16. Quando a música é tocada por séculos e séculos.

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Observação: Capítulo com nudez e alto teor sexual.

#MorceguinhoCerejinha.

Nós secamos uma ou duas garrafas de vinho.

Não foi um 1945 Petrus, na verdade, estava longe de ser. Era um baratinho, daqueles que você compra no mercadinho mais próximo de sua casa. No entanto, o sabor era bom, embora tivesse sido substituído pelo gosto do beijo de Dândi.

O jantar foi agradável, se um pouco rápido, eu fugia de perguntas embaraçadas que partiam de minha mãe. Deus, cada coisa dita por ela e eu sentia vontade de enfiar a minha cara numa poça de lama. Meu rosto estava tão vermelho, ultrapassava um pimentão e tomate, eu estava um balde de tinta vermelha.

Lembro-me de achar que minha mãe não assimilaria tão rápido a ideia de que eu e JK tínhamos algo, mas isso foi por água abaixo, porque ela já o tratava como genro, embora não tenha interrogado toda sua vida e, puts, graças aos céus, queria ver o que Jungkook – um mafioso, diria diante o questionamento de minha progenitora.

Contudo, eu estava satisfeito com o jantar, foi tranquilo, agora estávamos no sofá, Dândi estava sendo obrigado a comer uma sobremesa que mamãe fez de última hora, eu permanecia sentado ao seu lado, balançando as pernas conforme sentia o olhar inquieto de minha mãe sob nós.

— Jihyun está animado. — Comento. Escutávamos ele tocar guitarra, o rebelde sem causa estava trancado no quarto a meia hora, desde então só havia barulho do som da guitarra.

— Hm, se importa se eu for vê-lo tocar? — Jeon questiona, finalizando a sobremesa. Cuidadosamente, estende o prato vazio em direção a minha mãe. — Estava divino, Srta.

Pronto. Um ponto importante: Dândi conquistou minha mãe somente com a educação das palavras, ela parecia encantada com seu jeito cavalheiro.

— Ah, não, pode ir, engomadinho. Ele vai curtir você lá. — Ajeito os fios de meus cabelos.

— Pode me levar até lá? Não sei o caminho.

Eu olho para ele, em seguida para minha mãe, mas concordo. Levanto do sofá, ouço JK pedir licença, nós nos retiramos e seguimos pelo corredor até a escada, nela eu sou prensado.

Jesus.

Ergo meu olhar para o rapaz tatuado e engulo em seco. Jamais saberia lidar com tudo que ele me faz sentir, é louco, insano.

— Você me deixa coisado. — Resmungo, um pouco zonzo pelas emoções.

— É? Eu mexo com seu coração, então? — Ele arqueia uma sobrancelha, eu quase dou uma capotada de nervoso.

— Dândi...

— Ok. — Cessou a sessão de panic. — Eu queria saber se você gostaria de ir para a minha cobertura. — Esbugalho meus olhos. Ah, cobertura? Deus... — Eu tenho uma, bem, alguns imóveis, gostaria que você os conhecesse, começando por minha segunda casa. — Sua destra corre até meu rosto, este é tocado com ternura, quase me levando a derreter. Gosto de seu toque em minha pele. — Acha que consegue escapar por uma noite e passá-la junto a mim?

A palma de sua mão abraça minha bochecha, o polegar contorna tão bem que meus olhos piscam levemente, um completo embriagado por Dândi. Pergunto-me como é possível que ele tenha tanto efeito sobre mim.

— Minha mãe não deixaria, você sabe. — Murmuro, ele solta um sorriso atrevido. — O que você pretende fazer, Jeon? Não quer que eu fuja como um adolescente apaixonado, quer? — É a minha vez de sorrir.

— Chéri, eu não farei nada além de lhe dar uma carona para uma noite com seu melhor amigo. — Retenho em confusão. — Diga à sua mãe que amanhã cedo você terá a gravação do clube de teatro e que o melodramático achou melhor que você dormisse na casa dele, estou aqui e, como um bom cavalheiro que sou, me dispus a levá-lo. — JK fala tudo tão naturalmente que, caramba, inevitavelmente você se vê envolvido.

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