duas folhas e gostou do que estava ali, principalmente o salário. O horário de trabalho era bom e o carro seria seu pelo tempo que trabalhasse ali. Ele assinou o contrato e o devolveu.

- Tudo bem, você agora trabalha pra mim. - Falou Mark guardando o contrato em uma pasta e o colocando dentro de uma gaveta. - Tá liberado

Donghyuck se levantou e se curvou, antes de sair da sala.

Mark não conseguia tirar o menino da boate da cabeça. O olhar, o corpo perfeito, a dança. Tudo era incrível e o Lee queria ver de novo. Ele precisava ver aquilo tudo de novo.

- Acho que eu vou na boate esse fim de semana.

︰𔒴︰

Donghyuck dirigia e vez ou outra ele olhava pro lado, só pra ve Yejin olhando pela janela em um completo silêncio. Ele estava começando a estranhar esse comportamento da menina. Ela tinha sete anos, deveria ser um pouco mais enérgica, né? O loiro só queria entender.

- Quer fazer o que? - Donghyuck perguntou, mas sem tirar os olhos da pista.

- Nada, eu só quero ir pra casa. - respondeu ela.

Donghyuck franziu o cenho em confusão. Isso era realmente normal em uma criança de sete anos? Ele não sabia, porque seu irmão com sete anos parecia um doido, não parava um dia dentro de casa.

- Tudo bem.

Ele seguiu para casa.

Ao chegar lá, ela saiu do carro e Donghyuck pegou sua mochila que estava no banco de trás. Ele foi atrás dela e ainda deu tempo de ver a menina subindo as escadas em passos lentos. Ele precisava descobrir o que estava rolando.

Donghyuck foi até a cozinha e a cozinheira sorriu pra ele.

- Você deve ser o Donghyuck, né? Eu sou a Sra Lee. - Falou ela sorrindo.

- Oi, é um prazer. - Donghyuck se curvou em educação. - O que a Yejin come?

- A comida dela ali. - Ela apontou para uma bandeja. - Tenta fazer ela comer, ela não tem comido muito ultimamente e ela é uma draga.

Donghyuck riu e assentiu.

Ele pegou a bandeja e tentou subir as escadas, enquanto tinha a mochila em seus ombros. Donghyuck parou no meio do caminho quando escutou a voz do pai da menina. Ele foi na direção do quarto e era possível ouvir a voz da Ryujin.

- Não grita com ela. - Falou Ryujin.

Donghyuck parou na porta e ficou. Yejin estava sentada na cama, enquanto abraçava suas pernas. E seu pai e sua tia discutiam por algum motivo.

- Ela não foi pra nenhuma aula hoje Ryujin, para de passar a mão na cabeça dela. - Gritou Mark.

Ryujin bufou.

- Eu entendi que ela está errada, mas não precisa gritar com ela seu imbecil.

Donghyuck conseguia ver, de onde ele estava, que as lágrimas desciam pelo rosto da menina.

- Eu cansei de você garota. - Gritou Mark pra Ryujin e em seguida ele saiu do quarto. A mais nova foi atrás e nenhum dos dois pareceu notar que ele estava ali.

Donghyuck entrou no quarto e fechou a porta atrás de si.

- Vamos comer?

A menina negou e se deitou na cama toda encolhida.

- Tô sem fome Hyuck - Falou ela e Donghyuck riu. Ela tinha lhe chamado por seu apelido.

- Eu sei, mas tenta comer um pouco, aí depois a gente pode ver um filme, que tal?

Donghyuck colocou a bandeja sob a cama e se sentou. A menina pareceu se animar um pouco e isso deixou ele um tanto feliz.

- Tudo bem.

Donghyuck abriu um sorriso e Yejin acabou rindo junto. Ele ainda vai descobrir tudo que acontece com ela.

Sweet Chaos - MarkHyuckΌπου ζουν οι ιστορίες. Ανακάλυψε τώρα