Capítulo 86

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Elisa

Entramos no meu quarto e Gustavo sentou em uma poltrona que tinha próxima a cama, enquanto eu abri meu guarda roupa, a procura de roupa.

- Eu não sei nem o que levar - Digo e ele ri

- Coloca duas roupas de frio, biquíni - Digo

- Que lugar é esse Gustavo? Se faz frio, pra que levar o biquini? - Pergunto

- Você verá - Ele diz, olho pra ele desconfiada, mas continuo procurando roupa.

Peguei uma mala pequena e coloquei minhas coisas, eu não sabia pra onde iríamos, então coloquei umas cinco opções a mais de roupas.

- Só vou trocar de roupa agora - Digo pegando uma calça de pano com uma camiseta, uma coisa mais confortável e quente, já que iríamos pegar estrada.

Tirei o vestido, vesti um conjunto de moletom e calcei um chinelo, peguei meus documentos, algumas coisas essenciais e fechei a mochila.

- Vamos - Ele diz pegando minha mochila.

Desliguei tudo em casa, tranquei a porta e descemos.
Quando entramos no carro, Gustavo colocou uma música bem baixinha, enquanto ele dirigia, eu mexia no celular e olhava a estrada, apesar de estar tudo escuro, ainda dava pra vê a beleza da vegetação.

No carro tocava uma mistura, músicas internacionais, sertanejo, Gustavo cantava tudo baixinho enquanto dirigia e de vez em quando, segurava em minha mão e beijava.

- Espero que você não esteja me sequestrando, lembre-se que eu tenho uma filha - Digo e ele ri alto

- A vontade de te sequestrar é enorme, mas a saudade das crianças também, então ainda não posso fazer isso sem levar elas junto - Ele diz e dou um sorriso olhando pra ele, que homem.

- Apesar de que, elas nem lembram da gente, sua mãe e o Joel, devem está fazendo todas as vontades delas - Digo e ele ri

- Isso é bom, assim posso aproveitar mais dessa mamãe aqui - Ele diz me roubando um selinho e uma gargalhada ao mesmo tempo

- Chegamos - Ele diz parando o carro em frente a uma porteira - Já volto - Ele diz descendo, observei ele abri a porteira, coloca-la no canto, retornar ao carro e descer novamente para fechar a porteira.

- Então estamos em uma fazenda? - Pergunto

- É, eu diria um paraíso, mas só amanhã pela manhã você vai descobrir o porque - Ele diz enquanto dirigia.

Gustavo estacionou o carro em frente a uma casa, muito linda por sinal, um tom rústico bem chique, a cara de fazendas de filmes. Desci do carro impressionada olhando ao meu redor, havia alguns postes iluminando os lugares, bastante vegetação ao redor da casa, um parque ao lado, com certeza o parque é o lugar preferido da Bia.

- Vamos? - Gustavo pergunta estendendo a mão, olho pra ele aceitando e estendendo minha mão para segurar na dele.

Quando entramos na casa o ar rústico meio que sumiu, era uma casa muito, muito linda e bem decorada, os tons clean predominavam o local, nas paredes haviam bastante quadros.

- Incrível aqui, não é? - Gustavo pergunta

- Muito - Digo dando um sorriso pra ele

- Vem vê o restante da casa - Ele diz segurando em minha mão novamente, então começo a caminhar com ele para conhecer a casa.

Ele me levou até a sala de jantar, depois na cozinha em seguida passamos por uma segunda sala, que era a sala de TV, ao lado um espaço de brinquedos da Bia, seguido de um escritório, retornamos para sala e ele abriu as cortinas e a porta de vidro com bordas de madeira banca, revelando um quintal enorme.
A casa era muito linda, cada canto eu ficava mais encantada ainda, me lembrava a casa da minha avó na Itália, algumas coisas rústicas, que eram a cara da minha avó.

Acabamos ficando em um dos quartos principais, acordei pela manhã, ao sentir o sol bater no meu rosto e iluminar o quarto, abri os olhos com uma certa dificuldade, pois ainda sentia muito sono, abri totalmente os olhos ao ouvir a porta abri e Gustavo entrar com uma bandeja na mão, o que me fez abrir um sorriso.

- Bom dia minha linda - Ele diz depositando a bandeja em cima da cama

- Bom dia - Digo dando um sorriso e sentando na cama, em seguida recebendo um selinho dele.

Olhei pra bandeja e tomei um susto ao vê uma caixinha preta pequena, olhei pra ele que abriu um sorriso e pegou a caixinha.

- Quando a gente brigou, você no calor do momento disse que não tínhamos nada e eu também, no calor do momento, confirmei, que éramos livres pra ter outras pessoas, mas aí quando notei o peso dessa palavra meu coração apertou, eu não imagino mais minha vida com outra pessoa além e você Elisa, eu sempre achei que não iria encontrar ninguém que me fizesse feliz, além da minha filha, mas você, desde o dia em que chegou na minha vida, trouxe um brilho, eu não consigo mais viver sem seu sorriso, sem ouvir sua voz, sem seu jeitinho, você me completa. Eu não quero viver mais longe de você, quer namorar comigo? - Ele pergunta enquanto eu limpava algumas lágrimas que haviam caído

- Eu também não imagino mais minha vida sem você, é claro que eu aceito - Digo abraçando ele.

Tomamos café conversando, era incrível estar com o Gustavo, todas as vezes, pareciam únicas.
Após o café, saímos para andar a cavalo, paramos em uma cachoeira, que me deixou extremamente encantada, esse lugar não tinha como ficar mais perfeito.

- As meninas iram amar brincar aqui - Digo abraçando Gustavo na água

- Quando voltarmos da casa da sua avó, voltamos para passar mais uns dias aqui - Ele diz

- Isso aqui é verdadeiramente o paraíso - Digo sorrindo.

Voltamos pra casa e fiz um almoço rápido pra nós dois, mesmo Gustavo insistindo em sair, preferi almoçar aqui, depois ficamos deitados juntos na rede descansando.

- Olha como estão - Gustavo diz me mostrando uma foto de Bia e Maria no celular, as duas estavam tomando sorvete sentadas em um restaurante na praia

- Nossa, desse passeio vai sair histórias para o ano todo - Digo e ele ri

- Elas ficam tão felizes juntas, não é? - Ele pergunta

- Sim, meio que se completam, com certeza vão ser melhores amigas na adolescência - Digo

- Já sinto meus cabelos brancos crescendo - Ele diz e dou uma gargalhada

- Eu acho que elas vão ser calmas, se Maria puxar a mim, eu fui a calmaria na minha adolescência - Digo

- Você não tem cara Elisa - Ele diz

- Mas eu fui e ainda sou - Digo e ele ri, o que me faz da tapinhas nele - Já você, sua mãe me disse que era uma dor de cabeça - Ele diz

- Eu era muito mulherengo, ela pirava, toda semana uma namorada nova - Ele diz

- Sem vergonha - Digo

- Você deve ter sido a mesma coisa, só não quer admitir - Ele diz

- Eu só tive dois namorados em toda minha vida - Digo

- Minha namorada era um anjo, meu Deus - Ele diz e dou risada

- Ainda sou, meu amor - Digo e agora é a vez dele ri

- Meu anjo - Ele diz beijando o topo da minha cabeça.

Corações feridos Waar verhalen tot leven komen. Ontdek het nu