︰Quatorze︰

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Era quarta-feira e a vida de Donghyuck voltou ao normal. Yejin precisou de dois dias para se recuperar totalmente. Ela ainda estava vomitando na terça-feira e o Lee preferiu deixar ela em casa. Mark melhorou primeiro e ele estava morrendo de vergonha do mais novo.

Donghyuck estava amando isso.

Na quarta-feira, quando ele chegou na casa dos Lee, o loiro foi logo acordando Yejin, mesmo a menina dizendo que estava morrendo de sono. Não demorou muito para os dois estarem na sala de jantar, com a menor já arrumada e pronta para sair. A mesa de café da manhã estava posta e a menor ia pegar a caixa de cereais, quando Donghyuck a impediu.

- Você não vai comer isso no café da manhã. - Falou Donghyuck e Yejin o encarou com o cenho franzido.

- Porque não?

- Porque isso não é saudável para uma criança de sete anos.

Ela cruzou os braços e o bico se formou.

- Eu quero.

- Você não tem querer, Yejin.

Mark entrou na sala de jantar, já arrumado para sair e presenciou a pequena discussão. Ele não falou nada, simplesmente se sentou de frente para filha e pegou a caixa de seu cereal preferido.

- Porque o papai pode comer e eu não? - Yejin apontou para o pai, que estava prestes a encher sua tigela.

Donghyuck o encarou com a mão na cintura e Mark engoliu saliva. Pela primeira vez ele estava com medo de alguém.

- Ele também não vai comer isso. Vai Mark?

Donghyuck cruzou os braços e era possível ver uma veia saltando. Ele estava um pouco assustador.

- Não vou? - Saiu mais como uma pergunta. Ele estava com medo.

- Bom menino. - Donghyuck tirou a caixa de cereal da mão dele e encarou a Sra Lee, que até aquele momento, só assistia tudo de longe, com um pequeno sorriso no rosto. - Traga pão e queijo para ambos e uma porção de frutas diversas para ambos. Yejin irá beber um copo de leite e para o chefinho ali pode ser uma xícara de café, com adoçante.

A Sra Lee assentiu e saiu em seguida.

- O que eu vou levar pra escola? - Perguntou Yejin, ainda com o bico nos lábios.

- Vai lá na cozinha e pede pra alguém preparar um lanche saudável pra você levar e se você mentir, no almoço você irá comer algo saudável e será algo que você não gosta. Vai arriscar? - Donghyuck sorriu de lado.

O coreano e Yejin se encararam. A menina nada disse, ela apenas se levantou e foi na direção da cozinha em silêncio.

- Eu não sou obrigado a comer coisas saudáveis. - Falou Mark assim que a filha se retirou.

Donghyuck revirou os olhos.

- E sim. A Yejin precisa de outra pessoa fazendo isso com ela e pasmem, você é o pai dela. - Falou Donghyuck taxativo.

Mark cruzou os braços e o bico também cresceu. Ele estava sendo obrigado a fazer algo que não queria.

- Isso não é justo. - Falou ele ainda com o bico nos lábios.

- A vida não é justa.

Mark mordeu o lábio inferior e riu

- Mas a sua calça é.

Donghyuck só queria um buraco para enfiar sua cabeça.

︰𔒴︰

- Eu vou ficar maluco.

Jisung riu.

- Que porra que esta acontecendo?

Mark levou um pedaço enorme de carne até a boca e mastigou na força do ódio. O Park encarava o amigo sem entender nada. O Lee estava comendo com tanta vontade, que chegava a ser engraçado.

Era horário de almoço. Mark teve que sair da empresa para almoçar. No café da manhã, ele realmente só ingeriu coisas saudáveis. Donghyuck não abriu mão, até porque ele precisava dar o exemplo para Yejin.

- Eu não entendo nada. - Falou Jeno comendo seu bolo de chocolate.

- O Donghyuck vai me deixar louco. Ele está fazendo a Yejin comer coisas saudáveis e eu to tendo que ir no mesmo caminho. Meu café da manhã hoje foi uma fatia de pão integral, duas fatias de queijo branco, café preto sem açúcar e fruta pra dar e vender. - Falou ele e voltou a comer em seguida.

Jisung reprimiu um sorrisinho e se limitou a assentir. Jeno se engasgou com o bolo, só pra não rir.

- Olha pra mim. - Ele apontou pro seu corpo e seus amigos acabaram rindo. - Isso não me sustenta. Eu estava morrendo de fome. - Completou ele.

Finalmente o prato de comida de Mark estava vazio e ele se sentia satisfeito. Ele se encostou na cadeira e respirou feliz.

- Traz a sobremesa.

Um dos garçons trouxe dois pratos com um pedaço de bolo cada. Ele ficou satisfeito e seus amigos só sabiam rir. Parecia que ele realmente estava com fome.

- Como está a convivência com ele? - Perguntou Jisung, sovando um pouco de seu vinho branco.

- Mais ou menos. Ele é gostoso, e eu não consigo deixar de olhar pra ele. Quando eu estava doente, ele foi super fofo comigo e me deu comida na boca, ele me deu comida na boca. - Falou Mark e seus amigos só sabiam assentir.

- E o menino da boate? - Jisung o lembrou e Mark revirou os olhos.

- Sei lá... 'Cês acham que eu devia, sei lá, pagar pro menino pelo menos, pra dançar pra mim? Nossa, uma dança particular seria tudo. - Falou Mark mordendo o lábio inferior. Só de imaginar ele dançando somente para si, fazia o Lee sentir a calça mais apertada.

- Não fique de pau duro por favor. - falou Jeno e Jisung riu. - Vai lá e tenta, você não tem nada a perder. - Completou.

- E se isso não der certo?

- O que poderia dar errado? E só uma dança, mais nada. A menos que vocês transem, aí a coisa muda. - Falou Jisung pensativo.

- Acho que eu vou fazer isso... Se eu transar com ele melhor ainda.

Jeno riu, mas aí alguém veio em sua cabeça. - E o Donghyuck?

- O que tem ele?

- Cê acha que rola alguma coisa com ele? - Jeno falou.

Mark não sabia nada sobre Donghyuck, apenas que ele era babá de sua filha, ponto. Mas não podia negar que sentia uma puta atração pelo outro Lee. O corpo dele era perfeito demais. E o sorriso então, porra, o sorriso era ainda mais perfeito. O Lee passaria o dia todo vendo ele sorrir.

- Eu vou deixar rolar, o que tiver que acontecer, vai acontecer.

Sweet Chaos - MarkHyuckWhere stories live. Discover now