34. Fuga para LA.

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Observações: capítulo com sexo explícito Dândi's Version.

🍒

Dândi.

Los Angeles, Califórnia.

A mesa de centro estava banhada de dólares, armas e algumas drogas, deixando o ambiente molto mais bonito, promovendo satisfação e todas as merdas insanas que eu admirava em meu dia-a-dia. Especialmente hoje, especificamente nesse dia nublado e frio.

Pouco tempo atrás, em torno de uma ou uma hora e meia, eu havia recebido alguns de meus aliados da Rock, os quais eu confiava o cargo de escudeiros aqui em Los Angeles. Eles estavam por trás da exportação de peças, lucros, futuros projetos e a organização de mais um fio branco em torno de nosso negócio; a inauguração da nova boate, Rock Me. A casa noturna teve um puta hype quando investida na Coréia, Itália e Londres, agora o objetivo da máfia era expandi-la por novos territórios, começando por LA.

Para ser honesto, enquanto vasculho alguns pacotes de ervas, eu penso sobre a demora em prolongar a expansão de meus negócios na Califórnia. Quer dizer, Los Angeles tornou-se, depois da Itália, o centro de meu universo, é onde eu ganho vivacidade quando se trata de estar na pele de um chefe da máfia, a cidade para onde eu vou escapar sempre que me sentir desnorteado com a existência que levo.

Julgo que justamente por ser para ela onde eu fujo e me escondo, é que eu tenha tido tanta falta de inércia em deixar a marca da minha máfia. De alguma maneira, eu despertei desse pensamento, clareei minha mente e decidi criar novos laços e romper alguns passados. E, até o momento, não me arrependo da decisão tomada.

O bico de meu Stefano Bemer roçava contra o pé da mesa de centro, oscilando entre ir e vir, subir e descer; um tique conforme eu permanecia afundado em meus devaneios, correndo pela zona pensante e perigosa de minha cabeça, aspirando o que devo fazer atualmente e planejando meus futuros passos, todos milimétricamente calculados, como tinha de ser. Isso, claro, até eu escutar a porta da suíte ser aberta e passos preguiçosos serem destilados pelo corredor que separava os cômodos.

Eu tinha a destra apoiada firmemente em meu queixo, e olhos que, antes atentos ao que meu sapato fazia, correram para a porta, assistindo o corpo de Jimin se apossar do ambiente. Verifiquei suas vestes e expressão, ele tinha acabado de deixar o banho, pude escutar o som da ducha minutos antes. O loiro danado rolou seus lumes em minha direção, sorrindo mimosamente, então estes mesmos olhos caíram para a mesa de centro e o que havia ali.

Nem tudo são flores e le cose belle non durano a lungo.

Seus olhos curiosos, nesse momento, incrivelmente arregalados, me encararam com fervor na medida em que seus passos rápidos eram dados em minha direção. Sorrio de canto, venerando o revel.

— Minha nossa, Dândi! O que significa tudo isso?

— Trabalho. — Respondo, observando a joia de ouro em torno de meu anelar. Jimin tem o cenho franzido e no mesmo segundo cruza os braços. Eu sacudo os ombros, afastando meu pé da mesa, sento corretamente e ergo minha palma rumo ao braço do loiro, torneando-o e puxando seu corpo para o meu. Park ocupa seu trono. — Recebi, enquanto você dormia, alguns de meus aliados, eles me deixaram alguns agrados, pouca coisa.

Pouca coisa? — O rosto do menino vira para me encarar. — O que você pretende fazer com isso? Não venderá drogas, venderá? Se formos pegos, Dândi...

— Não compreendo a razão pela qual você possui medo de que as autoridades cacem a Rock, meu bem, sabe perfeitamente que um imortal não se encrenca de tal forma. Há alguém sempre disposto a arcar com a culpa em meu lugar. — Envolvo minha palma em sua nuca, massageando-a. — De qualquer forma, para te assegurar, não, eu não venderei essas drogas. São minhas, de uso pessoal, como as armas e os dólares. Chamei de agrado, mas são pagamentos.

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