8 · talk to me

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24 de março de 2014
los angeles

justin bieber pov.

- Justin, por Deus! O que é isso? Quem é essa menina? - Os olhos de Martha estavam extremamente arregalados olhando pro corpo de Flame deitado sob o sofá, o médico já estava cuidado dela, mas não era uma cena bonita de se ver.

- Por enquanto pode ir para o seu quarto, depois eu subo para falar com você e te explico tudo. - Ela me encarou por breves segundos e apenas assentiu. Acariciei levemente seu braço direito com as pontas dos dedos, tentando cessar sua euforia. Ela girou os calcanhares e logo tratou de se retirar do cômodo, então pude voltar minha atenção para o médico.

- Sr. Bieber, pode me contar o que aconteceu? - Sua expressão se manteve serena enquanto ele fazia um curativo na parte de trás da cabeça de Flame, que precisou de alguns pontos.

- Encontramos um homem, que eu julgo ser o pai dela, enforcando-a no estacionamento da boate que ela trabalha. - Suspirei, passando a mão direita sob minha face para retirar pequenas gotículas de suor que nasciam ali.

- Eu dei um remédio para que ela durma mais um tempo, seu corpo está extremamente fraco. Mas, por sorte, a concussão na sua cabeça não foi tão grave. - Ele falava enquanto catava as poucas ferramentas em cima da mesa de centro, levantando-se após terminar de guarda-las na sua pequena maleta. - Justin, se possível, fale com ela para denunciar quem quer que tenha feito isso. Porque se você não tivesse impedido ela poderia estar em um saco agora. A pessoa que fez isso não estava pra brincadeiras, ele queria a menina morta.

- Certo.. Obrigado, Dr. Clark. Qualquer coisa eu ligo para o senhor. - Estendi minha mão esquerda em sua direção, cumprimentando-o antes que ele se retirasse pela porta principal.

O relógio em meu pulso já marcava quatro da manhã, minha cabeça estava prestes a explodir de tanto cansaço, e eu ainda teria uma reunião com Scooter logo cedo.

Bufei, voltando minha atenção para a bela garota que dormia serenamente em meu sofá. Seu corpo estava encolhido, assim como no carro, pelo visto ela gosta de dormir dessa forma. Caminhei até a beira do sofá, observando mais de perto seu delicado rosto angelical, havia um corte na sua boca e um roxo em seu maxilar, o que deixava ambos notoriamente inchados. Vê-la daquela forma me cortou o coração, tenho que admitir. Por que alguém iria querer fazer mal há ela?

Ainda mais o próprio pai.

Ergui seu corpo em meus braços e com cuidado me encaminhei até as escadas. Assim que cheguei no quarto de hóspedes mais próximo ao meu, pousei seu corpo na cama, cobrindo-o em seguida. Flame apenas resmungou algo inaudível e voltou a encolher-se como antes estava.

Com certeza ela tomará um susto quando acordar, então quero estar por perto para ouvir e poder ajudar. Deixei a luz do abajur ligada, para caso ela acordasse antes que o sol nascesse e não ficasse desnorteada.

Me retirei calmamente do quarto, e em poucos passos já estava dentro do meu, finalmente conseguindo respirar fundo. Tirei toda minha roupa, deixando as peças sob o cesto e meus tênis ao lado da escrivaninha. Caminhei até o banheiro e adentrei no box, ligando a água morna que logo corria por todo meu corpo.

Meus músculos estavam tensos e eu sentia que estava ficando sem ar, a cena daquele homem rindo enquanto estrangulava - provavelmente - a própria filha, se repetia na minha mente em um loop infinito.

Depois de longo tempo desliguei o registro, bagunçando um pouco meus cabelos com as mãos para tirar o excesso da água. Enrolei a toalha na cintura e em passos rápidos fui até o closet, vestindo apenas uma calça de moletom preta. Voltei para o quarto e me joguei na cama, meus olhos já pesavam e meu corpo implorava por aquilo. Em poucos minutos apaguei.

Behind FameWhere stories live. Discover now