Capítulo 51

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Elisa

Entramos em casa e fui dá um banho na Maria, vesti uma roupa nela, amarrei o cabelo dela em um rabo de cavalo e ela ficou deitada no sofá assistindo.
Enquanto Maria assistia, aproveitei pra tomar um banho, molhei o cabelo, queria relaxar, pelo o menos por alguns minutos.

Quando sai do banho, fui procurar algo pra fazer pra Maria.
Tirei um frango do congelador pra fazer grelhado com arroz e salada pra ela, uma coisa bem leve, já que ela estava com o estômago vazio e fraco.

Quando ia começar a temperar o frango, a campainha tocou.
Olhei pelo olho mágico e vi Bruna e dona Fátima.

- Oi - Digo abrindo a porta

- Você quase me mata de preocupação, cadê minha sobrinha? - Bruna pergunta entrando

- A educação Bruna? - Dona Fátima pergunta e dou risada

- Ela e a Livia se sentem em casa aqui - Digo rindo e abraçando ela - Tudo bem com a senhora? - Pergunto

- Tudo e com você? Espero não está incomodando, mas, eu imagino que esteja precisando de uma rede de apoio, então, vim fazer uma sopinha pra nossa princesa e pra você - Ela diz

- Sério? Não precisava dona Fátima, não quero da trabalho - Digo

- Não é trabalho - Ela diz

- Oi titia - Bia diz e só então noto ela parada atrás de dona Fátima

- Oi meu amor, venham, entrem - Digo dando um beijo na Bia.

As duas entraram e a Bia foi sentar ao lado da Maria no sofá, dona Fátima deu um beijo em Maria, conversou um pouco com ela e pediu pra eu levá-la até cozinha.

- Pode deixar que agora eu me resolvo aqui, vou deixar o almoço de amanhã já preparado, certo? - Ela diz

- Dona Fátima, não precisa ter tanto trabalho - Digo

- Elisa, você é como uma filha pra mim, eu sei o quanto é difícil está sem a mãe nesses momentos, eu também perdi minha mãe jovem, fui criada por uma tia, e quando tive os meus filhos, nesses momentos eu sentia falta de um apoio, então, quero que saiba que eu estarei aqui pra esse apoio, certo? - Ela diz e limpo as lágrimas que começaram a cair no meu rosto

- Obrigada, eu nem sei como agradecer isso, é, realmente eu me senti perdida hoje, minha mas sempre cuidou com dessas coisas, sabe? Eu fazia mais meu papel de irmã, e é um verdadeiro baque, deixar de ser irmã pra virar mãe, em questão de minutos - Digo

- Eu imagino, quando eu perdi minha mãe, eu tinha dezesseis anos, não sabia fazer nada, tinha medo de tudo, fui morar com minha tia e comecei a aprender a vida, ai minha tia arrumou casamento pra mim, eu morava no interior, casei com o pai de Gustavo e Bruna e vim pra cidade, eu tive que aprender tudo só, não tinha minha mãe, minha tia me fez casar porque a casa era pequena, ela não queria ficar com os filhos dela, imagina comigo? - Ela diz enquanto cortava verdura

- Eu imagino o quanto foi ruim pra senhora, nossa mãe é nosso porto seguro, eu sempre achei que teria ela aqui pra sempre - Digo dando um sorriso fraco

- Pelo o menos tivemos o privilégio de viver com elas por um tempo, fomos abençoadas com esses anos ao lado delas, e a Beatriz? A mãe se foi dias depois do parto, não teve chance de conhecê-la direito - Ela diz

- A mãe dela ficaria orgulhosa da menina linda que ela teve - Digo sorrindo e escuto a campainha tocar

- Elisa atende, tou no banheiro - Escuto Bruna gritar

- Ela acha que está em casa - Dona Fátima diz rindo

- Aqui é a segunda casa dela e da Livia, já até acostumei - Digo rindo.

Sai da cozinha e fui até a porta, olhei no olho mágico e vi Gustavo parado mexendo no celular com algumas sacolas na mão, abri a porta e ele me olhou.

- Fui na farmácia buscar os remédios dela e trouxe umas coisas que minha mãe pediu, do mercado - Ele diz levantando a mão com as sacolas 

- Eu estou dando muito trabalho a vocês - Digo abrindo mais a porta pra ele entrar e ele entra

- Titio - Escuto Maria dizer assim que ele entra e coloca as sacolas em cima da mesa

- Demorou - Bruna diz indo olhar as sacolas

- Elisa, está quase na hora de um dos remédios dela, toma, tá tudo aí - Ele diz me entregando a sacola

- Obrigada - Digo pegando a sacola.

Tirei os remédios da sacola, separando o que estava na hora pra dá a Maria.

- Vem filha, é gostoso o remédio - Digo olhando pra Maria que estava fazendo cara feia pra mim

- Vai Maria, toma, pra você ficar boa e a gente poder tomar sorvete - Bia diz segurando na mão dela e Maria olha pra ela dando um sorriso e toma o remédio

- Querem alguma coisa? Água, suco? Algum lanche? - Pergunto

- Um lanche tia - Bia diz

- É mamãe, um lanche - Maria diz

- Vou fazer um sanduíche - Digo

- Elisa vou dormir aqui hoje, deixei roupa aqui, não deixei? - Bruna pergunta

- Deixou - Digo

- Vou ficar aqui - Ela diz.

Gustavo sentou com as meninas no sofá e ficou assistindo e conversando com elas, enquanto eu fui fazer o sanduíche.

- Vai descansar um pouco Elisa, você está cansada - Dona Fátima diz

- Queria, mas não consigo, meu corpo já está no ritmo de trabalho, estudo, não consigo descansar durante o dia - Digo

- Pelo o menos sente, termine de fazer o sanduíche e sente pra descansar - Ela diz...

Corações feridos Nơi câu chuyện tồn tại. Hãy khám phá bây giờ