O que acontece com as suas memórias Perdidas? Talvez elas virem cidades protegidas por monstros…
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Analu nasceu em um dia de tormenta, os raios rompiam o céu e os trovões eram ouvidos a quilômetros de distância. A criança era um tanto inquieta e, ainda no ventre de sua mãe, a incomodava em certos instantes. Seu pai, o famoso Leonã, não avistou o prenúncio de uma tempestade, no entanto, contemplava, feliz, uma Sofia cantarolar e ninar um bebê que nem ao menos havia nascido. Estavam felizes, ambos, em seus respectivos mundos, até que o mundo de Sofia desabou sob os seus pés e o tempo correu para ela feito uma canção fúnebre que repetia sem cessar.
Ao ver Leonã morto, ou pelo menos era o que aparentava, a garota entrou em trabalho de parto. Elérgia, ciente das circunstâncias, repressou para a cidade das Crianças Perdidas, incapaz de abandonar Sofia em um momento tão insofrível, no qual se fazia necessário a presença do apoio maternal.
Analu nasceu após dez horas da morte de seu pai e um relâmpago atravessou o céu naquele exato momento. Era um alerta, esse vindo da magia, divulgando aos Elergianos que a menina não seria igual a sua mãe.
Ela havia nascido no mundo errado…
Filhos de Crianças Perdidas tendiam a serem Crianças Perdidas, contudo, poderia ocorrer os casos raros, no qual os chamados Anjos desviavam de sua função. Analu, e as crianças que chegaram com ela, fazia parte desse seleto grupo e todos eles, ao serem levados para a cidade dos Anjos se esqueciam do mundo anterior, no qual viveu em meio ao tormento e dor.
Entretanto, o maior medo de Analu era ficar longe de sua protetora e, apesar de toda a magia rondando a sua consciência — tentando apagar as suas lembranças — ela jamais esqueceria daquela que tanto amava e o amor, por mais clichê que fosse, sempre seria a conexão entre pessoas, lugares e mundos. Então, a pequena menina, inconscientemente, formou um escudo mental incapaz de ser corrompido…
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