Capítulo 18

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Elisa

Observei as duas se abraçarem e em seguida Maria abraçou dona Fátima, que deu um beijo na bochecha da minha menina.
Bia segurou na mão da Maria e as duas vieram andando até o banco.

- Oi Elisa - Bia diz me abraçando

- Oi meu amor - Digo dando um beijo na bochecha dela

- Vamos brincar Bia, vem - Maria diz segurando na mão dela

- Elisa, demoramos? - Dona Fátima pergunta e levanto para cumprimentar ela

- Não, acabamos de chegar também - Digo

- Ainda bem, fiquei com medo de demorar, meu filho teve que buscar uma conhecida dele, antes de trazer a gente aqui, mas graças a Deus não demoramos - Ela diz sentando ao meu lado
- Adorei a sua filha, um amor de criança, linda ela - Ela diz

- Obrigada - Digo sorrindo pra ela e olhando as meninas, que estavam sentadas no chão brincando - Elas se divertem tanto, que até esquecem da vida - Digo

- Beatriz está se sentindo feliz com isso, ela quase nunca brinca com amigos assim, só na escola - Ela diz

- Maria também está muito feliz, ela amou a Beatriz - Digo

- A Maria é filha única? Ou você tem mais? Apesar de que você parece ser bem jovem - Ela diz

- Eu tenho vinte e cinco anos, a Maria ainda não tem irmãos, mas não sei se vou ser mãe novamente - Digo dando um sorriso fraco

- É muito nova ainda, você não quer mais filhos? - Ela pergunta

- Tenho vontade, mas é bem complicado cuidar de uma criança, ainda mais quando você é sozinha, eu mal tenho conseguido da atenção pra Maria ultimamente - Digo

- É, filho dá trabalho, mas é bom. Eu tenho três, o Gustavo, pai da Beatriz, o Felipe e a Fernada, tive todos eles cedo também, me dividia entre a faculdade e eles, mas graças a Deus tive ajuda do meu marido e da minha família também - Ela diz

- Tenho me divido assim, trabalho, faculdade e Maria, tem sido cansativo - Digo rindo e ela ri

- Mas o pai dela te ajuda também, não ajuda? - Ela pergunta

- Não, eu sou mãe solo da Maria - Digo

- Oh, desculpe, que cabeça minha perguntar isso - Ela diz

- Tá tudo bem, Maria na verdade não é minha filha, minha mãe adotou ela com dias de vida, a mãe biológica dela passou a guarda pra minha e minha mãe criou ela, mas infelizmente, minha mãe faleceu há pouco tempo, aí, eu assumi a responsabilidade de mãe da Maria - Digo

- Que menina forte que você é, sinto muito pela sua perda, também perdi minha mãe jovem, foi muito difícil, ainda é, as vezes choro de saudade dela, sinto saudades de correr para o colo dela pra desabafar - Ela diz segurando em minha mão e dando um sorriso

- Eu sei exatamente o que é isso, esses dias, tenho sentido saudade do colo e dos conselhos dela - Digo dando um sorriso fraco - Mas a Maria tem sido a minha força maior, ela tem me ajudado a superar e a seguir em frente, já teve dias que eu pensei em desistir de tudo, mas eu olho pra ela, aí penso que ela precisa de mim, e continuo seguindo a vida - Digo

- Desde o dia em que te vi, senti que você tinha uma luz especial e agora vejo, você tem uma força incrível menina, você inspira - Ela diz e dou um sorriso de agradecimento.

Fiquei conversando com dona Fátima até o fim da tarde, quando decidimos ir embora.
Foi tão bom conversar com ela, me diverti tanto.

- Temos que marcar outro passeio, fazia tempo que não conversava tanto assim, me divertir muito - Dona Fátima diz enquanto caminhávamos até a saída do parque

- Sim, eu vou adorar, amei nossa tarde, estava precisando - Digo sorrindo pra ela...

Corações feridos Where stories live. Discover now