Música

538 37 34
                                    

O sol estava lindo e dava um belo contraste com a grama verde, o céu era de um azul e estava livre de nuvens, era um lindo dia. 

Eu tinha meu violão na mão e junto com Bia cantávamos a música que à muito tempo compus para ela, era um momento só nosso, onde compartilhávamos o nosso amor uma pela outra.

Penso em tudo que passei e me sinto feliz em estar aqui com ela, me sinto realizada por ter vencido tudo.
 
Vamos chegando ao final da música com um sorriso no rosto, o passado foi cruel, mas o presente era lindo e o futuro. Bom ele era o futuro, Bia me estende a mão para fazermos o nosso cumprimento de quando éramos pequenas.

Bia: Eu amei – ela sorria feliz – Sempre sentia falta de ouvir você cantar e de poder cantar com você.

Ana: Podemos fazer isso sempre – disse ao olhar para o violão – Sabe que sempre vou está aqui.
 
Bia olhou para o parque a nossa frente e sorriu, ela tinha um brilho diferente nos olhos, talvez fosse o dia de hoje, a festa que organizamos. 

Bia: Quando te vi como Ana bem aqui nesse mesmo parque, eu senti como se te conhecesse a anos – me lembro desse dia – Foi uma conexão tão forte, eu não entendia ainda que era o nosso amor de irmãs.
 
Ana: Me senti bem nesse dia – disse sorrindo – Até você não se lembrar de mim, fiquei tão triste, mas foi como tinha que ser – segurei sua mão – Nossa conexão tão forte está ainda mais linda maninha.

Bia: Está sim – ela riu divertida – Sabe como hoje vai ser um dia especial né? – concordei – Bom, essa festa é para mostrar que palavras ajudam e eu queria te fazer outro convite – ela me olhou com um olhar pidão – Eu sempre me emociono quando te escuto cantar – eu sorri – Queria saber se você gostaria de cantar hoje?

Bia ficou me olhando quando permaneci em silêncio, cantar para muitas pessoas. A quanto tempo eu não faço isso? Desde antes do acidente, por muito tempo, eu me senti presa e por isso não cantava assim e também me encontrei como professora de música. 

Cantar para tanta gente sempre foi o meu sonho, desde pequena, foi o que me levou a viajar e quando aconteceu o acidente, cantar agora era algo muito grande. Penso na conserva que tive a um tempo com minha mãe e sobre esse sonho, porque não? A música sempre me completou e hoje eu poderia fazer o que eu amo. 

Ana: Eu tenho um pouco de medo – Bia me olhou triste – Mas eu sinto uma vontade louca de cantar – ela riu do meu jeito – Promete me dar força se eu não consegui?

Bia: Prometo – nos levantamos – Vai ser incrível maninha, vou poder te ver em um palco de novo.
 
Ri do seu jeito e peguei o violão para podermos voltar para a República, hoje seria um grande dia. Cheio de música. 
 
O caminho é feito de forma divertida e eu só pensava que eu cantaria. Medo e alegria toma conta de mim, era uma música, só uma música. Mas na verdade não era só isso. Era algo grande para mim. Era um momento único. 

Quando chegamos tento não pensar nisso e me concentro em ajudar os meninos com os últimos detalhes, Thiago assim como o Pietro já estavam no lugar onde seria a festa. Vamos pegando as últimas coisas e ao sair encontro o Alex e a Carmin. Penso em seu irmão e na Paula.

Ana: Como sua mãe está? – ele me sorriu – Pelo sorriso no rosto eu posso afirmar que as coisas estão cada vez melhores?

Alex: Pode sim – ele pegou outra caixa – Ainda temos muitas coisas para aprender, mas tudo está indo bem, minha mãe está cada dia mais forte e feliz.

Ana: E o seu irmão e ela como estão? – ele ficou um pouco triste.

Alex: Estamos tentando – ele ajudou a Carmin – Vamos ser uma grande família, Victor está aprendendo Ana – sorri ao escutar isso – Ele e nossa mãe ainda vão encontrar o caminho para estarem juntos de novo.

Déjame dicerte Where stories live. Discover now