42 · rejected

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Leiam as notas finais.

16 de novembro de 2015
paris

juliet pov

— Nem acredito que estou em casa. Meu Deus. - Choraminguei, esparramando-me na minha cama. — Que saudade que eu tava desses travesseiros!

— Falando assim parece que você ficou um mês internada. - Lexie revirou os olhos enquanto se jogava ao meu lado na cama, e Kendall deitou aos nossos pés.

— Pra mim foi quase isso.

Na verdade, eu acabei ficando alguns dias em observação no hospital. De início era apenas uma noite, mas os resultados de alguns exames deixaram a médica em alerta. Visto que, devido a minha má alimentação e hidratação em todo o primeiro mês de gestação, mais algum problema genético, minha gravidez é de risco. Agora preciso de cuidado extremo, visitas regulares ao médico, dieta balanceada e repouso. Muito repouso.

Logo eu, ficando nove meses de repouso. Deus me ajude.

— Você viu que o seu marido lançou o álbum novo? - A voz debochada de Kendall me chamou atenção, tirando-me dos meus devaneios.

— Não fode, Ken. - Bufei, jogando uma almofada na sua cara.

— Eu não fodo mesmo, quem fode são vocês. A prova tá aí na sua barriga. - Elas gargalharam.

— Sério, Ju. Tem várias músicas pra você nesse álbum, ele nem tentou esconder. - Lexie deu um tapinha no meu braço, com um sorriso sapeca nos lábios.

— O que eu posso fazer se sou irresistível?

— Você tem que contar pra ele. Sabe disso, né? - Suspirei, assentindo. Me ajeitei na cama, apoiando minhas costas na cabeceira.

— Esteve em todos os sites de fofoca minha internação, ele com certeza viu e nem ligou. Ele deve estar ocupado. - Dei de ombros, afim de demonstrar indiferença. A real é que isso me deixou bem triste.

— De qualquer forma você tem que contar. - Bufei e assenti, levantando da cama e caminhando até o banheiro. Tirei todas as minhas peças de roupa e deixe em cima do cesto. Parei rapidamente em frente ao espelho e suspirei, observando as pequenas mudanças que já eram visíveis na minha aparência.

Balancei a cabeça negativamente e adentrei ao box, ligando o registro na água morna e logo me pondo embaixo da mesma. Minha cabeça estava latejando, eu estou completamente perdida com toda essa situação.

É muito difícil pra mim pensar na maternidade, sempre foi. Eu não tive uma mãe ou qualquer figura materna na vida, pelo contrário. Sempre fui cercada de homens e homens muito ruins.

Ninguém nunca cantou uma canção de ninar para mim antes de dormir, ninguém nunca me cobria quando eu ia pra cama ou me esperava na porta da escola de braços abertos por estar com saudade.

Tudo isso eu vi em filmes. Pra mim parece apenas algo fictício.

Eu não faço idéia de como o Justin vai reagir a isso, se ele vai surtar ou se vai amar. Se ele vai assumir ou não. Tudo está muito embaralhado, mas eu só sei que quero fazer isso. Quero ser para esse bebê o que ninguém nunca foi pra mim.

Após longos minutos com a cabeça lotada de perguntas sem respostas, eu terminei meu banho e saí do box enrolada em uma toalha. Parei novamente em frente ao espelho e penteei meus cabelos enquanto encarava meu reflexo.

Mesmo após dias no soro eu continuo com cara de abatida. Mas a médica disse que isso é normal, nos primeiros meses eu vou sofrer bastante, porque ainda corro risco de ter um aborto espontâneo.

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