5. Quando a música pede a companhia de um chapéu rosa.

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#MorceguinhoCerejinha

Park Jimin.

Meus dedos corriam soltos pelas prateleiras, passando por cada livro e sentindo a textura dos mesmos. Eu assobiava baixinho, saía em sussurros a fim de não atrapalhar alguns dos alunos que estavam no cômodo estudando ou simplesmente lendo algo qualquer.

Um suspiro escapou de meus lábios quando me dei por vencido e encerrei minha busca por um livro que viesse a me ajudar quanto á cena do teste para o clube de teatro. Estava sendo complicado. Pouco vinha em minha mente e quando vinha era algo absurdamente clichê, e disso eu queria fugir.

Pegava-me pensando sobre o que os outros alunos apresentariam e então, tinha receio de seguir adiante com o teste. No entanto, pela primeira vez não havia somente eu nisto. Taehyung também estava, e animado, eu diria.

- Ah, isso não vai me levar a lugar nenhum! - exclamei, dando de ombros. Fui até o balcão da recepção e me encostei, pensando sobre o que faria. - Não é a primeira vez que você se sente tão insuficiente para ir em frente com algo, Park Jimin. Não deveria estar surpreso.

Batuquei meus dedinhos no móvel até decidir abandonar a biblioteca e ir para a sala, pois logo mais se daria início ás aulas.

Segui pelo corredor com o semblante fechado, o motivo era óbvio e me faria reprovar na coisinha do teste. Fui de encontro ás escadas e subi com rapidez, desejando poder enfiar minha cabeça em um buraco e por lá ficar.

Ai, meu Deusinho, eu vou reprovar novamente nesse teste. Tenho certeza. Eu não sei mais se devo fazê-lo. Eu não sei mais se eu quero fazê-lo, na verdade.

- Que coisa. - rolei meus olhos, seguindo pelo corredor até minha sala. Estava vazia, entrei e fui para o meu lugar. Decidi não esperar pelos garotos, esse lance do teste tinha me feito deixar de lado os momentos livre com meus amigos e substituído por momentos em que minha mente me lembra de que não conseguirei passar.

Antes da sala ser preenchida por vozes de alunos que nada estavam animados para mais um dia de estudo, eu me coloquei a pensar no tatuado e no trato que me propôs.

Eu não entendo o que se passou na cabeça de Jeon Jungkook quando sugeriu tal coisa, por que coisinha esse garoto iria de querer me ajudar com o teste? Não faz sentido. Digo isso, pois eu invadi sua casa e ele sabe disso. Ele sabe, somente tem fingido que não.

Oras bolas.

Ele acha que eu não sei que ele sabe que eu sei.¹

Tudo isso bagunça minha mente que já é completamente bagunçada. Eu coloco-me a conversar com meus botões e chego á conclusão de que Jungkook está me metendo em um jogo, eu não sei. Talvez ele só queira que eu confesse de uma vez sobre a invasão e então, ele possa tomar as devidas providencias.

Ou talvez ele só queira me ajudar.

Bem, eu não conheço muito Jeon Jungkook, mas algo me diz que a segunda opção não é válida neste caso. Sendo assim, ele nunca, jamais, em hipótese alguma me ajudaria simplesmente porque querer ajudar. Estou com cinquenta e cinco pés atrás com isso.

Oh, Jimin. Pare de ser tão desconfiado e curioso dessa maneira, por Deus!

É o que eu reprimo em pensamentos poucos segundos antes de meus três amigos invadirem a sala, exalavam animação. Pergunto-me como eles conseguiam e eu não, visto que eu se eu pudesse estaria em minha cama agora mesmo.

- Chimzinho! - Hoseok exclamou, jogando a mochila em cima de sua mesa e sentando na cadeira ao meu lado. - Bom dia.

- E aí? Nem esperou por nós, Sonic. - eu e Seokjin trocamos um high-five.

ROCK MÁFIAOnde as histórias ganham vida. Descobre agora