Capítulo 35

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Elisa

- E tá curtindo? - Fernando pergunta

- Um pouco - Digo e na mesma hora tomo um susto ao vê o Gustavo se aproximando

- Grande Gustavo - Fernando diz cumprimentando ele ao vê-lo.

Gustavo me olhou e na mesma hora virei o drink, que estava na minha mão, de vez.
Não sei o porque, mas fiquei nervosa.

Ele saiu e Fernando voltou a sentar ao meu lado.

- Controla essa bebida - Ele diz olhando para meu copo e colocando as mechas do meu cabelo atrás da orelha.

Não sei o que foi, mas senti uma vontade absurda de olhar pra frente e vi, Gustavo de longe, olhava para nós dois.

- Elisa? Está me ouvindo? - Fernando pergunta

- An? Oi? - Digo

- Eu perguntei o que você faz da vida - Ele diz

- Desculpa, a música está tão alta, eu trabalho como secretária e assistente, estudo e sou mãe e você? - Pergunto

- É o que? - Ele pergunta

- Sou mãe, de uma menina de quatro anos - Digo

- Ah sim, interessante... é... eu... eu vou pegar uma bebida - Ele diz e dou um sorriso.

Quando ele se afastou, Bruna voltou, junto com Livia.

- Iai? - Liv pergunta

- Ele disse que ia pegar uma bebida - Digo

- E vocês conversaram sobre o que? - Bruna pergunta

- Ele perguntou se eu era nova aqui, falei que era minha primeira vez aqui, a convite seu, aí perguntou o que eu fazia da vida, eu disse que era secretária, assistente, que estudava e que era mãe, aí ele perguntou "é o que?" eu disse "sou mãe, de uma menina de quatro anos" e ele disse que ia pegar uma bebida - Digo

- Babaca - Liv diz

- Babaca mesmo, desculpa amiga - Bruna diz

- Tá tudo bem - Digo sorrindo - Ter um relacionamento quando se tem filhos, muitas vezes não é fácil, infelizmente ainda tem muito preconceito em relação a isso, principalmente dos homens com as mulheres que tem filhos, espero que isso acabe logo - Digo

- Mas, vamos aproveitar, você veio aqui pra curtir, comemorar seu emprego - Bruna diz

- Vamos dançar - Liv diz segurando em minha mão.

Nem tive tempo de recusar, porque as duas doidas me puxaram pra pista de dança, dançamos tanto, acabei bebendo um pouco de mais enquanto dançava, e fiquei bem animada.

- Vou sentar um pouco, acho que tou bebada - Falo no ouvido de Bruna e escuto ela ri.

Voltei pra mesa onde estávamos sentadas e me senti um pouco tonta, assim que sentei.
Fazia tanto tempo que eu não ingeria álcool.

- Elisa? Tá tudo bem? - Escuto a voz de Gustavo, no mesmo instante que a música da uma pausa e olho pra frente

- Eu acho que bebi de mais - Digo apoiando meu cotovelo na mesa e em seguida apoiando meu rosto nas mãos

- Você já bebeu uma água? - Ele pergunta e nego balançando a cabeça - Eu vou buscar uma água pra você - Ele diz saindo.

Peguei meu celular que havia escondido no peito e comecei a mexer, quer dizer, a tentar mexer.

- Toma, bebe - Gustavo diz me entregando a água

- Obrigada - Digo pegando a garrafinha e virando de vez

- Cadê a minha irmã e a sua amiga? - Ele pergunta

- Dançando, estão bebadas, meu Deus, eu preciso buscar minha filha, eu tenho que saber da minha filha, eu sou uma péssima mãe - Digo pegando o celular novamente

- Ela está bem, já está dormindo - Ele diz

- Tem certeza? Ela não tá chorando? - Pergunto

- Tenho, ela está super feliz - Ele diz

- Minha filha não sente minha falta, tem noção disso? Minha filha está crescendo - Digo enquanto lágrimas caiam

- Calma, ela sente sua falta, só está se divertindo, o que você também estava fazendo - Ele diz e vejo ele sentar ao meu lado e assim que senti a mão dele nas minhas costas, senti um outro arrepio e um frio na barriga.

Corações feridos Wo Geschichten leben. Entdecke jetzt