35. Segunda fase da rebeldia italiana.

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Antes que você leia, saiba que esse capítulo é tão sem sentido quanto ao Jimin acreditando em si mesmo! 

Oioi, Rockers! O ÚLTIMO CAPÍTULO ESTÁ FINALMENTE AQUI! E se vocês não entenderem o final, significa que estamos indo bem!! O capítulo, inclusive, tem bastante quebras de tempo, pois o foco é a reta final!

É isso! Até mais!

🍒

Havia um campo verde e de grama macia. Flores em seus diferentes tipos. O sol que espelhava claridade aos olhos. Sons de pássaros e suas cantorias em dias abençoados pela beleza de um céu limpo e claro.

Havia eu. Atthis. Jimin.

Minhas pegadas pelo vasto campo, o vento que ricocheteava minha face, o frescor atingindo os meus dentes que expunham um sorriso aberto. As mãos tocavam a pele desnuda de meus braços, sem camisa eu trajava um percurso sem destino. Somente circulava o espaço, apreciando a natureza, os pássaros que abandonavam as árvores e sobrevoavam o local, o cavalo que me rodeava, correndo selvagemente pela grama.

Não podia conter os sorrisos que escapavam com facilidade de meus lábios, eles seguiam o fluxo das emoções em minha pele. Eu estava muito feliz, muito. Mais do que eu poderia ou teria a chance de estar em algum momento delicado de minha existência. Venho descobrindo que ela é bordada por mãos desconhecidas, de algo ou alguém que não me é familiar. O mistério que soa por minha vivência me assola, não sei se posso deixar tal carga nas mãos de Deus.

A luz forte que parte do sol, iluminando a Terra e me esquentando tinha horário de partida, mas chegava a querer me cegar. Ele decaía, então retornava. Parado, firme em meus pés, eu assistia seu retorno. Durava pouco, ele parecia indeciso quanto a partir ou não. Que horas poderiam ser? Eu não fazia ideia alguma.

O que acontecia ao meu redor parecia desaparecer por entre minhas mãos como grãos de areia ou pequenos flocos de neve que derretem, evaporando e decretando que nada poderia provar sua existência. Encarei minhas palmas, há estrelas desenhadas. Estrelas pequenas, estrelas grandes, estrelas tortas, estrelas perfeitamente feitas. Elas estão por todas as partes de meu corpo, eu posso senti-las. Uno uma só pálpebra, erguendo minha mão em direção à bola de fogo no céu, centralizando minha vista permitida com a verificação de que uma das estrelas desenhadas formava um par com o sol. Ele parecia o encaixe necessário ao significado marcado em minha palma.

Como elas vieram parar aqui?

Não há resposta.

Então eu deixo queimar. O sol esquenta a palma, circulando o formato da estrela ao que a ilumina. Ele brilha enquanto deixa seu rastro, contornando a estrela de seis pontas. Abro meu outro olho, enxergando o resultado. É como uma tatuagem dourada. Esfrego e ela não sai. Esfrego as outras, elas evaporam, deixando-me com apenas uma marca na pele.

Suspiro em queixume. Não sinto abruptamente nada, não possuo ideia do que significa e não acho vultoso saber. Talvez seja um recado de Deus, o meu emocional pedindo um pouco do acolhimento do meu Criador ou... Bem, talvez sejam apenas os devaneios nos quais entro quando meus pés se fincam em terras italianas.

Minhas terras.

Girando meus pés, eu percebo que o cavalo branco – pertencente a mim, não está mais aqui. Com pressa, me liberto do contato anterior no qual passei alguns minutos preso em tentativa de entendimento. Apresso-me a marchar pelo campo, andando vagorosamente pelo local, buscando por olhar meu cavalo. Onde ele poderia estar? Eu deveria tê-lo visto sair, mas não vi. Ah, merda!

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