Capítulo 11

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Depois das mensagens do mal-humorado, acabei ficando curiosa e pesquisei sobre espadas na rede. Me lembrava com mais precisão do que gostaria da espada estranha dele tentando me partir ao meio, então queria saber que raio de espada era aquela. Achei. Claro que ele não se satisfaria com uma espada comum, não, era uma cimitarra. A arma ideal para os guerreiros mais rápidos, corte limpo, morte instantânea. Ótimo!

Na data marcada para ir ao seminário da UMR, desci para o hangar e encontrei uma nave blindada com dois soldados armados em pé ao lado dela. Achei inteligente começarem a escoltar o transporte de cargas para os institutos, portanto, me surpreendi quando ouvi Zack, que se levantava do sofá para pilotos de carga, falar.

— Finalmente! Achei que não ia mais.

— Onde? – Franzi a sobrancelhas.

— Para o seminário. Estamos esperando você há mais de vinte minutos.

— Está brincando?

— Não. A partir de agora será levada e trazida de volta por uma nave oficial com escolta armada.

— De quem foi essa ideia idiota? – Ergui a sobrancelha.

— Aparentemente, não é prudente corrermos o risco de tentarem levá-la uma terceira vez.

— Isso foi completamente aleatório! – Me indignei – Até parece que estão atrás de mim especificamente. Qual é?!

— Também não acreditamos que estejam, mas como parece que você é um imã para problemas, vamos tentar evitá-los. – Ele riu.

— Adeus cochilos de viajem! – Lamentei dramaticamente, fazendo-o rir de novo.

Acompanhei Zack para a nave e os soldados entraram depois de nós. Um de cada lado. Somente dentro da nave que notei que havia mais um soldado lá dentro, este virado para a traseira da nave, também armado.

— Estou me sentindo sendo presa. – Bufei e os três soldados riram com Zack – Serão sempre vocês que virão? – Dei voz a minha curiosidade.

— Até segunda ordem sim. – Zack respondeu.

— Certo. Então, vamos lá. Eu sou Íria. Agora vocês, nomes, por favor. – Eles franziram a sobrancelhas para mim e exalei – Já basta o homem lama que não se identifica, se tiver que apelidar vocês também, vai ser no mínimo engraçado. – Provoquei.

Os soldados se apresentaram como Dorian, Justin e Ryan e começamos a conversar, mesmo que eles se mantivessem atentos ao entorno, ainda conseguiam falar bastante, provocar uns aos outros, contar piadas e a viajem passou muito mais rápido do que eu poderia ter acreditado. Ri muito com eles e quando me deixaram no hangar da UMR, minha barriga doía.

A semana de seminário, passou sem incidentes, vi meu pai uma vez durante estes dias e ele estava frenético.

— O que em nome dos deuses você foi fazer no domínio do guardião imortal, Valquíria? – Foi sua primeira frase me apertando em um abraço aliviado.

Então contei a ele sobre o ataque à minha nave e a captura, como tirei as crianças de lá e tentei não comentar o encontro com o temido guardião, mas não fui bem sucedida.

— Filha, não tente me enrolar. Seu foco apagou e tenho meios tecnológicos, Valquíria, invadimos alguns focos dos soldados no local e sei que ficou presa na mina por mais de uma hora. O que aconteceu?

— É, tinha razão, o mal-humorado não gostou da minha invasão e tivemos um pequeno desentendimento. – Atenuei.

— O quê?! – Meu pai começou a ficar vermelho.

Valquíria MaresWhere stories live. Discover now