7 · brad.

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{GATILHO: AGRESSÃO, DROGAS.}

24 de março de 2014
los angeles

flame pov.

— Me larga, Brad! - O homem me arrastava por toda a larga extensão do estacionamento da boate, ignorando quaisquer pedido ou súplica vindo de mim. Seus dedos apertavam brutalmente minha pele e eu já conseguia imaginar as marcas que ficariam. — Estão todos olhando, por favor. - Mais uma vez eu tentei implorar por piedade, sabendo o que viria daqui pra frente.

— QUE OLHEM! Você acha que eu ligo pro que vão pensar de mim, querida? - Um sorriso debochado se curvou em seus lábios, onde ele exibia seus poucos dentes amarelados. Suas pupilas dilatadas e as gotículas de suor escorrendo em seu rosto entregavam seu estado crítico. Seu rosto se aproximou do meu, perto o bastante para sentir o cheiro deplorável que vinha dele. — Você é apenas uma vadia, filha.

— Está me machucando. - Indaguei, numa tentativa falha de soltar meu braço com um solavanco. O que obviamente apenas serviu para irrita-lo ainda mais, o que eu esperava?

Senti sua mão direita ir de encontro ao meu pescoço e meu corpo se chocar contra uma parede próxima. Brad não parecia tão forte, mas a droga correndo em seu organismo dava a ele um poder que ele nunca conseguiria ter normalmente.

— Estou te machucando, querida? - Eu já podia sentir meus olhos se fechando, enquanto a voz dele ecoava na minha cabeça repetidas vezes. Eu preferia desmaiar à continuar ali. Mas seu punho se chocou contra meu rosto, tirando-me do transe que eu estava prestes a entrar. Um gruinhido de dor escapou dos meus lábios e o gosto amargo do sangue invadiu meu paladar. Ele debochou da cena, dando outro soco no mesmo local. — Me fale. - A palma da sua mão encostou no meu rosto, empurrando minha cabeça contra a parede repetidas vezes. — Isso dói, docinho?

Eu fechei os olhos ainda na esperança que algo acontecesse, que as poucas pessoas presentes no ambiente olhassem aquilo e não achassem normal ou que não estivessem tão bêbadas a ponto de nem repararem.

— Por favor, pai. - Novamente as forças estavam se esgotando, sua risada era o único som que eu conseguia ouvir ecoar pelo local.

Eu sabia, que no estado que ele se encontrava, ele poderia me matar alí mesmo e nem se lembraria depois.

Eu me sentia derrotada.

— Solte ela! - Uma voz grave e conhecida foi a última coisa que eu ouvi antes de apagar.

justin bieber pov.


Eu já não conseguia me concentrar em mais nada hoje, Khalil não parava de falar nem por um segundo da mulher gostosa que ele havia pego, mas minha cabeça estava completamente longe dali.

Por que ela saiu daquele jeito? Eu queria tanto continuar aquela conversa. Queria conseguir entender melhor tudo que ela quis dizer. E, além de tudo, queria fazer um convite a ela.

— Bieber! Tá viajando caralho? - Khalil exclamou, dando um tapa estalado na minha nuca.

— Pior que estou, cara. - Soltei um riso fraco, vendo o homem ao meu lado bufar ao perceber que falou tanto tempo sozinho.

— Ei.. Justin. - Senti braços envolverem meu pescoço e um hálito quente bater contra minha nuca, e pelo cheiro do perfume que exalava, era Sharon.

— Oi, Sharon. - Ela deu a volta na poltrona, sentando no meu colo com um sorriso travesso nos lábios.

— Vamos pro quarto? - Suas unhas passearam pelo meu abdômen, arranhando-o calmamente. Revirei os olhos, balançando a cabeça negativamente.

Behind FameWhere stories live. Discover now