Capítulo 54

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Tranquei a porta do meu quarto ao entrar e Dante saía do banheiro, tomado banho e apenas com uma toalha nos quadris. Maravilhoso! Claro que fiquei excitada ao vê-lo e ele riu. Passei por ele para o banheiro, fazendo questão de deslizar minha mão por seu peito delicioso e fui escovar meus dentes.

Quando voltei ao quarto ele estava me esperando, nu, sentado com as costas apoiadas nos travesseiros da minha cama.

— Vai ser complicado manter o volume baixo para não acordar Aria no quarto ao lado. – Suspirei, tirando meu pijama e me aproximando dele.

— Manipulo sentimentos, lembra-se? – Ele ergueu a sobrancelha – Ela não vai acordar, mesmo se você gritar. – Ele abriu um meio sorriso que prometia torturas indescritíveis.

— Deuses, estou muito ferrada! – Observei, montando no colo dele.

Ele me beijou e perdi a noção do mundo à nossa volta. Gemi junto com ele quando me penetrou e seus movimentos começaram, lentos e eróticos à princípio, enquanto seus lábios não deixavam os meus em beijos alucinantes.

Seus movimentos foram ganhando força e ritmo e nem seus beijos me impediam mais de gemer alto com tudo que sentia. Não era somente prazer, sexo. Meu coração estava a ponto de explodir, minha mente perdida em algum lugar fora da realidade, meu corpo completamente envolvido e ardendo de desejo por ele.

Fui sentindo suas mãos me acariciando com força, seu corpo me preenchendo, sua boca me enlouquecendo cada vez mais e o ápice se aproximando, atingi um nível tão extraordinário de prazer que quando cheguei ao orgasmo, só me dei conta de ter gritado o nome dele depois de já tê-lo feito. Ele não demorou a atingir seu próprio ápice, grunhindo meu nome de forma sexy.

Não sei quanto tempo durou, ou sequer tenho consciência de tudo que fizemos naquela cama e depois no banheiro, mas a intensidade e força não ficaram apenas em nosso embate de espadas na sala de treinamento. Ele estava cheio de energia e disposição e eu reagi a isso de maneira um pouco brutal.

Acordei na manhã seguinte, antes do despertador tocar, com Oxley chiando bravo perto da minha cabeça. Abri os olhos, meio sonolenta, percebendo que estava totalmente enrolada nos cobertores da minha cama e alguém me olhava da porta do quarto. Mas a silhueta estava errada e os cabelos eram claros demais.

Foquei a visão e vi melhor meu observador.

— Zack?! O que está fazendo aqui? – Franzi as sobrancelhas para ele.

— Pedi a IA que me avisasse quando o psicopata deixasse o instituto e de onde ele saía. Parece que ele não tinha uma cópia da chave do seu apartamento para trancá-lo ao sair daqui meia hora atrás. – Ele contou.

— Como está aqui é óbvio, quero saber por que veio. – Lembrei a ele.

— Me certificar se está viva. – Ele grunhiu, mal-humorado.

— Do que está falando?

— Você não sabe com quem acabou de dormir, não é? – Ele cruzou os braços, bravo.

— Sei, Zack. Acredite, sei exatamente com quem dormi. – Exalei.

— Então deve saber sua fama de psicopata, instável e assassino frio e calculista. – Ele rebateu.

— Ele não vai me matar, Zack. – Bufei.

— Não é o que as marcas nos seus ombros e braços sugerem. – Ele discordou.

Olhei meus braços e vi as marcas e hematomas espalhados por todos os lados. Me enrolei no lençol e fui para o banheiro, fechando a porta atrás de mim, olhei no espelho e vi as marcas de dentes nos meus ombros, mas ao invés de me preocupar ou sentir qualquer coisa negativa, senti meu corpo esquentar, me lembrei de como eu mesma praticamente exigi dele que me tocasse com mais firmeza, dos arranhões que causei nas costas dele, das marcas dos meus dentes nele... Não acreditei quando senti minha lubrificação íntima ao pensar em como cada marca das mãos e boca dele foram parar na minha pele.

Valquíria MaresWhere stories live. Discover now