Capítulo 31

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Elisa

Faz duas semanas que estou na empresa, estou gostando de trabalhar aqui, apesar do horário ser um pouco mais longo, trabalho pela manhã, até o meio da tarde, vou pra casa e pego a Maria, pra curtir um pouco ela, já que a noite chego um pouco cansada e ela também.
Mas eu sei que em breve vou ter todo tempo do mundo pra ficar com ela, e agora, mesmo que a gente chegue tarde e durma tarde, ou que eu deixe de assistir uma aula pra ir pra casa mais cedo ficar com ela, eu tento aproveitar o máximo de tempo que tenho com ela, ela está crescendo tão rápido, não quero perder isso.

- Tchau mamãe, te amo - Maria diz me abraçando

- Te amo, a tarde nos vemos- Digo

- Tá - Ela diz segurando na mão da tia da escola e caminhando para dentro da escola.

Tive que mudar o turno da Maria na escola, ela fica pela manhã até o meio da tarde, quando busco ela, com isso, acabei incluindo ela no curso de inglês e espanhol na escola, então ela acaba estudando dois turnos.

Caminhei até o ponto e por sorte, meu ônibus estava passando.
Aproveitei o caminho para ler um livro.

Quando cheguei, passei na copa, peguei um café e fui para minha mesa, coloquei minhas coisas em um canto, e assim que sentei na cadeira, meu celular tocou, levantei um pouco irritada a procura dele.

- Alô - Digo ao atender

- Bom dia Eli, tudo bem? - Vilma pergunta

- Bom dia Mimi, tudo e com você? - Pergunto

- Estou bem, vou ter que da uma saída hoje pela manhã, preciso que assuma meu lugar - Ela diz

- Certo, eu acabei de chegar, mas já estou indo pra lá - Digo

- Faz um favor? Leva o café do senhor Lawler e tem uns papéis na minha gaveta, que é pra ele assinar, estão presos em um grampo - Ela diz

- Ok, qualquer coisa te ligo - Digo

- Certo, beijo Eli, depois do almoço tou aí - Ela diz

- Beijo - Digo desligando.

Peguei minhas coisas e fui pra mesa da Vilma.
Organizei tudo meu e fui buscar o café, quando voltei, notei que a porta da sala do Gustavo estava meio aberta.

Bati na porta e logo ouvi a voz dele.

- Entre - Ele diz e entro em seguida

- Bom dia senhor Lawler - Digo me aproximando e colocando o café em cima da mesa

- Bom dia Elisa, apenas Gustavo - Ele diz

- Está bem - Digo

- E Vilma? Onde está? - Ele pergunta

- Ela teve um compromisso, mas a tarde estará aqui - Digo

- Ok - Ele diz

- Licença, vou buscar uns papéis que a Vilma deixou para o senhor - Digo saindo da sala.

Quando cheguei na mesa, soltei o ar que havia prendido, não sei nem o porque.
E na minha mente só vinha Livia falando.

"Seu chefe gostosão"

"Não me diga que você nunca olhou pra ele e nem secou aquele corpo, porque eu sei que vai está mentindo"

"Com um chefe daquele, eu ia trabalhar todos os dias feliz"

E com certeza eu estava vermelha ao lembrar daquilo.

Peguei os papéis na gaveta e retornei a sala.

- Aqui está - Digo entregando os papéis a ele, sai da sala e sentei na cadeira da Vilma.

Passei amanhã atendendo telefonemas, resolvendo alguns problemas, adiantando meu trabalho e o da Vilma ao mesmo tempo.

- Está na sua hora de almoço Elisa, estou saindo para almoçar, volto em duas horas - Escuto a voz de Gustavo e tomo um susto

- Certo - Digo e vejo ele andar pelo corredor até o elevador.

Continuei trabalhando, não estava com fome, comi tanto pela manhã, com Maria, que a fome ainda não voltou.

Corações feridos Where stories live. Discover now