︰Três︰

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Donghyuck se jogou em seu sofá naquela manhã de segunda-feira e suspirou. Ele estava cansado. Chegou em casa de madrugada, mas pelo menos conseguiu dormir bem. Ele agora esperava Jaemin e Taeyong.

O loiro pegou o controle, ligou a TV e ficou procurando algo para assistir. Ele acabou colocando em uma canal de desenho animado, mas sua cabeça não estava no desenho. Sua cabeça estava na madrugada passada, quando ele piscou pra um desconhecido, que o olhava com tanta admiração.

- Quem era ele?

Donghyuck se encolheu no sofá e suspirou. Ele não queria se envolver com ninguém, até porque ele não podia. Seu passado não permitia que ele tivesse alguém ao seu lado, além de seus amigos. O Lee tinha uma vida complicada e um passado ainda mais complicado. Se envolver com alguém o deixaria perto de ser descoberto e ele não queria isso.

Mas ele não conseguia tirar a carinha de admiração do desconhecido direcionada a si, era muito pra sua cabeça.

Ele deu graças a Deus quando a porta de seu pequeno apartamento foi aberta e ele escutou a voz de Taeyong e Jaemin.

- Eu consegui uma entrevista, tô feliz. - Falou Jaemin deixando a sacola de comida em cima da mesa, que ficava próximo a pequena cozinha da casa.

- Você vai? - Perguntou Taeyong deixando as bebidas sob a mesa e olhando na direção de Donghyuck. Ele sorriu para o amigo e fez sinal para que ele fosse até eles.

- Sim, eu preciso de uma renda extra. Tudo bem que eu ganho bem na boate, mas aquele dinheiro é só pra pagar meu apartamento e as contas da casa. Eu fico praticamente sem nada. - Respondeu Jaemin abrindo os potes de comida e se sentando.

- Tomara que você consiga. - disse Donghyuck se sentando ao lado do amigo e roubando uma bata frita.

- A propósito, você tem uma entrevista marcada para amanhã, às dez. - Jaemin colocou um pedaço de papel sob a mesa e continuou. - Aqui o endereço. Ao chegar lá procure por uma mulher chamada Ryujin, ela que vai fazer a sua entrevista. - Completou ele rindo.

- Nana -

Donghyuck se calou quando Jaemin o encarou com o cenho franzido. Ele era um pouco assustador às vezes.

- Você vai, eu não aguento mais você reclamando que não tá tendo dinheiro nem pra comprar uma calcinha. - Falou Jaemin e Donghyuck o olhou ofendido.

- Eu não uso calcinha.

O Na revirou os olhos.

- Você entendeu.

- Tudo bem. - Donghyuck se rendeu.

Ele realmente estava precisando de uma renda extra, mas ele não tinha certeza se queria mesmo trabalhar como babá, era muita responsabilidade.

- Eu vou dormir aqui hoje, tem problema? - Perguntou Jaemin encarando o amigo, que deu de ombros.

- Porque? - Ele tinha que saber o motivo, por mais que não visse problema no ato em si.

- A nossa entrevista e próxima uma da outra. - Respondeu Jaemin e Donghyuck assentiu.

- Sem contar que vocês vão ter que acorda cedo, o local das entrevistas e longe pra burro. A gente mora na parte pobre e vocês querem trabalhar na parte rica. - Falou Taeyong revirando os olhos.

- A parte rica paga bem meu anjo e eu preciso de dinheiro. 'Cê tá achando que é fácil bancar o meu lado rico e próspero? Pois saiba que não é. - Respondeu Jaemin e Donghyuck acabou rindo. Ele concordava com o amigo. Ele precisava de dinheiro rápido.

- Vocês são uns idiota, isso sim.

︰𔒴︰

- Minha cabeça dói. - Falou Jeno. Ele pegou um comprimido e ingeriu, acompanhado de um copo de água.

Jisung nada falou. Ele também estava com dor de cabeça, mas precisava trabalhar.

- Amanhã nós vamos entrevistar uma pessoa. Eu coloquei uma pra cada dia, pra não ficar cansativo pra mim. - Falou Jisung e Jeno se limitou a assentir. Ele estava de ressaca e um tanto chocado com os acontecimentos da noite passada.

- Tu não tirou aquele beijo da cabeça, né? - Jisung falou e Jeno praticamente se encolheu na cadeira. Ele realmente não tinha entendido absolutamente nada do que aconteceu na noite anterior enquanto estavam na boate.

- Eu ainda não entendi direito. - Falou ele com os ombros encolhidos e uma carinha triste.

- O Renjun te beijou, e daí? Não é o fim do mundo Jeno. - Jisung falou, como se isso fosse óbvio e ele continuou. - Estranho mesmo foi o Jaehyun com ciúmes, isso foi épico.

Jeno acabou rindo.

- Ele vivia dizendo que tinha sido só uma noite , pra no final ele morre de ciúmes do Doyoung beijando outro cara. Por causa disso, a nossa noite virou um enterro. - Falou o coreano e Jisung riu.

- Eu quero ver como vão ficar as coisas agora. - Jisung falou se encostando em sua cadeira e massageando suas temporas.

- Vai ficar do mesmo jeito. O Jaehyun e um idiota. - Falou Jeno rindo.

Jisung olhou para o seu celular e viu que tinha uma mensagem de Ryujin.

- Vem bomba.

Jisung abriu a mensagem e Jeno ficou atento. Ryujin só mandava mensagem quando ela estava a ponto de matar Mark na base do soco. Ele leu a mensagem e riu, respondendo logo em seguida. Pelo menos dessa vez ela não queria matar ninguém, isso era um avanço.

- O que rolou? - Perguntou Jeno curioso.

- A Yejin vai vir aqui amanhã. A Ryujin tem algumas entrevistas pra fazer e ela quer paz. - respondeu Jisung rindo e ele continuou. - Mas eu duvido que ela venha cedo. A Yejin gosta de conhecer as pessoas entrevistadas.

- Amanhã é dia desse restaurante encher só por causa dela.

Jisung riu.

- Pelo menos a gente ganha dinheiro.

︰𔒴︰

- Eu tenho uma reunião amanhã.

Ryujin bufou.

- Foda-se, amanhã nos vamos fazer diversas entrevistas, eu preciso de você aqui. - Falou Ryujin andando de um lado pro outro.

Mark bufou.

- É uma reunião importante, Ryujin.

A menina riu, mas era óbvio que não tinha humor nenhum ali.

- Vai se foder Mark, e sério, eu quero mais é que você vá pra puta que pariu. - Falou ela ainda mais estressada.

- Ryujin, para de falar palavrão, sua doida.

Mark encarava a irmã caçula extremamente chocado. A cada dez palavras, onze eram palavrão.

- A boca e minha porra, você não manda em mim. - Falou gesticulando nervosa, realmente ele tirou ela do sério.

- Ryujin, amanhã -

Ele não continuou

- Morre Mark. Eu faço o caralho das entrevistas sozinha, não dependo de você pra porra nenhuma mesmo. - Falou ela e o Lee não soube o que responder.

Ela se afastou e subiu as escadas em passos pesados. Ela odiava seu irmão com todas as forças de seu ser.

Mark ficou pra trás sem saber o que fazer, como sempre.

Sweet Chaos - MarkHyuckWhere stories live. Discover now