capitulo 41

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>> Giulia
> Canadá
> sábado

Eu- me perdoa amor, vai - me sento do lado dele.

Jp- poxa Giulia, a gente tá namorando vai fazer 4 meses e tu nunca nem mencionou isso pros teus pais - diz chateado e com toda a razão.

Quando viemos pra cá, minha mãe pela primeira vez me elogiou, então nem contei o que planejava naquele dia, quis deixar um clima, por só um único momento, leve.

Mas a mentira de que eu moro num lindo apartamento e não em um morro cresceu muito. Até deixei, não falei nada sobre meu namoro com o Jp por estar tudo bem assim, sem ela ficar rezando que acabe.

O problema foi que disse pro Jp que pelo menos aqui, todos aqueles encontros arranjados, do qual eu achava um inferno, tinham acabado, mas eu deveria ter imaginado que minha mãe acharia um jeito de continuar com essa merda e me empurrar os homem tudo.

Agora ela disse que tenho outro encontro com um tal de Davi, pensa na minha cara na hora, pra ajudar o Jp passou bem na hora e agora tá putasso. Eu ia negar na hora, mas nem sabia como e só me importava em falar com meu branco naquele momento, então fechei o notebook na cara da minha mãe mesmo.

Eu- não vou no encontro com ele, amor. Vou negar pra minha mãe.

Jp- mas ela vai perguntar o porquê, vai insistir e te arranjar outro. Não acha que essa mentira foi longe de mais? Que tá na hora de parar com tudo isso e enfrentar as consequências das tuas escolhas?

Eu- eu sei que tô no erro, acho uma merda isso tudo. Só quero.. Eu preciso que você entenda que não vou te trocar por um encontro, Jp eu..

Jp- olha só Giulia, não vou negar que fiquei muito puto quando escutei sobre os maldito encontro de novo, mas não é só por mim, confio em ti pô, sei que não faria isso. Tô dizendo pra falar a verdade pra tua mãe pro teu bem. Mentir piora tudo, do que adianta? Uma hora ela vai descobrir, não dá pra esconder pra sempre, amor, ou tu vai conseguir esconder lá pra frente, nossa vida, quando tivermos nossos pequenos.. vai conseguir esconder dela?

Eu- não.. - abaixo a cabeça, isso pra mim foi como um balde de água fria.

Jp- amor - ele me puxa pro seu colo, coloco uma perna de cada lado de seu corpo - pensa no que falei, não quero tu mal por aí, mas não é melhor falar a verdade de uma vez?

Eu- talvez, mas tu não sabe como eles são. Vão ficar furiosos comigo quando eu contar que vivo no morro e que meu namorado é traficante.

Jp- sei que são seus pais, que a opinião deles importa, mas foi tu que escolheu isso Giulia, tem que aguentar agora, sei que vai ser difícil e por isso vou ficar sempre aqui. Tá bom? - assinto e o beijo, com muita necessidade, só de pensar em contar eu já tô nervosa e o João consegue tirar isso de mim, mas quando eu aprofundo o beijo a porta é aberta.

CR- chega de putaria no meu sofá, vão pro quarto, pelo amor de Deus - reclama brincalhão e rimos.

Sim, ainda estamos na casa dele e não vamos comprar nenhuma por aqui. Ele vai continuar nessa casa pelo resto da sua vida, ou até deixar seu reinado no morro pra outro, mas eu e o Jp vamos voltar pro Brasil quando eu terminar a faculdade.

Eu- foi mal, tio - dou risada e saio do colo do Jp, a caminho das escadas com ele - tchau de novo tio.

Jp- quero nem saber o que ele faz naquele sofá quando não estamos aqui - faço uma cara de nojo.

Eu- eles não transam, eles não transam - fico repetindo até chegar no nosso quarto.

Jp- mas a gente sim né - ele tranca a porta e me deita na cama.

Morro Do AlemãoWhere stories live. Discover now