Capítulo 21 - Não faz sentido

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Oii lindes e perfeites, cheguei com mais um capítulo pra vocês. Antes do capítulo, eu gostaria agradecer a cada um de vocês que estão votando, comentando e que não desistiram de mim ainda. É muito bom ver que alguém lê o que eu escrevo e me dá ânimo pra continuar. Era só isso. Espero que gostem do capítulo.

POV CAMILA

Assim que descemos do avião, o clima ficou completamente pesado entre as irmãs s/s, mas eu não estava achando tão ruim já que por algum motivo s/n não soltava a minha mão.

- Acho que vamos ter que pegar um táxi - Disse Keana e nós saímos do aeroporto a procura dos carros amarelos. Particularmente eu sempre quis andar em um táxi de Nova York.

- Vamos amor - S/n disse me levando até um táxi que Keana tinha chamado, mas eu não estava ligando para o veículo e sim por s/n ter me chamado de amor. Provavelmente ela nem percebeu a fala, mas aquilo, com certeza, fez eu ganhar meu dia.

- Qual o endereço senhoritas? - O homem que dirigia o veículo perguntou e s/n falava o endereço de um hotel, mas ela foi interrompida por Keana que ofereceu outro endereço.

- Eu preciso ir pra um hotel deixar as minhas coisas - s/n reclamou depois que a mulher mandou o homem ir ao endereço falado.

- A casa dos nossos pais é grande s/n, não tem o porquê de você e nem Camila querer um hotel - Keana disse e s/n estava emburrada com aquilo tudo, consequentemente o silêncio se instalou até chegarmos no nosso destino.

- Mãe, pai, chegamos - Disse Keana ao abrir a porta e nós nos deparamos somente com uma mulher que eu chutava ser a empregada da família.

- Senhorita s/s, a sua mãe saiu pra levar o seu pai pra quimioterapia - O pai de s/n estava com câncer? Era por isso que a mulher veio assim? Eu olhei pra s/n e a percebi tão chocada quanto eu. Parece que ela não sabia disso.

- Obrigada pela informação Neide - A mulher assentiu e saiu - Enquanto os nossos pais não chegam, vou mostrar o quarto a vocês - A mulher subia as escadas e nós fomos atrás - Acho que esse lugar sentiu sua falta maninha - Disse Keana abrindo um quarto que me parecia ser de s/n e a mulher ao meu lado parecia perdida - Acho melhor eu dar um tempo a vocês - Keana se afastava do local - Já ia me esquecendo - A mulher voltou - Se você não quiser dormir com a s/n, Camila. Seu quarto é o ao lado - Assenti com a cabeça e a mulher sumiu novamente. S/n não tinha saído do meu lado e permanecia o olhar perdido. Nesse instante, eu segurei a mão da mulher e adentrei o quarto com ela.

- Não faz sentido - s/n dizia olhando pelo local.

- Tá tudo bem? - Perguntei e recebi uma s/n com lágrimas nos olhos como resposta - Ei, vai ficar tudo bem - Eu levei a mulher até a cama e fazia carinho em seus cabelos - Quer me contar o por quê de você estar assim? 

- Isso me lembrou o passado, quando meus pais me expulsaram de casa. Esse quarto me lembra a antiga s/n. Eu não devia ter vindo aqui - A mulher se levantou e eu segurei o seu braço.

- Se acalma amor - Através dos olhos de s/n eu podia ver o quão quebrada a mulher se encontrava, meu peito estava apertado, mas eu deveria ser forte por nós duas - Por que a gente não dá uma volta pra você esfriar a cabeça? - A s/n concordou e nós fomos dar uma volta pelo bairro. Por algum milagre nós não encontramos muitos fãs no caminho, o que permitiu s/n me contar sobre tudo o que aconteceu com mais detalhes. Em pouco tempo, soube de tudo que aconteceu com s/n e eu me sentia tão perdida quanto a outra em relação ao quarto. Depois de relaxarmos um pouco, s/n resolveu voltar a casa e enfrentar os seus demônios. Mal entramos e eu percebi dois olhos curiosos em nós duas.

- S/n? Você cresceu e está linda, minha filha - Um homem que estava sentado no sofá disse, se s/n não tivesse me dito tudo o que eles fizeram eu os acharia simpáticos.

- Se você não tivesse me expulsado de casa, você não precisava me ver só agora - O homem tinha uma cara de poucos amigos.

- Me desculpe, filha. Eu errei muito no passado e eu estou pagando com esse maldito câncer de estômago.

- Por mim esse seu câncer é pouco para o que você me fez passar - Eu entendia o ódio de s/n, mas talvez ela tenha sido dura com esse comentário.

- Você tem toda razão, filha. O que nós fizemos foi imperdoável, mas peço que nos perdoe.

- Perdão não é algo que se dá. É algo que se conquista - O clima ficou extremamente pesado, até que a mãe de s/n começou a falar.

- Filha quem é essa garota lindíssima que está contigo? É sua namorada?

- Essa é a Camila, n/s/m. Nós... - s/n me olhava com um olhar confuso perguntando em silêncio o que nós éramos

- É um prazer conhecê-la senhora s/s - Peguei a mão da mulher que estava estendida - Eu e s/n não gostamos de rotular o que temos - A mulher assentiu - É um prazer conhecê-lo também, senhor s/s - Disse estendendo a mão para o homem que aceitou meu cumprimento - Queria agradecer a estadia de vocês.

- Não precisa agradecer, Camila. Mi casa é su casa - Eu sorri e assenti como agradecimento.

- Acho que eu vou descansar um pouco, você vem Camila? - Eu assenti.

- Mais uma vez foi um prazer conhecer vocês - Disse, enquanto estava sendo puxada por s/n.

POV S/N 

Eu subia as escadas no único pensamento de arrumar as minhas coisas e ir para um hotel o mais rápido possível. Entrei no meu quarto e as lembranças da minha adolescência se faziam presente. Eu tentava ignorar, mas a minha mente estava uma verdadeira bagunça. Lágrimas caíam dos meus olhos. Senti um braço em meus ombros.

- Vem - Camila me levou até o quarto de hóspedes - Acho melhor você entrar lá quando estiver pronta - Eu assenti.

- Eu não pensava que seria tão difícil sabe? Eu estraguei tudo, não devia ter te trazido pra cá. Me desculpa Camila, eu pensei que eu conseguiria encarar isso.

- Ei, não precisa pedir desculpas. Eu amei te vindo pra cá e sabe por que? Porque se eu tenho a sua companhia, eu tô no melhor lugar que eu posso estar - Eu não aguentei e me permiti beijar a mulher.

- Eu te amo - Soltei as palavras e me arrependi no mesmo instante que reparei a cara perdida de Camila - Eu não queria te assustar... essa palavra foi meio no automático e... - No mesmo instante Camila entrelaçou nossas mãos e me interrompeu.

- Eu também te amo, s/n - Um sorriso brotou em meu rosto ao ouvir as palavras da latina, nem parecia que eu estava chorando a uns tempos atrás. Pouco tempo depois, tanto eu quanto Camila acabamos nos adormecendo

Até o próximo capítulo
PS: Se tudo der certo, tem maratona no sábado.

The Price of Love (Camila/you) Onde histórias criam vida. Descubra agora