Uma alegria me invade a alma quando eu lembro do que os meninos fizeram, cada depoimento, a força que cada um me deu com suas palavras era sem igual. Thiago estava certo, palavras ajudam e eu estava preparada para o que viesse, embora soubesse que o que viria não seria bom.
Nunca imaginei que minha palavra não teria valor, mas eu não teria medo. Eu não estava sozinha.
Sorriu ao entrar na cozinha e vejo o Thiago brincando com os meninos, a conversa que tivemos não fez bem só pra mim, fez bem a ele também e isso era o mais importante. Eu melhor do que ninguém sabia como era se sentir culpada.
É engraçado como tudo mudou, mas ao mesmo tempo continua igual entre nós dois, ainda sinto a paz que ele me trás, assim como o sentido de proteção, nos amamos de um jeito tão profundo. Sempre fui o mais verdadeira possível com ele, mas ainda sim tinha coisas que eu guardava e hoje eu sinto que posso falar qualquer coisa com ele, não existe mais o medo de não falar. Éramos Ana e Thiago e tudo que passamos valeu a pena.
Pietro: Terra chamando Ana – ele me cutucou – Acorda!
Ana: Perdão! – olhei para o Pietro que ria – Falou comigo?
Pietro: Tô te chamando a meia hora – fiz uma careta – Sabe, só faltou uma cenoura para você reprisar a cena direito – o olhei brava – Espera que eu vou buscar.
Luan: Cenoura? – Pietro ria e eu estava ficando vermelha.
Pietro: Vem Luan – eles foram saindo da cozinha – A história da cenoura é ótima.
Não prestei mais atenção no que eles diziam e olhei para o Thiago, era impressão minha ou ele estava mais lindo que o normal? Seu olhar era sensual e seu sorriso me convidava a estar com ele, o que eu fiz sem pensar duas vezes. Ao tocar meus lábios com os seus, uma explosão de sentimentos se fez presente. Seu amor aquecia meu coração, assim como o seu olhar que sempre dizia que ele estaria aqui e quando ele segurava minha mão, tudo parecia tão certo e tão real, Thiago era a minha força, assim como eu era a dele. Nossa conexão era especial.
Ao terminamos o beijo ele sorriu doce para mim, a tempestade que estávamos enfrentando era uma loucura, mas eu sentia que a venceríamos, mesmo o mundo falando que não.
Thiago: Cenoura? – me escondi em seu peito – Porque cenoura?
Ana: Isso é coisa do Pietro – ele me olhou desconfiado – O que tem para o café?
Thiago: Bolo – o olhei interessada – De cenoura!
Cai na risada, não era possível universo. Ele não entendeu nada e fomos comer, passamos o café da manhã falando de como o novo projeto do BeU estava dando o que falar, todos eles eram especiais demais e ainda conquistaria o mundo.
A vida me mostrava que por mais difícil que possa parecer, temos que aproveitar os pequenos bons momentos. Depois do café me despedi do Thiago, ele teria treino e eu daria minhas aulas.
O dia vai passando tranquilamente até que em uma terminada hora eu vejo o Alex chegar, dava pra ver que ele não estava nada bem. Ele era só um garoto, no meio de tudo isso.
Ana: Está tudo bem? – ele negou com a cabeça – Quer conversar? – ele se sentou ao meu lado.
Alex: Me sinto perdido na minha própria casa – deixei ele desabafar – Não consigo olhar para a cara do meu pai, minha mãe está com raiva e eu tenho medo de contar que tudo que isso é verdade e acabar com ela. E eu odeio meu irmão! – ele disse tudo de uma vez.
Ana: Não odeia – ele negou de novo – Só está com raiva, mas ele é tão vítima nisso tudo quanto eu!
Alex: Eu não consigo entender como depois de tudo, você continua pensando assim.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Déjame dicerte
RomanceMinhas últimas palavras são Volta por favor Se você guardar rancor Eu não tenho pressa e eu sempre estarei te esperando Sempre estarei te buscando Só me diz meu amor Que ainda existe esperança pra nós dois