Capítulo 52

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— Valquíria. – Sabrina Irwin se aproximou – Ouvi dizer que havia finalmente se desenvolvido, mas não esperava encontrá-la aqui.

— A surpresa desagradável é recíproca, acredite. – Bufei, devolvendo minhas espadas de madeira ao arsenal e me dirigindo para ajudar Aria – O que faz aqui, Sabrina? Pensei que Bergmann era um buraco onde você jamais pisaria. Não foi o que disse?

— Bem, atualmente todos os predadores interessantes parecem ter desenvolvido um inexplicável apreço por este lugar. Então quando Enzo me contatou pedindo voluntários, eu precisava estar aqui. Que surpresa descobrir que nosso belo e poderoso rei em pessoa está presente. – Ela me seguiu, observando enquanto eu corrigia a postura de Aria para ela tentar mais uma vez contra os bonecos.

— Você faz o tipo dele para passatempos. – Depreciei, mas Aria acabou se desconcentrando, tropeçando sem motivo aparente e franzi as sobrancelhas.

— Diria que sou mais do que um passatempo. – Sabrina se gabou e Aria tentava esconder sua raiva, mas eu sentia o ar se agitando.

— Aria, chega. – Comandei, pegando-a de surpresa – Já treinou o bastante para a manhã. À noite quando eu vier estraçalhar o general pode treinar mais. – Então me voltei para Sabrina – Você soube, não foi?

— Que ele a buscou na UMR pessoalmente e depois levou-a para almoçar no Terrace Del Mar? Sim. As pessoas comentam, Valquíria.

Meneei a cabeça rindo e Aria me olhava ansiosa.

— O quê? – Sabrina ergueu uma sobrancelha.

— Como você é tapada! – Ri de novo – Tânis é meu amigo de infância e sou a protegida dele em Zarov, Sabrina. Nunca fomos amantes. Perdeu seu tempo.

— Oh! Então seu caso é o general dourado? Certamente, depois do interesse que ele demonstrou há pouco. – Ela tentou adivinhar e Aria riu alto antes de mim – Qual a graça, garota? – Ela olhou Aria rindo.

— A graça, Sabrina, é o quanto você é burra. – Expliquei – Vai lá. Ouviu Zack dizer que estará aqui às dezenove horas, venha e o seduza. – Incitei, então me voltei para Aria – Vamos, Aria. Terminamos por agora e preciso ir ao laboratório.

Aria colocou os bastões de luta que estava usando no arsenal e me seguiu para o apartamento, onde tomamos banho e a deixei com Oxley e Sobek.

— Não almoce no refeitório, Íria. Vou fazer nosso almoço aqui. – Ela ainda determinou – Estou louca para poder cozinhar. – Ela completou animada.

— Que seja! Se ficar horrível, vou fazer você treinar até minha barriga parar de roncar. – Brinquei e ela riu.

Me dirigi ao laboratório e todos estavam ansiosos por lá. Franzi as sobrancelhas, mas como ninguém me falava nada acabei me manifestando.

— O que é agora? – Perguntei a qualquer um que me respondesse.

— Estamos com dificuldade de montar a equipe necessária para trabalhar na cura, palhaça. É isso. – Enzo exalou.

— Do que precisam? Qual a dificuldade? – Indaguei.

— Não temos especialistas confiáveis para manter o sigilo até a finalização do processo de sintetização. – Phil explanou – Precisamos de um infectologista, um bio-analista e um engenheiro genético.

— Tudo bem. Resolvo isso agora. – Tive uma ideia.

— Como? – Polox interveio.

— Vai ver. – Acionei meu foco e fiz a holochamada.

Valquíria MaresWhere stories live. Discover now