4. Quando a música soa como cena.

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#MorceguinhoCerejinha

Park Jimin.

A primeira coisa que notei quando coloquei meus pés para fora de casa foi que o tempo estava absurdamente diferente – e que havia pequenos flocos de neve espalhados pelo chão.

Eu me lembrei de gritar para que Jihyun buscasse por meu cachecol antes que este saísse de casa ou então minha pele ficaria ressecada por tamanho frio. Isso é completamente fora do normal. Alguns dias o calor chega a querer nos assar vivo, outro dia é o frio quem resolve querer nos congelar.

Esfreguei meus sapatos no chão molhado, a fim de tentar limpá-los, ao fundo conseguia escutar a breve conversa entre mamãe e o chefe do departamento de polícia.

Estavam apurando as investigações sobre o caso da menina encontrada morta pelas redondezas do colégio, pelo que eu soube, ela mantinha residência aqui perto. Por isso, os policiais estão conversando com a vizinhança por bairros que sejam interligados ao que ela morava.

— É completamente assustador que isso esteja acontecendo. — disse minha mãe ao moço que eu não me recordo o nome.

Eu me lembro dele, já o vi muitas vezes. Mamãe já trabalhou um tempo na delegacia, na parte da limpeza. Eu me sentia muito importante quando ia até lá, existia um Jimin que era louco para salvar vidas e combater o crime, hoje esse mesmo Jimin só quer ficar isolado no quarto, sem contato algum com o mundo externo.

— Bom dia. — cumprimentei, sorrindo educado aos dois mais velhos.

Dei uma olhada para o fim da rua e vi mais policiais espalhados por outras casas da vizinhança. Suspirei, voltando minha atenção para mamãe e o chefe do departamento de polícia quando estes me responderam.

— Bom dia, meu menino. Como está? — abraçou-me de lado. — Onde está seu cachecol? — perguntou.

— Jihyun pegará. E estou bem. — respondi. — Alguma novidade sobre o caso da menina que foi encontrada morta? — meu lado curioso fez questão de aparecer logo nos primeiros flocos de neve do dia.

— Só que há ligação com as outras mortes, mas isso já sabíamos desde que fomos informados do crime. Já se tornou uma convicção que qualquer crime que ocorra seja ligado aos anteriores. — o chefão respondeu.

Eu assenti em concordância, fechando os olhos para espirrar. O tempo estava horrível.

— Oh, Dominic levará você e Jihyun ao colégio. Ele terá de interrogar algumas pessoas, não é? — assim como minha mãe encarou o mais velho, eu fiz o mesmo.

— Sim. Não suportamos mais novos casos aparecendo, saber que estão todos interligados, mas não pegarmos os cabeças.

Eu o deixei com mamãe conversando quando vi Jihyun aparecer com meu cachecol, o coloquei em volta de meu pescoço e caminhei com meu irmão até a viatura da polícia.

— Isso é muito assustador. Tenho rezado para a Santa Dinfna, logo mais tudo isso acabará. Minha fé é tão grande quanto esse seu cabelo espetado para cima. — comentei, esfregando minhas mãos uma na outra.

O mais novo e eu iniciamos uma luta física de mentira, o pirralho quase me deixou sem roupas do tanto que me puxava. Nossa progenitora interrompeu nossa brincadeira nos mandando entrar no carro, pois Dominic já estava de saída.

Jihyun fora o primeiro a entrar. Dei um abraço em mamãe, acompanhando por olhar um carro sair da mansão da última rua. Oh, eram meus vizinhos de rua.

Há umas cinco casas que nos separam, mas eu posso senti-los tão perto, como se morassem grudados ao lado de minha.

Engoli em seco, olhando de repentino para o chefe de polícia que mantinha a atenção fixada ao carro de luxo que aos poucos fazia o trajeto para próximo a nós. Eu somente entrei no carro quando o automóvel alheio passou e dentro dele estava Jungkook ocupando o lugar do motorista. Namjoon estava ao lado e Yoongi atrás. Lisa não estava, mas percebi que ela não mora com eles.

ROCK MÁFIAOnde as histórias ganham vida. Descobre agora