15. È un'estate crudele con te.

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Este capítulo foi escrito ao som de Os Barões da Pisadinha.

#MorceguinhoCerejinha

Mamãe, eu estou apaixonado por um criminoso, e esse tipo de amor não é racional, é físico. Mamãe, por favor, não chore, eu ficarei bem. Ele tem meu nome tatuado no seu braço, é o seu amuleto. Então eu acho que está tudo bem, ele está comigo.

Hospitais têm cheiro de frio.

Uma espécie de ar gelado, cítrico, não saberia dizer. No entanto, sempre neles, eu sinto como se uma nuvem geada azeda tivesse acabado de se mudar para o topo de minha cabeça e a pontinha de meu nariz, forçando-me a inalar aquele maldito cheiro e sentir todo o ar álgido.

Foi isso que eu vivenciei quando me meti às oito da manhã em um hospital ao lado de meus amigos, esperando por noticias de minha melhor amiga que, para ser a salvação de minhas semanas catastróficas, despertou de um coma induzido.

Havia relevado o fato de não podermos vir na noite em que tivemos a noticia de sua melhora, então certificamo-nos de estarmos aqui no dia seguinte, neste caso, hoje.

Aqui estamos nós. Ocupamos uns bancos de linha reta, e eu não sei quantas vezes Hoseok se balançou neles, tamanho é o tédio.

Tivemos poucas noticias, o médico que acompanhava o caso da Jennie estava ligeiramente ocupado com algum paciente, por isso tínhamos de esperar pacientemente por informações. O que não era fácil, ansiedade é o que preenche cada um de nós.

— Sabe o que é estranho? Lalisa não estar aqui. — Jisoo observou.

— Ela está mais ocupada em ajudar a comandar uma máfia, Ji. — Seokjin replicou, trazendo a tona um assunto que eu tentei evitar a todo custo.

Não é todo dia que você descobre que o garoto que você gosta é um mafioso.

Faltava mais o quê para completar o currículo extenso de Jeon Jungkook? Eu temia saber.

— Nós fomos trouxas? — Rosé questionou, fez com que eu a olhasse. — Tipo, de não ter sacado isso logo de cara?

— Nós somos trouxas. — Vante refutou, mirando o olhar nas próprias unhas. — O pior cego é aquele que não quer ver.

— Pera lá, jogaram ácido em meus olhos, não vi por isso, somente. — Seokjin se defendeu prontamente. Balançou os ombros ao que se afundou no encosto da cadeira. — Namjoon me lotou de mensagens durante a madrugada, eu tive que bloqueá-lo após manda-lo ir à merda.

— Você não pretende perdoá-lo? — Seok questionou enquanto eu me mantinha num posto de só observar.

— Porra. — Jin suspira, está ao meu lado, consigo vislumbrá-lo perfeitamente. — Eu gostaria que ele tivesse me dito logo de cara, quando um único beijo entre nós não foi o suficiente e ele vinha até mim com o objetivo de me conhecer cada vez mais. Nós passamos a última semana toda juntos, ficando, esperava por sinceridade. — Explica, logo eu me pego concordando. — Precisarei escutá-lo, buscar entender tudo isso.

— É exatamente sobre isso, cara. — Sussurro, inerte ao que dizer.

— Veio com um papo de que não contou porque queria me proteger, e ele lá é agente do FBI para me proteger? Porra nenhuma.

O hyung mais velho trouxe a tona um pouco de nossas risadas, porque sua perspectiva da situação – embora certa, chegava a ser um tanto quanto engraçada, isso meio que aliviava a situação.

— Olá, peço desculpas pela demora. — Surgindo de um corredor logo a nossa frente aparece um homem alto, não escondo o susto em mim por sua aparição repentina. — Eu sou JM, estive acompanhando o caso de Jennie. Fui informado de que vocês gostariam de falar comigo. Há algo com que eu possa ajudar? — Questiona de modo gentil, alternando o olhar entre todos nós.

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