서른 여섯 - Seoleun Yeoseos (1/3)

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Flashback, Min Yoongi

Ano: 1999

Idade: oito anos

Yeong-Wonhi Gamgi

A neve caía, como sempre. Eu estava com meus pais na nossa casa paupérrima, em cima das montanhas. Todos da nossa família eram híbridos de gato azul montanhês. Somente a minha tia materna, Min Eui, estava viva, além de meu pai, Min Kwan, minha mãe, Min Eun, e eu, Min Yoongi. Éramos pobres, isolados de tudo e de todos, mas éramos felizes. Tínhamos apenas a nós quatro, e vivíamos felizes assim.

-Yoongi, não suba tão alto nesse pinheiro, pode se machucar! -minha mãe me advertia, ao me ver subindo no grande pinheiro que cresceu em frente de casa.

-Ah, Eun, você se preocupa demais. Deixe-o brincar. -minha tia riu, deu um tapinha carinhoso no ombro de minha mãe e gritou para mim: -Suba mais alto, duvido que chega na copa! 

-Eu vou chegar, imo Eui! -ria alto, e subia o quanto meus braços e pernas curtos me permitiam.

-Você protege demais esse menino, Eun. Ele já deveria estar treinando seus poderes, para se defender mais tarde. -minha tia reclamou, pegando o cesto de roupas, e indo em direção ao varal, minha mãe foi atrás. 

-Eui unnie, eu não acho que ele precise. Quero dizer, olhe para ele. É tão pequeno, tão doce... treiná-lo o tornaria hostil para com os humanos. E, também, quem o faria mal? Ele não irá sair daqui, continuará vivendo aqui, ninguém irá o descobrir. Viverá em paz. -minha mãe disse, torcendo uma blusa com força.

-Eu conheço o sobrinho que tenho. Sinto que ele um dia vai querer sair. Se ele não quiser sair daqui, tudo bem, será melhor para ele. Mas você sabe bem do que estou falando. Quase não podemos usar magia ultimamente, eles estão captando qualquer sinal que possa comprovar que somos hostis para que possam nos capturar. -minha mãe revirou os olhos, e continuou a torcer as roupas, mais afastada de Eui. -Por favor, sou sua irmã mais velha. Me escute.

-Eu não vou fazer isso com o meu filho. Não quero que ele fique desconfiado de tudo como você! Estou tentando passar tranquilidade para ele, tentando dizer que está tudo bem, que eu vou proteger ele, sempre. -minha mãe jogou a roupa de volta no cesto, cruzou os braços e olhou para minha tia, visivelmente estressada.

-Você não vai poder protegê-lo para sempre, Min Eun! Um dia ele será adulto, terá seus próprios problemas, deixe-me pelo menos começar a ensiná-lo, por favor! -minha tia desenlaça os braços dela, e segura suas mãos com força. -Não ensinarei a ele poderes brutos, eu lhe prometo!

-Ensine o mais básico, apenas. -minha tia sorriu largo, e a abraçou rapidamente, mas minha mãe a empurrou de leve, sorrindo, pegou um pouco de neve e jogou nela, que riu alto. -Vamos, essas roupas não vão se estender sozinhas.

[...]

-Ah, appa, a comida tá gostosa! -sorri largo, enquanto comia o ensopado de bacalhau que meu pai tinha feito. Appa era simplesmente maravilhoso na cozinha, você poderia soltá-lo na floresta, e ele voltava com milhares de ingredientes, e fazia a melhor comida do mundo em meia hora.

-Sério, Mini Min? -sorria e despenteou meus cabelos, sorridente. Sentava-se a mesa, ao meu lado, em frente a minha mãe, e minha tia ficava ao lado dela. -Então, como foi o dia de vocês?

Blue Kitty ⁽ᵐʸᵍ⁻ʲʰˢ⁾Where stories live. Discover now