Capítulo 5 - Estado lamentável

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Oii lindes e perfeites, venho com mais um capítulo pra vocês. Ele tá meio pequeno, mas é isso. Espero que gostem.

POV S/N

Eu tinha acabado de chegar em meu apartamento e me joguei no sofá. Eu estava devastada. Alguém pode dizer que isso é uma besteira minha, mas eu me senti tão mal em saber que tudo aquilo foi comprado. O beijo me pareceu tão verdadeiro e eu tinha sentido algo pela mulher, mas a realidade é que tudo era pelo dinheiro. Às vezes eu me pergunto se alguém se apaixonaria por mim. Acho impossível, eu não sou do tipo apaixonável. Nesse pensamento, eu peguei uma garrafa de vodka e comecei a beber. Eu não me importava com a ressaca, só queria esquecer.

- Ihh parece que alguém teve um dia difícil - Ouvia a voz da Vero ou eu estava doida? Não acredito que a minha amiga de infância estava aqui comigo de novo.

- Vero? - Espero que não seja uma loucura da minha cabeça.

- Em carne e osso, não gostou da minha presença?

- Eu amei - Levantei e a abracei, como eu precisava de um abraço - Eu senti tanto a sua falta.

- S/n melosa? Essa é nova até com álcool.

- Me deixa - Disse me afastando da mulher e voltando pro sofá.

- Não fica brava amorzinho - Vero já me abraçava rindo.

- Não quero - Ela tinha me irritado.

- Não fica assim bebê - Disse Vero me enchendo de beijos no pescoço e eu fingi que não a vi - Não vai me perdoar? - Eu neguei com a cabeça - Você que pediu - Então Vero começou a me fazer cócegas o que me fez dar longas risadas.

- Para Vero - Disse em meio a uma gargalhada.

- Só quando você dizer que me perdoa e que eu sou a melhor amiga de todas.

- Eu não vou dizer isso - Disse e Vero aumentou a intensidade, eu me desesperei e resolvi falar.

- Eu perdoo a Vero e... ela é a melhor amiga de todas - A mulher a minha frente parou os movimentos.

- Boa garota - Ela apertava a minha bochecha e riu. Eu acabei a abraçando de novo.

- Algo me diz que essa melação toda não tem nada a ver com eu ter voltado - Disse a mulher retribuindo o meu abraço e dando um beijo em minha cabeça.

- Talvez eu esteja triste - A mulher me olhava com pena.

- O que fizeram com você amorzinho? - Eu já recebia carinho em meus cabelos.

- Acho que ninguém nunca vai se apaixonar por mim Vero. Sempre quando eu penso em algo sério ou legal, eu me decepciono.

- De onde você tirou isso? Você é a pessoa mais apaixonável nesse mundo, mas se decepcionar com as pessoas é inevitável. Menos comigo, porque eu sou perfeita.

- Você só fala isso, porque é a minha amiga.

- Mesmo se eu não fosse a sua amiga.

- Uma mulher bissexual, inteligente, com senso de moda impecável e linda dessa... Eu não perderia a chance. Te mostraria a minha especialidade e você ia cair de encantos por mim.

- Especialidade em que? Colar velcro?

- Você não fez essa piada s/n - Vero já ria da minha cara e eu a acompanhei - Não importa do tempo que passe você continua com essas piadas bobas.

- Falando em tempo. Por que você voltou assim do nada?  

- Eu só tava dando uma passada na cidade e resolvi fazer uma surpresa, mas acabei me distraindo na sua banheira e quando vi você já tava em casa virando uma garrafa de vodka.

- Me desculpa por ter visto isso - Disse brincando.

- Você tá doida? Eu amei ver isso, se tudo der certo é o fim da s/n sem graça do trabalho e início da s/n divertida. A gente devia ir num bar e afogar as lágrimas. Na verdade você... Provavelmente eu iria afogar o ganso - A mulher falou e eu me permiti rir.

- Só você pra me sentir melhor - Disse em meio a risadas - Você não faz ideia da história dessa expressão né? Geralmente homens que falam isso.

- Pra mim qualquer um podia falar - Eu já caia nas risadas - Para de rir da minha cara - Vero já tinha uma cara emburrada.

- Desculpa - Disse quando recuperei o fôlego

- Não

- E o que você quer pra me desculpar?

- Sorvete de baunilha 

- Se for assim vamos ter que ver simplesmente acontece também - Disse e a mulher se permitiu sorrir. Ficamos a madrugada toda assistindo filmes românticos clichês e comendo sorvete. Isso me lembra a época da escola, em que eu e Vero fazíamos a mesma coisa.

POV CAMILA

Quando eu desisti de procurar s/n, resolvi ir pra casa. Ao chegar, tomei banho, vesti meu pijama e resolvi me deitar já que eu estava cansada. Entretanto, toda vez que eu fechava os olhos,  a cena de s/n me beijando voltava a minha mente. Eu nunca tinha sentido nada disso por mulheres. Nas minhas lembranças das festas de  faculdade, tinha beijado milhares de garotas e não senti nada. Aquilo me deixava extremamente curiosa, já que eu nunca senti algo do tipo na vida toda. Eu precisava achar s/n. Eu sabia que era impossível achar alguém só sabendo o nome, mas eu iria fazer ou eu não me chamo Karla Camila Cabello Estrabão.

Até o próximo capítulo

The Price of Love (Camila/you) Onde histórias criam vida. Descubra agora