capítulo 38

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Eu estou indo encontrar com o pessoal no club dos Starks.— Respondi meu pai e revirei os olhos.

Meus olhos acompanhava os movimentos rápidos dos prédios e lojas.

— Você deveria ter nos informado assim que saiu do colégio...

— Pai..— comecei, mas ele me interrompeu.

— Sua mãe está preocupada, querida. Seu sequestro foi apenas há alguns meses. — sua preocupação era evidente em sua voz, portanto respirei fundo e respondi suavemente.

— Isso foi em Nova Orleans, estou em Austin agora, em casa e cheia de seguranças. Eu estou bem agora.

—NÃO IMPORTA! VOCÊ SÓ TINHA UMA FUNÇÃO... — Minha mãe gritou, provavelmente tinha arrancado celular da mão de meu pai.

Eu afasto o celular da orelha e aponto a entrada do club para o motorista. Os Starks eram donos da metade da cidade e estavam trabalhando para possuir a outra metade. Seus hotéis, bares e restaurantes eram conhecidos por todos. Meus pais vez ou outra brincavam dizendo que eles eram como tubarões famintos, devoravam tudo que encontravam.

— Ok, mãe— concordei sem saber exatamente para o que estava concordando. Eu tinha parado de escutar no momento em que ela começou a gritar.

Eu desligo o celular no momento em que o carro para.

— Não esqueça de buscar America no aeroporto e trazê-la para cá.  — digo para meu motorista e saio do carro. — Não demore muito Anderson.—Digo por cima do ombro.

— Michael. — a voz do meu motorista me faz parar e me virar para ele.

— Como?— questiono irritada.

— Meu nome, senhorita Cooper. Anderson foi demitido no mês passado.

Meus lábios se entreabrem e eu faço uma careta. Eu dou as costas para Michael e jogo meus cabelos por cima do ombro ao mesmo tempo que resmungo um “tanto faz”.

Dentro do club o ar-condicionado me recebe. Muitos dos adolescentes estão vestidos exatamente como eu. Era um mar de blazers azul, no lado esquerdo, sobre o peito, dentro de um escudo bordo em dourado estava as siglas ARA. Academia real de Austin.

Eu passo pelos outros adolescentes que estão almoçando sem lhes dar um segundo olhar e vou em direção a mesa que sempre me encontro com o pessoal. O segundo andar era mais descontraído, sem toda as coisas brilhosas e sufocantes do piso principal.

— Quem é você?— é a primeira coisa que pergunto quando paro em frente a mesa exclusiva do círculo íntimo do Peter.

— Ah, oi!— a garota se levanta acenando sem jeito, eu continuo a olhando friamente.— Sou Caroline, a namorada do Stefan.

— Caroline do quê? — pergunto ignorando sua mão estendida.

— Caroline Smith.

— Eu nunca ouviu ninguém com esse nome por aqui. — sorrio falsamente.

— É, acho que minha família nunca esteve aqui.

— É claro que não. — Respondo me sentando. Seus olhos me questionam, mas eu ignoro por alguns segundos.— Sua família não teria dinheiro para pagar sequer uma garrafa d’água. Ah, não me olhe assim, por mais que esteja bem vestida, claramente não é de boa qualidade.

— Você deve ser a Hanna Cooper— apontou se mexendo inquietamente na cadeira.

— É, sou eu. Este lugar não te pertence, Caroline. — eu foco seus olhos castanhos — Consegue ver como todos estão te olhando?

Sequestrada por Jack, o assassino Where stories live. Discover now